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5 Exames de rotina essenciais para idosos

Exames para idosos
A seguir, conheça mais detalhes sobre exames importantes para os idosos e porque incluí-los na rotina médica.

Manter a saúde em dia é fundamental com o passar dos anos, especialmente aos idosos. A realização de exames de rotina é essencial para diagnosticar precocemente doenças comuns nessa fase da vida e garantir um envelhecimento saudável.

Entre os principais exames indicados para idosos estão o hemograma completo, que monitora a saúde geral, avaliações cardíacas como o eletrocardiograma e o ecocardiograma, a densitometria óssea para prevenção da osteoporose, exames de função renal e a avaliação oftalmológica.

Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2024, o Brasil terá 15,1% de sua população com mais de 60 anos: Isso significa que o país contará com cerca de 22 milhões de idosos. O número de pessoas idosas no Brasil vem crescendo rapidamente, quase dobrando entre 2000 e 2023, passando de 8,7% para 15,6%. Em 2023, o grupo de idosos superou o de jovens entre 15 e 24 anos, tornando-se a maior faixa etária do país. O IBGE projeta que essa tendência continue aumentando, estimando que a população idosa represente 28% da população total em 2046.

Esse envelhecimento também aumenta a demanda por recursos para os serviços de saúde. A Secretaria do Tesouro Nacional estima que, entre 2024 e 2034, o envelhecimento da população exigirá um aumento de 67,2 bilhões de reais nos recursos destinados aos serviços de saúde. Portanto, se vamos viver mais, é imprescindível prestarmos a atenção necessária nos exames essenciais aos idosos e garantirmos maiores condições de vida.  

Exame de Sangue Completo: monitoramento geral da saúde

O hemograma completo é um dos exames mais indicados para qualquer faixa etária, mas ganha ainda mais relevância na terceira idade. Ele permite avaliar componentes importantes do sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Além disso, outros exames complementares, como a dosagem de colesterol, glicose, triglicerídeos e creatinina, ajudam a monitorar o risco de doenças crônicas como diabetes e problemas cardiovasculares.

O exame de sangue completo é um procedimento simples e rápido, geralmente realizado em laboratórios ou clínicas especializadas. O processo começa com a coleta de uma amostra de sangue, que é feita da seguinte maneira:

1. Preparação do Paciente: Em geral, o paciente deve estar em jejum de 8 a 12 horas, especialmente se o exame incluir a dosagem de glicose, colesterol ou triglicerídeos. No entanto, essa recomendação pode variar conforme a orientação médica.

2. Higienização e Aplicação do Torniquete: O profissional de saúde, normalmente um técnico de enfermagem ou biomédico, higieniza a pele do paciente com álcool na região do braço, onde será feita a coleta. Em seguida, coloca-se um torniquete acima do local escolhido para facilitar a visualização das veias.

3. Punção da Veia: Uma agulha esterilizada é inserida na veia, geralmente na região do antebraço ou do dorso da mão. Uma pequena dor pode ser sentida durante essa etapa. O sangue é então coletado em um ou mais tubos de ensaio, dependendo dos exames solicitados.

4. Finalização e Cuidados Pós-Coleta: Após a coleta, o torniquete é removido e a agulha é retirada. Um pedaço de algodão ou gaze é colocado sobre o local da punção para estancar o sangue, e o paciente é orientado a pressionar levemente a área para evitar hematomas. Em seguida, um curativo é aplicado.

5. Análise em Laboratório: Os tubos com a amostra de sangue são enviados para o laboratório, onde serão analisados com equipamentos especializados. Os resultados são gerados em até poucos dias, dependendo do local.

O exame é seguro e, em geral, não provoca efeitos adversos além de um leve desconforto ou hematoma na região da punção. Para idosos, é importante garantir que estejam bem hidratados antes da coleta, o que facilita o processo.

Após a coleta, eles podem retomar suas atividades normalmente, exceto em casos de orientações médicas específicas.

