O câncer de mama é o tipo mais comum dessa doença entre as mulheres em todo o mundo, representando cerca de 24,5% de todos os casos de câncer feminino. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 2,3 milhões de novos casos foram registrados globalmente em 2020, e o câncer de mama foi responsável por cerca de 685 mil mortes no mesmo ano. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para 2023 é de mais de 73 mil novos casos, o que reforça a importância da conscientização sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
A campanha Outubro Rosa surgiu para alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama, especialmente considerando que, quando diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura podem ultrapassar 90%. Durante o mês de outubro, diversas instituições públicas e privadas se mobilizam para promover ações de conscientização, oferecer exames gratuitos e estimular a prática do autoexame.
Entre as principais medidas preventivas, destaca-se o autoexame das mamas, que deve ser realizado mensalmente pelas mulheres a partir dos 20 anos, preferencialmente uma semana após o término da menstruação. Embora o autoexame não substitua os exames de imagem, ele pode ajudar as mulheres a conhecerem seu próprio corpo e a perceberem alterações que devem ser comunicadas ao médico. Para mulheres de 50 a 69 anos, o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia de rastreamento a cada dois anos. Já para aquelas com histórico familiar da doença ou com outros fatores de risco, o acompanhamento deve ser intensificado, e a mamografia pode ser indicada a partir dos 40 anos.
Além do autoexame e da mamografia, existem outros exames complementares que ajudam no diagnóstico precoce, como a ultrassonografia mamária, geralmente utilizada em mulheres mais jovens, que têm mamas mais densas. A ressonância magnética das mamas pode ser recomendada para pacientes com alto risco, como as que apresentam mutações genéticas que aumentam a predisposição ao câncer. É importante ressaltar que somente o médico especialista poderá indicar o exame mais adequado para cada caso, considerando o perfil individual da paciente.
Autoexame das mamas: conhecendo o próprio corpo
O autoexame das mamas é uma medida preventiva fundamental e pode ser realizado em casa por qualquer mulher a partir dos 20 anos. Ele consiste em apalpar as mamas, com o objetivo de identificar alterações como nódulos, espessamentos, secreções ou mudanças na pele. Embora não substitua os exames clínicos e de imagem, o autoexame permite que a mulher se familiarize com o próprio corpo e reconheça sinais que podem indicar a necessidade de avaliação médica.
É recomendado que o autoexame seja feito mensalmente, de preferência uma semana após o término do ciclo menstrual, quando as mamas estão menos sensíveis. Para mulheres que já passaram pela menopausa, é indicado escolher um dia fixo no mês para o autoexame. Ao notar qualquer alteração, a mulher deve procurar um ginecologista para que o médico possa realizar a avaliação clínica e solicitar exames complementares, se necessário.
Mamografia e exames complementares
A mamografia é um dos exames mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama, especialmente indicado para mulheres entre 50 e 69 anos, que devem realizá-lo a cada dois anos. Este exame de imagem permite identificar nódulos pequenos que ainda não podem ser palpados, aumentando significativamente as chances de cura. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou outros fatores de risco devem conversar com seu médico sobre a necessidade de iniciar a mamografia mais cedo, possivelmente a partir dos 40 anos.
Além da mamografia, outros exames complementares podem ser solicitados. A ultrassonografia das mamas é particularmente útil em mulheres mais jovens, que apresentam mamas mais densas, dificultando a visualização de nódulos pela mamografia. Já a ressonância magnética é recomendada para pacientes com alto risco, como aquelas com mutações genéticas (como BRCA1 e BRCA2) que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença. Esses exames auxiliam no diagnóstico precoce e permitem um tratamento mais direcionado e eficaz.
Acompanhamento médico regular: a importância do ginecologista
O acompanhamento médico com o ginecologista é um dos pilares na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de mama. Consultas regulares permitem que o profissional de saúde avalie a saúde das mamas por meio de exames clínicos e discuta o histórico pessoal e familiar da paciente, identificando fatores de risco. Além disso, o ginecologista orienta sobre a periodicidade dos exames de rastreamento e quais deles são mais indicados para cada faixa etária ou condição específica.
Durante as consultas, o ginecologista também reforça a importância de hábitos de vida saudáveis, que podem ajudar na prevenção do câncer de mama. Praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação balanceada, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar são medidas que contribuem significativamente para reduzir o risco da doença. Dessa forma, o acompanhamento médico regular é essencial para que a mulher tenha uma abordagem preventiva completa e um cuidado contínuo com sua saúde.
Obesidade e alcoolismo: aumento de incidência dos casos
Além dos exames de rastreamento e do acompanhamento médico, a adoção de hábitos saudáveis desempenha um papel fundamental na prevenção do câncer de mama. Estudos indicam que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a prática regular de atividades físicas, uma dieta rica em frutas, legumes e verduras, e a manutenção de um peso corporal saudável. O excesso de peso, especialmente após a menopausa, é um fator de risco importante para a doença, pois o tecido adiposo contribui para a produção de estrogênio, que pode estimular o crescimento de células tumorais.
Outro fator preventivo é a moderação no consumo de bebidas alcoólicas, já que o álcool aumenta o risco de desenvolver câncer de mama. O ideal é limitar a ingestão de álcool a, no máximo, uma dose por dia. Além disso, mulheres que amamentam também apresentam menor risco de desenvolver a doença, pois a amamentação ajuda a reduzir os níveis de hormônios que podem estar associados ao câncer. Essas medidas preventivas são simples, mas têm um impacto significativo na redução dos riscos, complementando os cuidados médicos e os exames de rastreamento.
Vale lembrar que o acompanhamento regular com o ginecologista é essencial para a detecção precoce do câncer de mama. O profissional de saúde está apto a identificar possíveis sinais da doença e a orientar sobre os exames necessários. A consulta periódica permite o monitoramento de fatores de risco e a discussão sobre hábitos saudáveis que contribuem para a prevenção do câncer, como a prática de atividade física, uma dieta balanceada e a moderação no consumo de álcool. Dessa forma, o Outubro Rosa vai além da conscientização, sendo uma oportunidade para reforçar a importância do cuidado contínuo com a saúde da mulher.
A CDB Medicina Diagnóstica apoia essa campanha.