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Desparatisação – entenda o processo e viva melhor

Desparatisação – entenda o processo e viva melhor
Você sabia que a presença de vermes no organismo pode afetar até seu humor? Descubra por que a desparasitação é mais importante do que parece — e como ela protege sua saúde de forma silenciosa.

Você pode estar convivendo com parasitas e nem imaginar. Fadiga constante, inchaço abdominal, alterações no apetite ou até mau humor podem estar ligados à presença silenciosa de vermes intestinais no organismo.

A desparasitação é um cuidado fundamental, muitas vezes esquecido, mas que tem impacto direto na imunidade, no sistema digestivo e até na qualidade de vida. Com a rotina moderna — marcada pelo consumo de alimentos ultraprocessados, maior contato com animais domésticos e exposição a ambientes urbanos — o risco de infestações por parasitas aumentou significativamente.

Mais do que um simples remédio tomado de vez em quando, a desparasitação deve ser encarada como parte de uma rotina de cuidados preventivos, principalmente em crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa.

Neste artigo, você vai entender por que desparasitar é tão essencial, quais sinais o corpo pode dar, quando fazer e como incluir esse hábito de forma responsável e orientada na sua vida.

O que é desparatisação?

A desparatisação é o processo de eliminação de parasitas do corpo humano, especialmente aqueles que se instalam no trato intestinal.

Entre os mais comuns estão vermes intestinais como a lombriga (Ascaris lumbricoides), a tênia (Taenia spp.) e o oxiúro (Enterobius vermicularis), além de protozoários como a giárdia (Giardia lamblia).

Esses parasitas podem ser adquiridos por meio de água ou alimentos contaminados, falta de higiene nas mãos, contato com animais infectados ou até mesmo em ambientes mal higienizados.

Uma vez dentro do organismo, esses agentes podem se multiplicar e comprometer funções digestivas, imunológicas e neurológicas.

Por que a desparatisação é importante?

A presença de parasitas no organismo pode causar uma série de problemas de saúde que, muitas vezes, são confundidos com outras condições.

Fadiga crônica, dificuldade de concentração, inchaço abdominal, prisão de ventre, diarreia, coceiras anais e até alterações no apetite podem ser sintomas de uma infestação.

Além disso, quando os parasitas se instalam por muito tempo, eles podem levar à deficiência de nutrientes, pois competem com o hospedeiro pela absorção de vitaminas e minerais.

Em crianças, esse impacto pode comprometer o crescimento e o desenvolvimento físico e cognitivo.

A desparatisação, portanto, atua como uma medida de limpeza interna do corpo, contribuindo para restaurar o equilíbrio do sistema digestivo, melhorar a disposição e reforçar a imunidade.

Exames diagnósticos: como saber se há parasitas no organismo?

Identificar a presença de parasitas no corpo é o primeiro passo para um tratamento eficaz. Embora alguns sintomas possam levantar suspeitas, apenas exames laboratoriais específicos confirmam a infestação. Abaixo, listamos 5 exames fundamentais para quem deseja investigar a presença de vermes e protozoários no organismo:

  • Exame parasitológico de fezes (EPF)
    Considerado o principal exame para detectar ovos, larvas e parasitas adultos presentes no intestino. Recomenda-se a coleta de três amostras em dias alternados para maior precisão.
  • Hemograma completo
    Pode indicar sinais indiretos de parasitose, como aumento de eosinófilos (eosinofilia), comum em infecções por vermes.
  • Teste ELISA (sorologia para parasitas)
    Detecta a presença de anticorpos contra parasitas no sangue, sendo útil para infecções que não aparecem nas fezes, como toxoplasmose ou esquistossomose.
  • Endoscopia ou colonoscopia com biópsia
    Indicadas quando há suspeita de parasitas em locais de difícil acesso ou quando os exames convencionais não são conclusivos. Permitem visualização direta e coleta de material.
  • Exame de urina ou escarro
    Úteis em casos específicos, como esquistossomose urinária ou presença de larvas pulmonares. Podem revelar parasitas que migram por outros sistemas do corpo.

Quando fazer a desparatisação?

Especialistas recomendam que a desparatisação seja feita, em média, a cada seis meses. No entanto, esse intervalo pode variar de acordo com o estilo de vida, a alimentação, o contato com animais de estimação e as condições sanitárias da região em que a pessoa vive.

Para quem convive com crianças ou animais domésticos, o cuidado deve ser redobrado, pois a exposição é constante. Em áreas rurais ou em locais com saneamento básico precário, a desparatisação pode ser necessária com mais frequência.

