Início » Doenças » Arritmias cardíacas: conheça as causas, os sintomas e os tratamentos
Doenças Saúde e Bem-estar

Arritmias cardíacas: conheça as causas, os sintomas e os tratamentos

Arritmias cardíacas: Conheça as causas, os sintomas e os tratamentos
Descubra os tipos de arritmias cardíacas, suas causas e os tratamentos disponíveis para essa condição comum, mas preocupante.

A arritmia cardíaca é uma condição que afeta muitas pessoas, levantando dúvidas sobre sua cura e os cuidados necessários. Essa condição ocorre quando os impulsos elétricos que controlam o ritmo cardíaco não funcionam adequadamente, resultando em batimentos cardíacos irregulares.

Em geral, a maioria das arritmias afeta indivíduos com mais de 60 anos, especialmente aqueles que têm histórico de doenças cardíacas e outras condições médicas. Um exemplo comum é a fibrilação atrial, que afeta cerca de 1% das pessoas com menos de 55 anos e se torna mais prevalente à medida que a idade avança, especialmente entre os 65 e 80 anos. Considerando o alto risco de acidente vascular cerebral (AVC) associado a essa condição, estima-se que o controle da fibrilação atrial seja de extrema importância na prevenção de AVC isquêmicos.

Neste artigo, exploraremos os tipos de arritmias, suas causas e os tratamentos disponíveis.

Como funciona o coração

O coração é um órgão muscular dotado de quatro cavidades, projetado para operar de forma contínua e altamente eficaz ao longo de toda a vida. As paredes musculares de cada uma dessas cavidades se contraem em uma sequência precisa, resultando na expulsão máxima de sangue com um esforço mínimo a cada batimento. Essas contrações das fibras musculares cardíacas são cuidadosamente organizadas por meio de descargas elétricas que percorrem trajetórias específicas com uma velocidade determinada.

A frequência cardíaca em repouso normalmente oscila entre 60 e 100 batimentos por minuto. É importante observar que variações nessa frequência são consideradas normais e podem ser influenciadas por fatores como exercício, repouso, dor e ansiedade, entre outros. Apenas quando o ritmo cardíaco se torna excessivamente rápido, lento ou quando os impulsos elétricos seguem caminhos irregulares é que a condição é caracterizada como uma arritmia cardíaca.

É importante destacar que, em muitos casos, essas arritmias são inofensivas e podem ocorrer ocasionalmente em qualquer pessoa.

No entanto, algumas arritmias podem causar desconforto e, em situações mais graves, representar um risco para a vida. Durante um episódio de arritmia, o coração pode não ser capaz de bombear sangue em quantidade suficiente para suprir as necessidades do corpo, o que pode resultar em danos ao cérebro, coração e outros órgãos.

Tipos de Arritmias Cardíacas

É importante compreender os diferentes tipos dessa condição e como eles afetam o coração. As arritmias podem ser classificadas em três categorias principais:

  • Taquicardia: Caracterizada por um ritmo cardíaco rápido, geralmente com mais de 100 batimentos por minuto. Isso pode resultar em uma eficiência reduzida na bomba de sangue do coração. Em casos graves, um desfibrilador automático pode ser implantado para corrigir a arritmia.
  • Bradicardia: É caracterizada por um ritmo cardíaco lento, geralmente menos de 60 batimentos por minuto. Em alguns casos, a bradicardia não requer tratamento, mas em outros, a implantação de um marcapasso é necessária para corrigir o ritmo cardíaco.
  • Fibrilação Atrial: Esta é uma forma comum de arritmia caracterizada por batimentos cardíacos rápidos e irregulares nos átrios do coração. O tratamento muitas vezes envolve cirurgia robótica associada à ablação por cateter, uma técnica minimamente invasiva.

Causas da Arritmia Cardíaca

A arritmia cardíaca pode ser causada por várias condições cardíacas, incluindo insuficiência cardíaca, ataque cardíaco, cicatrização pós-infarto, doença arterial coronariana e alterações na estrutura do coração.

