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Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): exames e tratamentos necessários

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): exames e tratamentos necessários
Confira as principais informações sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo tipos, formas de transmissão, exames diagnósticos, tratamentos, vacinas e complicações. Proteja sua saúde com o conhecimento necessário para prevenção e cuidados.

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são condições de saúde que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Causadas por vírus, bactérias ou outros microorganismos, elas podem trazer complicações graves quando não tratadas corretamente. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2019, cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil contraíram infecções sexualmente transmissíveis. Em 2021, foram registrados 28.967 casos de HIV/Aids entre pessoas com idade entre 15 e 39 anos, sendo 22.699 entre homens e 6.268 entre mulheres.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de um milhão de ISTs curáveis e não virais ocorrem diariamente no mundo, especialmente entre pessoas de 15 a 49 anos. Este artigo explora os principais aspectos das ISTs, como são transmitidas, diagnósticos, tratamentos disponíveis e estratégias de prevenção, com foco nas vacinas e exames de monitoramento.

O que são as infecções sexualmente transmissíveis?

As infecções sexualmente transmissíveis são doenças transmitidas principalmente por contato sexual, seja vaginal, anal ou oral. No entanto, algumas ISTs também podem ser transmitidas por compartilhamento de agulhas, transfusões de sangue contaminado ou de mãe para filho durante o parto ou amamentação.

Elas podem ser assintomáticas no início, o que dificulta o diagnóstico precoce e aumenta o risco de transmissão.

Quais são as principais ISTs que afetam homens e mulheres?

Tanto homens quanto mulheres podem contrair ISTs, mas os sintomas e complicações podem variar.

Entre as principais ISTs estão:

  • Clamídia: Pode causar infertilidade se não tratada.
  • Gonorreia: Afeta principalmente o trato reprodutivo.
  • Sífilis: Pode levar a complicações graves, como neurossífilis.
  • HIV/AIDS: Enfraquece o sistema imunológico.
  • HPV: Associado a câncer de colo de útero e outras neoplasias.
  • Herpes genital: Causa lesões dolorosas na região genital.
  • Tricomoníase: Geralmente apresenta corrimento e desconforto.
  • Hepatites B e C: Atingem o fígado e podem ser transmitidas sexualmente.

Como são transmitidas as infecções sexualmente transmissíveis?

As ISTs são transmitidas principalmente pelo contato com fluidos corporais infectados, como:

  1. Relações sexuais desprotegidas (sem preservativo).
  2. Contato direto com feridas ou lesões causadas pela infecção.
  3. Transfusão de sangue ou compartilhamento de seringas contaminadas.
  4. Transmissão vertical, de mãe para filho durante o parto ou amamentação.

O uso consistente de preservativos é uma das formas mais eficazes de prevenir a transmissão.

Exames diagnósticos para ISTs

O diagnóstico precoce das infecções sexualmente transmissíveis é essencial para evitar complicações graves. Os exames variam de acordo com a infecção suspeita e incluem:

Confira os exames mais comuns

  1. Exame de sangue: Detecta HIV, sífilis, hepatites e outros patógenos.
  2. Cultura microbiológica: Identifica bactérias causadoras como clamídia e gonorreia.
  3. Teste de Papanicolau: Identifica alterações no colo do útero causadas pelo HPV.
  4. Testes rápidos: Disponíveis para HIV e sífilis em muitas unidades de saúde.
  5. PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Detecta material genético de vírus e bactérias.

Quando realizar os exames?

  • Após relações sexuais desprotegidas.
  • Presença de sintomas como corrimento anormal ou lesões genitais.
  • Rotineiramente, para prevenção e monitoramento.

Tratamentos disponíveis

O tratamento das infecções sexualmente transmissíveis é essencial para controlar a propagação das doenças e evitar complicações graves. Cada tipo de IST requer abordagens específicas, dependendo do agente causador, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas. O diagnóstico correto é decisivo para garantir que o tratamento seja eficaz, e, em muitos casos, é necessário tratar também os parceiros sexuais para evitar reinfecções.

Além disso, é importante reforçar que algumas ISTs, como as de origem bacteriana, possuem cura, enquanto outras, como as virais, podem ser controladas com medicações, mas não têm cura definitiva. Em ambos os casos, seguir as orientações médicas rigorosamente é fundamental para o sucesso do tratamento e para a interrupção da cadeia de transmissão.

Abaixo, destacam-se os principais tratamentos disponíveis de acordo com o tipo de IST:Bacterianas (clamídia, gonorreia, sífilis): Tratadas com antibióticos.