Eletrocardiograma e Ecocardiograma: cuidados com o coração

Doenças cardíacas são uma das principais preocupações na terceira idade. O eletrocardiograma (ECG) e o ecocardiograma são exames indispensáveis para detectar alterações no ritmo cardíaco, hipertrofias e insuficiências cardíacas.

Esses exames permitem ao médico identificar problemas precocemente e ajustar o tratamento, evitando complicações graves como infartos e AVCs.

Eletrocardiograma (ECG):

O eletrocardiograma é um exame rápido e não invasivo que avalia a atividade elétrica do coração, indicado especialmente para quem tem hipertensão arterial. Veja como é feito:

  • Preparação do Paciente: O paciente deita-se em uma maca e áreas específicas do corpo, como tórax, punhos e tornozelos, são higienizadas para facilitar a colocação dos eletrodos.
  • Colocação dos Eletrodos: Pequenos adesivos com eletrodos são colocados sobre a pele nessas regiões. Esses eletrodos captam a atividade elétrica do coração e a transmitem para o equipamento.
  • Registro da Atividade Cardíaca: O aparelho registra o ritmo e a frequência dos batimentos cardíacos, gerando gráficos que mostram a condução elétrica do coração. O exame dura apenas alguns minutos e não causa dor.
  • Finalização: Após a retirada dos eletrodos, o paciente pode seguir com suas atividades normalmente. O resultado do exame é analisado pelo cardiologista.

Ecocardiograma:

O ecocardiograma é um exame de imagem que utiliza ultrassom para avaliar a estrutura e o funcionamento do coração. Veja como é realizado:

  • Preparação do Paciente: O paciente deita-se em uma maca, geralmente com o tronco levemente inclinado para o lado esquerdo, para facilitar a captação das imagens. Não é necessário jejum ou preparo prévio.
  • Aplicação do Gel: Um gel especial é aplicado na região do tórax para melhorar a condução das ondas sonoras do ultrassom.
  • Uso do Transdutor: O médico ou técnico responsável desliza um transdutor (um dispositivo que emite ondas sonoras) sobre o tórax do paciente. As ondas sonoras criam imagens em tempo real do coração em movimento, mostrando detalhes das válvulas, câmaras e fluxo sanguíneo.
  • Duração e Finalização: O exame dura cerca de 20 a 40 minutos e é indolor. Após a retirada do gel, o paciente pode se limpar e seguir com suas atividades normalmente. 

Densitometria Óssea: prevenção da osteoporose

Com o envelhecimento, os ossos perdem densidade, aumentando o risco de fraturas. A densitometria óssea é o exame que mede a massa óssea e ajuda a diagnosticar a osteoporose, uma condição comum em idosos.

Identificar a perda de massa óssea precocemente permite a adoção de tratamentos e medidas preventivas, como o uso de suplementos de cálcio e vitamina D, além de atividades físicas adequadas

A densitometria óssea é um exame simples e indolor que mede a densidade mineral dos ossos, ajudando a diagnosticar osteoporose e outras condições relacionadas à perda de massa óssea. O procedimento é realizado da seguinte forma:

  • Preparação do Paciente: O exame não requer jejum ou preparo especial. O paciente deve remover quaisquer objetos metálicos, como cintos, joias e roupas com zíper, que possam interferir nas imagens.
  • Posicionamento: O paciente deita-se sobre uma maca, normalmente em decúbito dorsal (de costas), enquanto um aparelho de raio-X emite baixas doses de radiação sobre áreas específicas do corpo, como coluna lombar, quadris e fêmur, que são as mais propensas à osteoporose.
  • Varredura: O aparelho realiza uma varredura sobre a área em questão, capturando imagens detalhadas dos ossos. Durante a varredura, o paciente deve permanecer imóvel para garantir a precisão dos resultados.
  • Duração e finalização: O exame é rápido, durando em média 10 a 20 minutos. Como não há efeitos colaterais, o paciente pode retomar suas atividades imediatamente após o procedimento.

Exame de Função Renal: controle da saúde dos rins

Com o avanço da idade, os rins tendem a perder eficiência. O exame de função renal, que mede a dosagem de creatinina e ureia no sangue, é fundamental para monitorar a saúde renal. Em casos de alterações, o médico pode recomendar mudanças na dieta ou o uso de medicações específicas para prevenir complicações mais sérias, como a insuficiência renal.