Além disso, outros fatores como anemia, ansiedade, estresse, uso de certos medicamentos, febre, baixos níveis de oxigênio no sangue e doenças da tireoide também podem desencadear arritmias. É essencial consultar um cardiologista para identificar as causas específicas em cada caso.

A arritmia cardíaca tem cura?

A boa notícia é que a maioria das arritmias cardíacas pode ser tratada com sucesso. No entanto, nem todas as arritmias exigem tratamento imediato. O cardiologista é a pessoa mais indicada para avaliar a necessidade de tratamento com base nos sintomas e na gravidade da condição. Arritmias esporádicas e benignas podem não necessitar de tratamento, mas um acompanhamento médico é determinante para monitorar a evolução da condição.

Arritmias mais graves podem exigir cirurgia, mas técnicas avançadas, como a cirurgia robótica, podem ser uma opção menos invasiva. É importante lembrar que o tratamento é altamente personalizado e depende das características individuais de cada paciente.

Quando procurar ajuda médica?

A busca por ajuda médica deve ocorrer sempre que houver alterações na frequência cardíaca, sintomas como dor no peito, palpitações, vertigem ou desmaio. O médico irá avaliar os sintomas, o histórico médico do paciente e o estilo de vida para determinar a melhor abordagem de tratamento.

Tratamentos para arritmia

O tratamento da arritmia cardíaca é uma parte essencial do gerenciamento dessa condição. Ele deve ser personalizado de acordo com o tipo específico de arritmia, sua gravidade e a frequência dos episódios. Abaixo, detalhamos as opções de tratamento disponíveis:

Uso de Medicamentos:

Os medicamentos antiarrítmicos são frequentemente prescritos para controlar a frequência cardíaca e restaurar o ritmo cardíaco normal em casos de arritmias.

Esses medicamentos podem ser administrados oralmente ou por via intravenosa, dependendo da gravidade da arritmia.

A escolha do medicamento específico depende do tipo de arritmia e das características individuais do paciente.

É importante notar que medicamentos antiarrítmicos podem ter efeitos colaterais e exigir monitoramento médico regular.

Mudanças no Estilo de Vida:

Para alguns pacientes, fazer modificações no estilo de vida pode ser vital no controle das arritmias.

Isso pode incluir a redução do consumo de cafeína, álcool e tabaco, bem como a gestão do estresse e da ansiedade.

Manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios regularmente e manter um peso saudável também são importantes.

Implante de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos:

Em casos de bradicardia grave ou arritmias que não respondem a medicamentos, o implante de dispositivos como marcapassos ou desfibriladores automáticos pode ser necessário.

O marcapasso ajuda a manter um ritmo cardíaco adequado, emitindo impulsos elétricos quando o coração bate muito lentamente.

O desfibrilador automático é implantado para corrigir arritmias potencialmente fatais, emitindo choques elétricos para restaurar o ritmo normal.

Ablação por Catéter:

A ablação por catéter é uma técnica minimamente invasiva usada para tratar arritmias, como a fibrilação atrial.

Durante o procedimento, um cateter é inserido através de um vaso sanguíneo e é direcionado até o coração.

A energia de radiofrequência é aplicada para destruir ou interromper os focos de arritmia.

Esse procedimento pode ajudar a restaurar o ritmo cardíaco normal.

Cirurgia:

Em casos extremos ou quando outras opções de tratamento não são eficazes, a cirurgia pode ser considerada.

A cirurgia cardíaca pode ser realizada para corrigir problemas estruturais do coração que contribuem para as arritmias.

Em algumas situações, como a cirurgia de derivação das artérias coronárias (bypass), a correção de doença cardíaca subjacente pode eliminar as arritmias.

Acompanhamento Clínico:

O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar a terapia conforme necessário.

O médico irá avaliar os sintomas do paciente, realizar exames eletrocardiográficos (ECGs) e outros testes para verificar a resposta ao tratamento.

O acompanhamento a longo prazo ajuda a garantir um controle adequado da arritmia e a prevenir complicações.