Sinais de que você pode precisar se desparasitar

Mesmo sem exames, o corpo pode dar alguns sinais de que há algo errado. Fique atento aos seguintes sintomas:

  • Coceira anal, principalmente à noite; 
  • Gases e inchaço constantes;
  • Diarreia ou prisão de ventre frequente; 
  • Dores de cabeça sem explicação;
  • Irritabilidade e alterações de humor; 
  • Queda de cabelo; 
  • Insônia
  • Alergias recorrentes. 

Caso identifique mais de um desses sinais, é recomendável procurar orientação médica para avaliar a necessidade de desparatisação.

Métodos de desparatisação disponíveis

Existem diversas formas de desparatisação, que variam conforme o tipo de parasita, o histórico do paciente e a gravidade da infestação. Veja os principais métodos utilizados:

Medicamentos antiparasitários

São os mais comuns e eficazes. São prescritos por médicos e costumam ter ação específica sobre determinados tipos de parasitas. Os mais conhecidos incluem:

  • Albendazol; 
  • Mebendazol; 
  • Nitazoxanida (popularmente conhecido como Anitta); 
  • Ivermectina. 

O tratamento geralmente é simples, com doses únicas ou em esquema de três dias, podendo ser repetido após algumas semanas para garantir a eliminação completa dos ovos e larvas.

Desparatisação natural

Algumas pessoas preferem métodos naturais como forma de prevenção ou complemento ao tratamento tradicional. Entre os alimentos e ervas com propriedades antiparasitárias destacam-se:

  • Sementes de abóbora; 
  • Alho cru; 
  • Óleo de coco; 
  • Hortelã;
  • Gengibre; 
  • Chá de boldo; 

Vale lembrar que, embora esses métodos tenham potencial antiparasitário, eles não substituem a orientação médica nem garantem eficácia em casos mais graves.

Suplementos e probióticos

Durante e após a desparatisação, é importante recuperar a flora intestinal e fortalecer o sistema imunológico. O uso de probióticos e suplementos como zinco, vitamina C e complexo B pode acelerar a recuperação do organismo.

Cuidados antes, durante e após a desparatisação

A eficácia da desparatisação depende não apenas da medicação, mas também de práticas de higiene e alimentação. Confira alguns cuidados essenciais:

Antes do tratamento

  • Realize exames laboratoriais se possível (fezes, sangue) para identificar o tipo de parasita. 
  • Converse com um médico para prescrever o medicamento adequado. 
  • Evite o uso de laxantes sem recomendação médica. 

Durante o tratamento

  • Siga rigorosamente a posologia indicada. 
  • Mantenha boa hidratação. 
  • Prefira refeições leves, ricas em fibras e pobres em açúcares, que alimentam os parasitas. 
  • Redobre os cuidados com a higiene pessoal e dos ambientes. 

Após o tratamento

  • Faça a repetição da dose conforme recomendação médica. 
  • Reforce o consumo de alimentos naturais e fermentados para restaurar a microbiota intestinal. 
  • Avalie a necessidade de desparatisação familiar, inclusive em animais de estimação. 
  • Continue monitorando sintomas por, pelo menos, 30 dias. 

A desparatisação em crianças e idosos

Grupos vulneráveis como crianças e idosos merecem atenção especial. Nas crianças, a infestação por vermes pode afetar o apetite, o sono e o rendimento escolar.

Já nos idosos, o impacto pode ser mais severo, levando a fraqueza, perda de peso e agravamento de doenças preexistentes.

A desparatisação nesses grupos deve ser orientada por um profissional da saúde, considerando o histórico clínico e possíveis interações medicamentosas.

Animais de estimação também precisam de atenção

É comum que os parasitas entrem em casa por meio de cães e gatos. Por isso, o controle parasitário nos pets deve ser feito de forma regular, com vermífugos específicos e acompanhamento veterinário. Além disso, é importante:

  • Recolher as fezes dos animais com frequência. 
  • Evitar que lambam o rosto ou a boca dos tutores. 
  • Manter potes e brinquedos limpos. 

Cuidar da saúde dos pets é também uma forma de proteger a saúde humana.

Desparatização é sinônimo de saúde e bem-estar

A desparatisação é uma prática simples, segura e extremamente benéfica quando realizada de forma preventiva e consciente. Incorporar esse hábito à rotina de cuidados com o corpo é um passo importante para garantir mais disposição, imunidade fortalecida e bem-estar geral.

Além disso, promover a desparatisação em toda a família, incluindo os animais domésticos, é uma maneira eficaz de evitar reinfestações e melhorar a qualidade de vida de todos.

Não espere os sintomas se agravarem: converse com um profissional da saúde e descubra qual o melhor momento para se desparatizar. Seu corpo agradece.


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