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Labirintite: conheça os sintomas, exames e tratamento

Labirintite: conheça os sintomas, exames e tratamento
Labirintite é uma inflamação no ouvido interno que afeta o equilíbrio e a audição. Entenda os sintomas, as causas e as formas mais indicadas de tratamento.

A labirintite é uma condição que afeta o ouvido interno, especificamente uma estrutura chamada labirinto, responsável pelo equilíbrio e pela audição.

Embora o termo seja popularmente usado para descrever qualquer tipo de tontura ou vertigem, a verdadeira labirintite está relacionada a um processo inflamatório ou infeccioso nessa região sensível do ouvido.

O problema pode surgir de forma repentina e gerar sintomas debilitantes, como perda de equilíbrio, zumbido e náuseas.

Por isso, é fundamental conhecer os sinais, causas e o tratamento adequado para a labirintite. Neste artigo, você vai entender tudo o que envolve essa condição, quais são os cuidados recomendados e quando buscar ajuda médica.

O que é labirintite?

A labirintite é uma inflamação do labirinto, parte do ouvido interno composta pela cóclea (relacionada à audição) e pelo vestíbulo (relacionado ao equilíbrio).

Essa inflamação pode ser causada por infecções virais, bacterianas, ou até mesmo por problemas autoimunes e neurológicos.

Apesar de ser um termo comum no dia a dia, muitos episódios classificados como “labirintite” são, na verdade, outros distúrbios vestibulares, como a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) ou a doença de Ménière.

Por isso, o diagnóstico médico é essencial para identificar corretamente a origem dos sintomas.

A condição costuma afetar adultos entre 40 e 60 anos, mas pode surgir em qualquer faixa etária, especialmente quando há fatores de risco como estresse, ansiedade, infecções respiratórias ou doenças crônicas mal controladas.

Quais são os sintomas da labirintite?

Os sintomas da labirintite podem surgir de maneira súbita e causar grande impacto na qualidade de vida do paciente. Eles variam em intensidade e duração, mas costumam ser bastante característicos.

Principais sinais e sintomas

  • Tontura intensa ou vertigem: sensação de que tudo está girando, com perda de equilíbrio;
  • Náusea e vômito: associados à tontura persistente;
  • Zumbido nos ouvidos (tinnitus): barulho constante ou intermitente;
  • Perda auditiva temporária ou dificuldade de ouvir;
  • Sensação de pressão ou desconforto no ouvido afetado;
  • Desequilíbrio ao caminhar ou ao mudar de posição;
  • Sudorese e ansiedade em crises mais intensas.

A vertigem é, geralmente, o sintoma mais evidente e pode durar de alguns minutos a várias horas. Em casos mais graves, a pessoa pode ter dificuldade de realizar tarefas simples, como caminhar ou se alimentar.

Sintomas que exigem atenção médica imediata

É importante procurar um médico com urgência se os sintomas vierem acompanhados de:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Visão dupla ou dificuldade para falar;
  • Perda de consciência;
  • Fraqueza em um dos lados do corpo.

Esses sinais podem indicar outras condições neurológicas graves, como um acidente vascular cerebral (AVC), e não apenas labirintite.

O que causa a labirintite?

As causas da labirintite são variadas e envolvem tanto infecções quanto fatores relacionados à saúde geral do paciente. A identificação correta da origem é fundamental para a escolha do tratamento adequado.

Causas mais comuns da labirintite

  • Infecções virais: como gripes, resfriados ou infecções por herpes vírus;
  • Infecções bacterianas: menos comuns, mas mais graves, podendo afetar o ouvido médio e se estender ao labirinto;
  • Doenças autoimunes: que causam inflamação no sistema nervoso;
  • Traumas na cabeça ou no ouvido;
  • Estresse emocional e ansiedade crônica;
  • Uso excessivo de álcool ou certos medicamentos ototóxicos;
  • Doenças metabólicas: como diabetes, hipertensão e colesterol alto.

Há ainda casos em que não é possível identificar a causa exata da labirintite, sendo classificados como idiopáticos.

Como é feito o diagnóstico da labirintite?

O diagnóstico da labirintite é clínico e envolve uma avaliação detalhada dos sintomas e do histórico do paciente. O médico, geralmente um otorrinolaringologista ou neurologista, pode realizar exames físicos e testes específicos para verificar o funcionamento do labirinto.

Principais exames utilizados

Esses exames ajudam a diferenciar a labirintite de outras condições vestibulares, como a VPPB ou a neurite vestibular.

Qual é o tratamento indicado para labirintite?

O tratamento da labirintite varia conforme a causa e a intensidade dos sintomas. Em geral, o objetivo é controlar a vertigem, aliviar o desconforto e tratar a infecção ou distúrbio subjacente.

Medicamentos mais utilizados

  • Antivertiginosos (como dimenidrinato e meclizina): reduzem a sensação de vertigem;
  • Antieméticos (como metoclopramida): ajudam a controlar náuseas e vômitos;
  • Anti-inflamatórios ou antibióticos: quando há infecção viral ou bacteriana;
  • Ansiolíticos: em casos com forte componente emocional ou ansiedade.

Fisioterapia vestibular

A fisioterapia é uma ferramenta importante na reabilitação de pacientes com labirintite. Ela envolve exercícios que estimulam o sistema vestibular e ajudam o cérebro a se readaptar ao novo padrão de equilíbrio.

Essa abordagem é recomendada especialmente em casos crônicos ou recorrentes, e pode reduzir significativamente os episódios de vertigem.

Mudanças no estilo de vida

Além dos medicamentos, mudanças nos hábitos diários são fundamentais para a recuperação:

  • Evitar movimentos bruscos com a cabeça;
  • Reduzir o consumo de álcool, cafeína e cigarro;
  • Dormir adequadamente;
  • Manter uma alimentação equilibrada e hidratação constante;
  • Praticar técnicas de controle do estresse, como meditação ou ioga.

Labirintite tem cura?

A labirintite geralmente tem cura, especialmente quando tratada corretamente e em seus estágios iniciais. A maioria dos casos melhora em poucos dias ou semanas, com o uso de medicamentos e repouso adequado.

Contudo, alguns pacientes podem apresentar episódios recorrentes, especialmente quando há fatores desencadeantes persistentes, como estresse elevado ou doenças crônicas não controladas.

Nesses casos, o acompanhamento médico contínuo e a reabilitação vestibular são essenciais para evitar novas crises e melhorar a qualidade de vida.

Quando procurar um especialista?

Se você está enfrentando tonturas frequentes, zumbido no ouvido, náuseas ou dificuldade de manter o equilíbrio, é importante consultar um médico otorrinolaringologista ou neurologista.

Esses profissionais são os mais indicados para diagnosticar e tratar a labirintite e outras doenças do ouvido interno.

Evitar a automedicação e buscar ajuda o quanto antes são atitudes essenciais para garantir um tratamento eficaz e seguro.

A labirintite é uma condição comum, mas que pode impactar fortemente o bem-estar de quem sofre com seus sintomas. Identificar as causas, seguir o tratamento médico e adotar hábitos saudáveis são os pilares para prevenir e controlar essa doença.

Com diagnóstico precoce e abordagem adequada, é possível recuperar o equilíbrio, reduzir as crises e ter uma vida normal e produtiva. Não negligencie sinais como tontura ou zumbido — eles podem ser o alerta que seu corpo está dando de que algo precisa de atenção.


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