O exame de creatinina sérica é uma ferramenta importante no diagnóstico de disfunções renais porque a creatinina é uma substância produzida pelos músculos e eliminada principalmente pelos rins. Quando os rins não estão funcionando corretamente, a taxa de filtração glomerular (TFG), que é a capacidade dos rins de filtrar resíduos e substâncias do sangue, diminui. Isso resulta em um acúmulo de creatinina no sangue, elevando os níveis de creatinina sérica.
Portanto, ao medir os níveis de creatinina sérica, os médicos podem avaliar indiretamente a função renal. Se os níveis de creatinina sérica estiverem elevados, pode indicar que os rins não estão filtrando eficientemente. Isso pode ser um sinal de várias condições, como insuficiência renal aguda ou crônica, glomerulonefrite, obstrução do trato urinário, entre outras.
É importante ressaltar que o exame de creatinina sérica por si só não é definitivo para o diagnóstico de uma condição renal específica, mas é parte integrante da avaliação renal, juntamente com outros testes clínicos, exames de imagem e histórico médico do paciente.
O que é uma doença renal crônica?
Caracteriza-se como uma lesão ocorrida no sistema renal (que engloba regiões do corpo: rins, ureteres, a bexiga e a uretra) e que geram uma perda constante, crescente e irreversível da função dos rins.
Quando essa lesão se encontra em um estágio mais avançado (chamada de fase terminal de insuficiência renal crônica, ou simplesmente IRC) os rins não mais conseguirão manter a regularidade da parte interior do enfermo.
Estudos da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) apontam que cerca de 10 milhões de brasileiros possuem alguma disfunção renal.
Quais são as principais causas das doenças renais crônicas?
Majoritariamente, as DRCs são originadas de complicações como a diabetes, hipertensão, obesidade, tabagismo, além de possíveis históricos desses mesmos tipos de doença na família por questões genéticas.
Por mais que parte das doenças renais genéticas sejam raras, somadas contam com mais de 500 diferentes tipos de distúrbios.
Quantos tipos de doenças renais existem e como elas afetam o nosso corpo?
Por apresentarem funções essenciais em nosso corpo, tais como:
- Eliminação de toxinas;
- Filtragem da quantidade de água e sal;
- Equilibrar a pressão arterial além da produção de hormônios (principais responsáveis pela obtenção de cálcio nos ossos).
Os rins devem receber prioridade máxima no tratamento de doenças renais, pois elas tentarão afetar o funcionamento rotineiro dos rins.
De início, as DRCs são assintomáticas (não apresentam quaisquer sintomas em seu estágio inicial) e isso as torna mais perigosas por se tratarem de doenças silenciosas exigindo, dessa forma, um cuidado maior com relação a seu tratamento e prevenção.
As cinco principais doenças que afetam os rins são:
Nefrite
É uma doença que provoca a inflamação dos glomérulos, importantes elementos que atuam no processo de filtragem dos rins e grandes responsáveis pela eliminação das toxinas, água e também sais.
A Nefrite pode se manifestar de duas maneiras distintas:
- Aguda: Causada pela infecção bacteriana na garganta ou na pele e são mais fáceis de serem solucionados através de um tratamento que utilize antibióticos;
- Crônica: Desenvolve-se de maneira silenciosa, sem que haja sintomas e que pode, ao longo dos anos, pode levar à insuficiência renal.
Cálculo renal
Conhecido popularmente como “pedra nos rins”, o cálculo renal caracteriza-se pela formação de pequenas pedras nos rins e nos canais urinários.Essas pequenas pedras são geradas a partir dos minerais e sais ácidos encontrados na urina e que são aglutinados.
Sua passagem pelo trato urinário pode gerar dores na região abdominal associadas a náuseas, porém não causa danos permanentes. A falta de ingestão de água geralmente ocasiona isso.
Insuficiência Renal
Reconhece-se um quadro de insuficiência renal quando ocorre a perda da funcionalidade dos rins de aplicar suas tarefas, especialmente a filtração.
Essa complicação pode acarretar na retenção de ureia no organismo além da hipertensão, a anemia e diversos outros problemas tais como:
- Febre;
- Dor lombar;
- Dificuldade para urinar;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Imunodepressão;
- Convulsões;
- Coma.
Infecção renal
Também conhecida como pielonefrite, é provocada por uma bactéria (podendo ser a Escherichia coli, Proteus mirabilis, Enterobacter ou a Staphylococcus) que, inicialmente, atua na bexiga para posteriormente atacar os rins ocasionando em dores intensas, febre e outros sintomas.
Ou seja, o exame de creatinina sérica é uma ferramenta importante para diagnosticar doenças renais, fornecendo informações valiosas sobre a função dos rins e ajudando os médicos a planejar o tratamento adequado para essas condições.
Como o exame de creatinina pode auxiliar na detecção de doenças renais?
Considerado por muitos médicos como essencial no trato de doenças renais, o exame de creatinina serve para avaliar a saúde dos rins e desvendar a possível existência de DRCs no organismo.
Quando os níveis registrados nesse exame estão altos, significa que os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina, ocasionando dessa maneira um acúmulo no sangue. Em diversos casos, somente com o auxílio desse tipo de exame será possível distinguir os graus de insuficiência renal, pois muitas pessoas não apresentam sintomas.
O que é a creatinina?
Através da alimentação normalmente feita para o fornecimento de energia aos músculos, o nosso fígado e os rins produzem a substância creatina fosfato, nesse processo a creatinina é gerada e eliminada pelo nosso organismo constantemente.
Essa substância está sempre presente em nosso corpo e é eliminada por meio da urina e sua quantidade é diretamente proporcional à quantidade de proteínas. Quanto mais massa muscular, maior a quantidade de creatinina no corpo.
Como o exame é realizado?
É conhecido como um exame laboratorial que visa fazer a medição de concentrações de creatinina que percorrem o sangue.
Através de uma amostra de urina, será possível realizar a análise em laboratório das substâncias presentes nos rins. Também pode ser realizado ao coletar uma pequena amostra de sangue por meio de punção.
No segundo caso, o paciente deverá cumprir um jejum de proteínas de 6 horas para que não haja quaisquer alterações na composição do sangue o que poderia acarretar em falsos diagnósticos.
Para ambos os casos, não recomenda-se que o paciente em questão pratique exercícios físicos pois podem igualmente gerar modificações no organismo levando os médicos a conclusões incertas.
A coleta de sangue pode ser feita em um laboratório, clínica médica ou qualquer outra instituição de saúde por meio de um profissional da área, enquanto que a amostra de urina poderá ser coletada pelo próprio paciente em casa seguindo as indicações do médico responsável.
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