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Métodos contraceptivos: guia completo para prevenção da gravidez

Métodos contraceptivos: guia completo para prevenção da gravidez
Neste guia completo, explicamos os principais métodos contraceptivos, como funcionam, sua eficácia e as melhores recomendações para cada caso.

A prevenção da gravidez é uma preocupação fundamental para muitas pessoas que desejam adiar a maternidade ou evitar uma gestação não planejada. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha uma função importante ao disponibilizar gratuitamente diversos métodos contraceptivos, promovendo o planejamento familiar e a saúde sexual da população.

Entre janeiro e novembro de 2024, o SUS distribuiu mais de 22 milhões de unidades de contraceptivos. Os métodos mais utilizados pelas brasileiras foram os anticoncepcionais orais combinados, seguidos pelos injetáveis mensais e trimestrais.

Atualmente, o SUS oferece uma variedade de métodos contraceptivos, incluindo:

  • Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre
  • Anticoncepcionais orais combinados
  • Anticoncepcionais injetáveis mensais e trimestrais
  • Pílulas de progestágeno isolado
  • Contracepção oral de emergência (pílula do dia seguinte)
  • Preservativos internos e externos
  • Implante subdérmico

Cada método possui características específicas, com diferentes níveis de eficácia. Por exemplo, o DIU de cobre apresenta uma taxa de gravidez de 0,6 a 0,8 por 100 mulheres ao ano, enquanto os preservativos masculinos registram entre 2 a 13 gestações no mesmo período, dependendo do uso correto e consistente.

É importante destacar que, apesar da ampla oferta de métodos contraceptivos, ainda existem desafios relacionados ao acesso e à escolha informada, especialmente entre adolescentes e jovens. Dados indicam que 55% das adolescentes solteiras e sexualmente ativas no Brasil nunca utilizaram nenhum método anticoncepcional, número que chega a 79% em áreas rurais.

Neste guia completo, apresentamos os principais métodos contraceptivos disponíveis, seu funcionamento, eficácia e recomendações, auxiliando você a escolher a opção mais adequada às suas necessidades e estilo de vida.

Métodos contraceptivos hormonais

Os métodos hormonais utilizam hormônios sintéticos para impedir a ovulação e dificultar a fecundação.

Eles são altamente eficazes quando usados corretamente, mas podem apresentar efeitos colaterais e não são recomendados para todas as pessoas.

Anticoncepcional oral

A pílula anticoncepcional é um dos métodos mais populares. Existem dois tipos principais:

  • Combinada: Contém estrogênio e progesterona, impedindo a ovulação e alterando o muco cervical.
  • Minipílula: Contém apenas progesterona, sendo indicada para mulheres que não podem usar estrogênio.

O uso correto da pílula é essencial para garantir sua eficácia, devendo ser tomada diariamente no mesmo horário.

Seu uso também pode trazer benefícios adicionais, como regulação do ciclo menstrual, redução das cólicas e melhora da acne.

No entanto, também pode causar efeitos colaterais como náuseas, alteração de humor e ganho de peso.

Algumas usuárias relatam ainda redução na libido e alteração no padrão de menstruação.

Além disso, o uso prolongado da pílula pode aumentar o risco de trombose em algumas mulheres, especialmente naquelas com histórico familiar da condição.

Portanto, a escolha desse método deve ser feita com acompanhamento médico.

Adesivo contraceptivo

O adesivo libera hormônios pela pele, oferecendo proteção por uma semana. Deve ser trocado semanalmente durante três semanas, com uma pausa na quarta semana para a menstruação.

É uma opção prática para quem esquece de tomar a pílula diariamente, mas pode causar irritação na pele e não é recomendado para fumantes acima dos 35 anos. Além disso, pode ser menos eficaz em pessoas com peso acima de 90 kg.

O adesivo tem uma vantagem sobre a pílula: os hormônios são absorvidos diretamente pela pele, evitando a passagem pelo fígado.

Isso pode reduzir os riscos de problemas hepáticos em longo prazo. No entanto, algumas mulheres relatam desconforto devido ao resíduo adesivo deixado na pele.

Injeção contraceptiva

A injeção é aplicada mensalmente ou a cada três meses, dependendo da formulação. Esse método é muito eficaz e prático, mas pode levar a alterações no ciclo menstrual, incluindo a ausência de menstruação.