Em resumo, o tratamento da arritmia cardíaca é altamente personalizado e depende das características individuais de cada paciente, bem como do tipo e gravidade da arritmia. Uma abordagem multidisciplinar envolvendo cardiologistas, eletrofisiologistas e cirurgiões cardíacos pode ser necessária para garantir o melhor resultado possível no manejo das arritmias cardíacas. O acompanhamento médico contínuo desempenha um papel essencial na gestão eficaz dessa condição.

 Prevenção das arritmias cardíacas

Manter um coração saudável é fundamental para prevenir arritmias cardíacas. Isso envolve seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios regularmente, controlar a pressão arterial e o colesterol, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool e cafeína. Além disso, gerenciar o estresse e a ansiedade também desempenha um papel importante na prevenção.

As arritmias cardíacas são condições comuns, mas tratáveis. A cura e o tratamento dependem do tipo e da gravidade da arritmia, bem como das características individuais de cada paciente. A busca por ajuda médica é decisiva para avaliar e tratar adequadamente essa condição, garantindo uma melhor qualidade de vida e saúde cardíaca. Consultar um cardiologista é o primeiro passo importante para entender e enfrentar a arritmia cardíaca com eficácia.

Exames de prevenção de arritmia cardíaca

O exame para diagnosticar a arritmia cardíaca pode envolver várias etapas e técnicas, dependendo da suspeita do médico e da complexidade do caso. Aqui estão alguns dos exames e procedimentos comuns usados para diagnosticar arritmias cardíacas:

  • Eletrocardiograma (ECG ou EKG): Este é o exame mais comum para diagnosticar arritmias cardíacas. Ele registra a atividade elétrica do coração e pode identificar anormalidades nos batimentos cardíacos.
  • Monitoramento Holter: Este é um dispositivo portátil que registra continuamente a atividade elétrica do coração durante um período prolongado (geralmente 24 ou 48 horas). Isso ajuda a identificar arritmias que podem ocorrer esporadicamente.
  • Monitor de eventos: Semelhante ao Holter, este dispositivo é usado por um período mais longo, geralmente de semanas a meses. O paciente aciona o dispositivo quando sente sintomas, permitindo que os médicos gravem a atividade cardíaca durante episódios de arritmia.
  • Teste de esforço: Também conhecido como teste ergométrico, ele avalia a resposta do coração ao exercício físico. Isso pode ajudar a identificar arritmias desencadeadas pelo esforço.
  • Ecocardiograma: Um ecocardiograma usa ultrassom para criar imagens detalhadas do coração e pode ajudar a identificar problemas estruturais que podem estar relacionados a arritmias.
  • Estudo eletrofisiológico (EEF): Este é um procedimento invasivo realizado em um laboratório de cateterismo cardíaco. Eletrodos são colocados dentro do coração para mapear a atividade elétrica e induzir arritmias. Isso é geralmente realizado quando as arritmias são graves ou não respondem ao tratamento.
  • Ressonância magnética cardíaca (RMC) e tomografia computadorizada (TC): Esses exames de imagem podem ser usados para avaliar a estrutura do coração e detectar anormalidades que podem contribuir para arritmias.
  • Exames de sangue: Exames de sangue podem ser feitos para verificar os níveis de eletrólitos, como potássio e magnésio, que desempenham um papel importante na função cardíaca.

CDB Medicina Diagnóstica

A CDB Medicina Diagnóstica, pertencente ao renomado grupo Alliança, estabelece-se como a referência em exames de imagem para o diagnóstico e prevenção de doenças cardíacas, como a arritmia cardíaca. Com laboratórios e centros de diagnóstico distribuídos por todo o Brasil, a CDB oferece uma ampla gama de serviços, que abrangem desde exames, vacinas até check-ups cardiológicos, incluindo o ecocardiograma.

Por meio da nossa plataforma, proporcionamos acesso fácil e rápido aos principais exames de check-up preventivo, tudo isso com um atendimento personalizado de excelência. Na CDB Medicina Diagnóstica, nossa missão é cuidar da sua saúde cardíaca com a mais alta qualidade e precisão em diagnósticos por imagem.