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Pâncreas – Tudo o que você precisa saber sobre esse órgão.

Pâncreas – Tudo o que você precisa saber sobre esse órgão.
Conhecer o funcionamento desse órgão é decisivo para identificar precocemente os sinais de problemas e buscar o tratamento adequado.

O pâncreas é um órgão essencial do sistema digestivo, responsável por funções vitais que afetam tanto a digestão quanto o controle dos níveis de glicose no sangue. Embora muitas pessoas estejam familiarizadas com o nome, poucos realmente entendem a importância do pâncreas no corpo humano e como ele pode ser afetado por várias condições médicas, como a pancreatite. A falta de informação sobre o pâncreas pode dificultar o diagnóstico de doenças e atrasar intervenções que poderiam prevenir complicações graves.

Neste artigo, exploraremos tudo o que você precisa saber sobre o pâncreas, desde sua localização e funções até as doenças que podem comprometê-lo, como a pancreatite. Vamos esclarecer os sintomas mais comuns, as possíveis causas e os tratamentos disponíveis para ajudar você a reconhecer sinais de alerta e entender as melhores práticas para cuidar desse órgão tão importante. Continue lendo para descobrir como manter a saúde do seu pâncreas e prevenir problemas digestivos e metabólicos que podem impactar sua qualidade de vida.

O que é o pâncreas?

O pâncreas, localizado na região abdominal, é o principal responsável pela nossa produção de hormônios e enzimas que auxiliam na digestão de alimentos. Por apresentar uma função dupla, podemos considerá-lo como um órgão pertencente ao sistema endócrino e digestório.

Medindo cerca de 20cm (em adultos) e pesando cerca de 100 gramas, o pâncreas se divide em três regiões principais: a cabeça, o corpo e a cauda. Por ser responsável pela produção de hormônios e enzimas, chamamos ele de glândula mista: possui uma função exócrina e uma função endócrina.

Função Exócrina

Em sua função exócrina, o pâncreas produz um suco rico em bicarbonato e alto teor de pH chamado de suco pancreático. Nesse suco, encontram-se diversas enzimas que atuam nas mais variadas partes do corpo: nas proteínas (tripsina e quimiotripsina), na quebra de gordura (lipases) e nos ácidos nucleicos (nucleases).

Alguns fatores que são responsáveis pelo estímulo da geração desse suco pancreático são: o cheiro do alimento, o gosto como também a chegada do bolo alimentar no estômago.

Função Endócrina

Já a sua função endócrina está relacionada a sua capacidade de produzir hormônios como a insulina e o glucagon que regulam os níveis apropriados de açúcares diversos no sangue.

Agora que compreendemos um pouco as principais funções do pâncreas, bem como a sua estrutura e onde está localizado em nosso corpo, vamos nos aprofundar em uma das principais doenças que atingem milhares de brasileiros todos os anos: a pancreatite.

Pancreatite, o que é?

Basicamente, a pancreatite é uma inflamação do pâncreas, essa inflamação faz com que as enzimas geradas pelo pâncreas o ataquem, o que acaba provocando um grande desgaste em seu tecido.

Também é válido lembrar que a pancreatite é uma condição grave e necessita de atendimento médico imediato, caso os sintomas persistam, um especialista da área deverá ser procurado para que seja encontrado melhor tratamento e, eventualmente, a cura seja efetivada.

A pancreatite pode surgir devido a uma série de fatores e seus sintomas são bem diversos, seu tratamento é, por vezes, um pouco mais complicado do que as doenças comuns.

Principais causas da pancreatite

Muito embora a pancreatite também pode atingir pessoas saudáveis que não apresentem quaisquer sintomas, algumas condições específicas são responsáveis por desencadear essa doença, tais como:

  • Excesso de álcool no organismo (pancreatite alcoólica);
  • Pedra na vesícula que causam o bloqueio do ducto colédoco (via responsável por transportar a bílis) assim como o acúmulo de enzimas digestivas no pâncreas;
  • Medicamentos específicos que acabam irritando o pâncreas: azatioprina, furosemida, pentamidina e medicamentos que possuam sulfa e valproato em sua composição;
  • Infecções virais;
  • Fibrose cística;
  • Doenças autoimunes;
  • Cálcio em excesso no sangue.

O que muitos não sabem, é que a pancreatite se divide em dois tipos, que são:

Pancreatite aguda

Nesse tipo de doença o paciente apresenta um aumento significativo do pâncreas, causado pela inflamação, além de sentir dores intensas na região do abdômen, local onde reside o órgão. No geral, esse tipo de pancreatite é de curta duração, porém, se não for tratada, pode levar o paciente a óbito.