O exame de função renal consiste em análises laboratoriais que verificam o estado de funcionamento dos rins. Os principais exames são:

Exame de Creatinina e Ureia:

  • Coleta de Sangue: O exame é feito por meio de uma amostra de sangue coletada de maneira similar ao hemograma. Em alguns casos, pode ser necessário jejum ou restrições alimentares, conforme orientação médica.
  • Análise Laboratorial: A amostra de sangue é analisada em laboratório para medir os níveis de creatinina e ureia, que são substâncias filtradas pelos rins. Alterações nos níveis podem indicar problemas como insuficiência renal.

Exame de urina (EAS e Clearence de Creatinina):

  • Coleta de Urina: Para o exame de EAS e Clearence de Creatinina, o paciente coleta uma amostra de urina, geralmente pela manhã, seguindo instruções específicas, como desprezar o primeiro jato da micção.
  • Análise Laboratorial: A urina é analisada para detectar a presença de proteínas, sangue ou outras substâncias que indicam a saúde renal. No caso do clearence de creatinina, pode ser necessário coletar a urina durante 24 horas para uma avaliação mais precisa.

Esses exames são simples, mas essenciais para diagnosticar e monitorar doenças renais, permitindo ajustes no tratamento ou adoção de medidas preventivas.

Avaliação oftalmológica

Problemas como catarata, glaucoma e degeneração macular são comuns entre idosos. Uma consulta anual com o oftalmologista, acompanhada de exames como a tonometria e a retinografia, é essencial para prevenir a perda de visão. 

A detecção precoce de doenças oculares permite tratamentos mais eficazes, contribuindo para a manutenção da independência e da qualidade de vida.

A avaliação oftalmológica inclui uma série de exames que verificam a acuidade visual e detectam doenças oculares. A consulta geralmente segue os seguintes passos:

Anamnese e Teste de Acuidade Visual:

O oftalmologista começa coletando informações sobre o histórico de saúde ocular do paciente. Em seguida, realiza o teste de acuidade visual, pedindo ao paciente que leia letras ou símbolos em um quadro (tabela de Snellen), enquanto ajusta lentes para determinar o grau de correção necessário.

Exame de Tonometria:

Esse exame mede a pressão intraocular e é crucial para detectar glaucoma. O procedimento é rápido e indolor:

  • Aplicação de colírio anestésico: Um colírio é aplicado para anestesiar o olho.
  • Medida da pressão ocular: Um dispositivo encosta levemente na superfície do olho para medir a pressão interna. Em versões mais modernas, um jato de ar pode ser usado para evitar o contato direto.

Fundoscopia ou Retinografia:

Para avaliar a retina, o oftalmologista pode utilizar a fundoscopia ou retinografia:

  • Dilatação da pupila: Colírios dilatadores são aplicados para permitir uma visão mais ampla do fundo do olho.
  •  Inspeção da retina: Usando uma luz e um equipamento especializado, o médico examina a retina, o nervo óptico e os vasos sanguíneos em busca de sinais de doenças como degeneração macular ou retinopatia diabética.
  • Duração e finalização:
  • A consulta pode durar entre 30 a 60 minutos. Após a dilatação das pupilas, a visão pode ficar embaçada por algumas horas, sendo recomendável evitar a condução de veículos nesse período.

Esses exames são fundamentais para garantir a saúde ocular e prevenir a perda de visão, especialmente em idosos, onde doenças como catarata e glaucoma são mais prevalentes.

A importância de manter o acompanhamento médico regular

Esses exames são apenas parte do que deve ser um cuidado integral com a saúde do idoso. Consultas periódicas com profissionais de saúde e a adoção de hábitos saudáveis são igualmente fundamentais para uma longevidade com qualidade.

Manter o check-up em dia ajuda a prevenir, diagnosticar precocemente e tratar condições que podem impactar significativamente a saúde na terceira idade.


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