Algumas usuárias também relatam ganho de peso e alteração no humor, além de demora para o retorno da fertilidade após a interrupção do uso.

Esse método pode ser uma boa opção para quem deseja evitar o uso diário de anticoncepcionais orais, mas requer um compromisso com aplicações regulares.

Seu uso prolongado pode levar à redução da densidade óssea, sendo necessário um acompanhamento médico para monitorar possíveis efeitos colaterais.

Implante subcutâneo

O implante é um pequeno bastão inserido sob a pele do braço, que libera hormônios continuamente por até cinco anos. É altamente eficaz e não exige manutenção constante, mas pode causar alterações no padrão menstrual, como sangramentos irregulares.

É uma boa opção para quem busca um método de longa duração sem necessidade de lembrar de tomar uma pílula diariamente.

Além disso, sua eficácia não é comprometida pelo uso de outros medicamentos ou por problemas gastrointestinais, como ocorre com a pílula oral.

No entanto, como envolve um procedimento para inserção e remoção, algumas mulheres podem sentir desconforto ou dor leve no local do implante.

DIU hormonal

O Dispositivo Intrauterino (DIU) hormonal libera progesterona no útero, impedindo a ovulação e alterando o muco cervical. Sua eficácia dura de três a cinco anos e pode ajudar a reduzir fluxos menstruais intensos.

Alguns usuários podem sentir desconforto na inserção e leves cólicas nos primeiros meses de uso.

Esse método também pode ser útil para mulheres que sofrem com endometriose ou cólicas menstruais intensas, pois ajuda a reduzir os sintomas dessas condições. No entanto, pode levar a sangramentos irregulares nos primeiros meses.

O DIU de cobre, por sua vez, é um método contraceptivo reversível que impede a gravidez. Ele é inserido no útero e libera íons de cobre que inibem a passagem dos espermatozoides. 

Métodos contraceptivos de barreira

Os métodos de barreira impedem fisicamente que os espermatozoides entrem no útero. São boas opções para quem não pode ou não deseja usar hormônios.

Preservativo masculino e feminino

Os preservativos são os únicos métodos que protegem tanto contra a gravidez quanto contra Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Devem ser usados corretamente em todas as relações sexuais para garantir eficácia.

Além disso, são fáceis de encontrar, acessíveis e não possuem efeitos colaterais. No entanto, podem reduzir um pouco a sensibilidade durante o ato sexual e precisam ser usados de forma adequada para evitar falhas.

Diafragma

O diafragma é um dispositivo flexível de silicone que cobre o colo do útero, impedindo a passagem dos espermatozoides. Deve ser utilizado com espermicida para aumentar a eficácia.

Uma das vantagens do diafragma é que pode ser reutilizado por até dois anos, desde que seja bem armazenado e higienizado corretamente.

No entanto, requer uma adaptação para aprender a colocá-lo corretamente e pode causar desconforto em algumas mulheres.

Espermicidas

Substâncias químicas que imobilizam ou destroem os espermatozoides. Geralmente, são usadas em conjunto com outros métodos de barreira. Sua eficácia é menor quando utilizados isoladamente.

Métodos definitivos

Para quem tem certeza de que não deseja ter filhos, existem opções permanentes.

Laqueadura

A laqueadura é um procedimento cirúrgico que bloqueia as trompas de Falópio, impedindo que os óvulos cheguem ao útero. É uma opção para mulheres que desejam um método definitivo.

Apesar de ser um método seguro e eficaz, é uma decisão irreversível na maioria dos casos. Por isso, deve ser feita com cautela e após aconselhamento médico.

Vasectomia

A vasectomia é um procedimento para os homens, em que os canais deferentes são cortados ou bloqueados, impedindo que os espermatozoides sejam liberados no sêmen.

O procedimento é simples, tem rápida recuperação e não interfere na função sexual. No entanto, assim como a laqueadura, deve ser realizado apenas por aqueles que têm certeza de que não desejam mais filhos.

A escolha do método contraceptivo deve levar em conta fatores como eficácia, praticidade e possíveis efeitos colaterais. Consultar um profissional de saúde é essencial para decidir a melhor opção.

Além disso, é importante lembrar que apenas os preservativos oferecem proteção contra ISTs, tornando seu uso fundamental mesmo para quem utiliza outros métodos contraceptivos.


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