Pancreatite crônica

Nesse tipo de pancreatite, o paciente apresenta, de tempos em tempos, algumas crises de do tipo aguda. Diferentemente da pancreatite aguda, os sintomas da doença vão piorando com o passar do tempo e é extremamente necessário o acompanhamento constante de um médico, pois o paciente pode perder as funções do pâncreas de maneira progressiva, causando danos para a vida toda.

Quais são os principais sintomas dessa doença?

Dentre os principais sintomas da pancreatite, podemos destacar alguns mais recorrentes:

  • Dores abdominais intensas, mais especificamente na parte superior do abdome podendo se espalhar por toda a região das costas;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Fezes gordurosas;
  • Febre;
  • Perda de peso incomum e não intencional;
  • Sudorese;
  • Icterícia: devido ao acúmulo exagerado de bílis no organismo, é comum notar o amarelamento da pele e dos olhos, o que acaba indicando que a pancreatite atingiu um nível mais grave de desenvolvimento.

Exames para Detecção da Pancreatite

A pancreatite é uma inflamação do pâncreas que pode surgir de forma súbita (aguda) ou se desenvolver ao longo do tempo (crônica). Seus sintomas mais comuns incluem dor abdominal intensa, náuseas, vômitos e febre. Como esses sinais podem ser confundidos com outras condições abdominais, a confirmação do diagnóstico depende de exames laboratoriais e de imagem específicos.

A seguir, veja os principais exames utilizados para diagnosticar a pancreatite e a função de cada um:

Amilase Sérica

  • Para que serve: O exame de amilase sérica serve para aferir os níveis da enzima amilase no sangue, que costuma estar elevada nos casos de pancreatite aguda.
  • Importância: Embora não seja específica do pâncreas (pode aumentar em outras condições), é um dos primeiros exames solicitados.

Lipase Sérica

  • Para que serve: O exame de lipase sérica avalia a quantidade da enzima lipase, que é produzida quase exclusivamente pelo pâncreas.
  • Importância: Mais específica e sensível que a amilase para o diagnóstico de pancreatite aguda.

Ultrassonografia Abdominal

  • Para que serve: A ultrasonografia abdominal permite visualizar o pâncreas e detecta alterações como aumento do órgão, presença de cálculos biliares (causa comum da pancreatite) e líquido abdominal.
  • Importância: Método rápido e não invasivo, útil como exame inicial.

Tomografia Computadorizada (TC) de Abdômen

  • Para que serve: A tomografia computadorizada deverá analisar a extensão da inflamação, presença de necrose pancreática e complicações como pseudocistos.
  • Importância: Indispensável em casos moderados a graves ou quando há suspeita de complicações.

Exames de função hepática

  • Para que serve: Os exames de função hepática verificam a função do fígado e se há envolvimento do trato biliar.
  • Importância: Ajuda a identificar se a causa da pancreatite está relacionada a cálculos biliares ou obstrução biliar.

Hemograma completo

  • Para que serve: O hemograma completo deverá avaliar os sinais de infecção, inflamação e anemia.
  • Importância: Útil para monitorar o estado geral do paciente e possíveis complicações.

PCR (Proteína C Reativa)

  • Para que serve: O exame de Proteína C reativa indica o grau de inflamação no organismo.
  • Importância: Níveis muito altos de PCR podem sinalizar formas mais graves da doença.

Ressonância Magnética com Colangiopancreatografia (CPRM)

Qual o tratamento da pancreatite?

Por se tratar de uma doença perigosa e de difícil previsão, certos medicamentos podem mais atrapalhar do que ajudar, por isso, recomendamos que um acompanhamento médico seja realizado para que, junto de um especialista, sejam prescritos os medicamentos mais certeiros para cada paciente.

Entretanto, o especialista poderá prescrever alguns remédios que servem para aliviar as dores ou alguns antibióticos.

Por se tratar de uma doença que irrita o pâncreas, a alimentação do paciente poderá ser limitada e restrita por uma dieta mais específica, além de aumentar a ingestão de líquidos e, principalmente, água.

Para os casos de pancreatite crônica, o paciente possivelmente receberá alimento por meio de sonda durante um período de tempo para que a inflamação do órgão não se prolongue. Em casos mais avançados, o especialista pode orientar a reposição de enzimas por via oral, já que algumas enzimas não estão mais sendo produzidas pelo pâncreas inflamado.

Compreender o papel fundamental do pâncreas no corpo humano e as implicações das doenças que o afetam, como a pancreatite, é essencial para manter a saúde do sistema digestório e endócrino. 

A pancreatite, em suas formas aguda e crônica, pode ter efeitos devastadores se não for diagnosticada e tratada corretamente. Por isso, é importante estar atento aos sintomas e procurar atendimento médico adequado ao menor sinal de problema. Além disso, adotar hábitos saudáveis, como evitar o consumo excessivo de álcool e manter uma dieta balanceada, pode ajudar a proteger esse órgão vital.


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