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Infertilidade feminina: três exames importantes para diagnosticar

Infertilidade feminina: três exames importantes para diagnosticar
Para diagnosticar corretamente essa condição e identificar as melhores opções de tratamento, é fundamental a realização de exames específicos.

A infertilidade feminina é uma realidade que afeta milhares de mulheres em todo o mundo e pode ter diversas causas, como alterações hormonais e problemas estruturais nos órgãos reprodutivos. Para entender as razões da dificuldade em engravidar, é fundamental procurar um especialista, que indicará os exames mais adequados para cada caso.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Fernandes Filgueira, a taxa de natalidade no Brasil caiu de 3,2 nascimentos por mulher, em 1990, para 2,5, em 2019. A projeção para 2050 indica uma redução ainda maior, chegando a 2,2 nascimentos por mulher. Esse número se aproxima do limite crítico de 2,1, necessário para manter a população estável e evitar o declínio populacional.

Os testes de fertilidade ajudam a avaliar a função ovariana, a integridade das trompas de falópio e a saúde do útero, fornecendo informações essenciais para um diagnóstico preciso. Além dos exames laboratoriais, outros procedimentos podem ser necessários para uma análise mais detalhada da fertilidade da mulher.

Dosagem hormonal

A dosagem hormonal é um dos primeiros exames solicitados na investigação da infertilidade. Esse teste mede os níveis de hormônios essenciais para o funcionamento do ciclo menstrual e a ovulação, fornecendo informações sobre possíveis desequilíbrios hormonais.

Os hormônios analisados geralmente incluem:

  • FSH (Hormônio Folículo-Estimulante): essencial para o crescimento dos folículos ovarianos e a produção de óvulos.
  • LH (Hormônio Luteinizante): responsável pelo estímulo à ovulação e pela regulação do ciclo menstrual.
  • Estradiol: hormônio fundamental para a maturação dos óvulos e a preparação do útero para a gravidez.
  • Progesterona: avalia se a ovulação ocorreu corretamente e se o útero está pronto para a implantação do embrião.
  • Prolactina: níveis elevados podem indicar distúrbios que afetam a ovulação e a fertilidade.
  • Hormônios tireoidianos (TSH e T4): problemas na tireoide podem impactar a ovulação e o equilíbrio hormonal.
  • Testosterona: em alguns casos, níveis elevados desse hormônio podem indicar síndrome dos ovários policísticos (SOP), afetando a fertilidade.

A dosagem hormonal é realizada por meio de exames de sangue, e sua interpretação deve ser feita por um especialista, que levará em conta o histórico clínico da paciente.

O exame deve ser feito em períodos específicos do ciclo menstrual para fornecer resultados mais precisos.

Ultrassonografia transvaginal

A ultrassonografia transvaginal é um exame fundamental na avaliação da fertilidade feminina. Ele permite visualizar os ovários, útero e endométrio, fornecendo informações importantes sobre a saúde dos órgãos reprodutivos.

Com esse exame, é possível:

  • Avaliar a presença de cistos ovarianos, que podem interferir na ovulação;
  • Identificar miomas uterinos ou pólipos endometriais, que podem dificultar a implantação do embrião;
  • Analisar a espessura do endométrio, essencial para a fixação do embrião;
  • Monitorar o desenvolvimento dos folículos ovarianos, verificando se há ovulação;
  • Avaliar a presença de aderências pélvicas, que podem ser causadas por infecções ou endometriose.

A ultrassonografia transvaginal é um procedimento rápido e indolor, sendo amplamente utilizada na investigação de infertilidade e no acompanhamento de tratamentos para engravidar.

Além disso, esse exame pode ser repetido em diferentes fases do ciclo menstrual para o monitoramento contínuo da ovulação.

Histerossalpingografia

A histerossalpingografia é um exame de imagem que avalia a permeabilidade das trompas de falópio e a anatomia do útero. Ele é essencial para detectar obstruções tubárias, uma das principais causas de infertilidade feminina.

O procedimento consiste na injeção de um contraste dentro do útero, seguido de radiografias para verificar o trajeto do líquido pelas trompas.

Caso o contraste não consiga passar pelas trompas, pode indicar obstrução, dificultando o encontro do óvulo com o espermatozoide.

Além da obstrução tubária, a histerossalpingografia também pode identificar anomalias uterinas, como:

  • Malformações congênitas do útero;
  • Pólipos ou aderências que podem interferir na fixação do embrião;
  • Endometriose, que pode afetar a função das trompas e a receptividade endometrial;
  • Infecções ou inflamações que possam comprometer a fertilidade.

O exame é minimamente invasivo e costuma causar um leve desconforto, mas é essencial para a investigação da infertilidade, ajudando no direcionamento do tratamento adequado.

Em alguns casos, o próprio exame pode auxiliar na desobstrução parcial das trompas.

Outros exames complementares

Além dos três exames principais mencionados, outras investigações podem ser necessárias para um diagnóstico mais completo da infertilidade feminina:

  • Resistência à insulina: alterações na insulina podem estar associadas à síndrome dos ovários policísticos (SOP), impactando a ovulação;
  • Biópsia do endométrio: realizada para avaliar a receptividade uterina e possíveis inflamações;
  • Laparoscopia diagnóstica: indicada em casos de suspeita de endometriose ou aderências pélvicas severas;
  • Teste genético: em alguns casos, fatores genéticos podem influenciar a infertilidade, sendo necessária uma avaliação mais aprofundada.

Tratamentos disponíveis para infertilidade

Após a realização dos exames, o médico poderá indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Algumas opções incluem:

  • Indução da ovulação: com o uso de medicamentos que estimulam a liberação de óvulos;
  • Cirurgias para correção de anomalias uterinas: remoção de miomas, pólipos ou aderências.
  • Fertilização in vitro (FIV): em casos mais complexos, pode ser indicada a FIV para aumentar as chances de gravidez.
  • Mudanças no estilo de vida: alimentação equilibrada, redução do estresse e prática de exercícios podem melhorar a fertilidade.

A infertilidade feminina pode ter múltiplas causas, e a realização de exames específicos é fundamental para um diagnóstico preciso.

A dosagem hormonal, a ultrassonografia transvaginal e a histerossalpingografia são três dos principais testes utilizados para avaliar a fertilidade feminina e identificar possíveis problemas que impedem a concepção.

Além desses exames, outras investigações complementares podem ser necessárias para uma análise mais detalhada.

Com um diagnóstico correto, o médico pode indicar o tratamento mais adequado, aumentando as chances de gravidez.

Para mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar, buscar orientação especializada e realizar os exames indicados é o primeiro passo para compreender a situação e encontrar soluções personalizadas.

Quanto mais cedo a infertilidade for diagnosticada, maiores são as chances de sucesso nos tratamentos disponíveis.


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