  • Virais (HIV, herpes, HPV): Não possuem cura, mas são controladas com antivirais.
  • Fúngicas e parasitárias (tricomoníase): Combatidas com antifúngicos ou antiparasitários.

É fundamental que os parceiros também sejam tratados para evitar a reinfecção.

Exames de monitoramento e prevenção

Pessoas diagnosticadas com ISTs devem realizar exames regulares para monitorar a evolução da doença e prevenir complicações.

Exames de acompanhamento incluem:

  1. Carga viral: Para pessoas com HIV, avalia a eficácia do tratamento.
  2. Exames sorológicos: Monitoram sífilis e hepatites.
  3. Colposcopia e biópsia: Avaliam lesões causadas pelo HPV. 

Vacinas disponíveis para prevenção de ISTs

A vacinação é uma das estratégias mais eficazes para prevenir várias infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), especialmente aquelas causadas por vírus. Algumas vacinas têm se mostrado fundamentais para a redução da incidência e das complicações associadas a ISTs, além de serem essenciais na saúde pública. As vacinas ajudam a proteger tanto indivíduos quanto comunidades, evitando a disseminação de doenças graves e potencialmente fatais.

1. Vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano)

O HPV é um dos vírus mais comuns transmitidos sexualmente e está fortemente associado ao desenvolvimento de cânceres, como o câncer de colo do útero, câncer de garganta, ânus e pênis. O HPV também pode causar verrugas genitais. Existem mais de 100 tipos de HPV, sendo que os tipos 16 e 18 são os mais comuns na geração de câncer.

A vacina contra o HPV é recomendada para meninos e meninas, geralmente administrada em duas doses, começando por volta dos 9 anos de idade, antes do início da vida sexual, para garantir a maior eficácia. Ela oferece proteção contra os tipos de HPV mais perigosos, reduzindo significativamente o risco de câncer e outras complicações associadas ao vírus.

2. Vacina contra a Hepatite B

A hepatite B é uma infecção viral que afeta o fígado e pode levar a doenças graves, como cirrose hepática e câncer de fígado. A transmissão ocorre principalmente por meio de contato com sangue ou fluidos corporais infectados, incluindo relações sexuais desprotegidas.

A vacina contra a hepatite B é uma das vacinas recomendadas de forma universal, tanto para crianças quanto para adultos. Ela é administrada em três doses e oferece uma proteção duradoura contra o vírus, prevenindo o risco de infecção e suas complicações. A vacinação é parte dos calendários de imunização no Brasil e é essencial para o controle da hepatite B, reduzindo sua prevalência e evitando a transmissão crônica.

Importância das Vacinas no Controle das ISTs

Essas vacinas não apenas protegem indivíduos contra doenças graves, mas também ajudam a reduzir a carga global das infecções sexualmente transmissíveis. Ao diminuir a incidência de doenças como câncer e hepatite B, as vacinas contribuem para uma redução nos custos de tratamentos médicos e em complicações de longo prazo. Além disso, ao proteger a população jovem, essas vacinas ajudam a interromper a transmissão de patógenos e, com o tempo, podem levar à erradicação de algumas doenças virais.

Essas vacinas representam um avanço significativo na prevenção das ISTs, sendo ferramentas indispensáveis para a promoção de saúde pública e para o controle de doenças que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.

Complicações associadas às ISTs

Quando não tratadas, as infecções sexualmente transmissíveis podem levar a sérias complicações, como:

  1. Câncer de colo do útero: Causado pelo HPV.
  2. Infertilidade: Resultante de clamídia ou gonorreia não tratadas.
  3. AIDS: Progressão do HIV sem tratamento.
  4. Gravidez ectópica: Relacionada a infecções pélvicas.
  5. Comprometimento neurológico: Em casos avançados de sífilis.

As infecções sexualmente transmissíveis representam um desafio de saúde global, mas são amplamente preveníveis e tratáveis quando detectadas precocemente. A conscientização sobre os modos de transmissão, exames disponíveis e tratamentos eficazes é essencial para reduzir o impacto dessas condições na população. Vacinas, como as de HPV e hepatite B, são aliadas indispensáveis para prevenção. Consulte regularmente um médico e faça exames preventivos para cuidar da sua saúde sexual.

Se você tem dúvidas ou acredita ter sido exposto(a) a uma IST, procure orientação médica imediatamente. A prevenção é sempre o melhor caminho!

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