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Herpes Zóster: sintomas, cuidados e a importância da prevenção

Herpes Zóster: sintomas, cuidados e a importância da prevenção
Saiba tudo sobre o herpes zóster: sintomas, exames, cuidados essenciais e por que as campanhas de prevenção e vacinação são fundamentais para evitar complicações.

O herpes zóster, conhecido popularmente como “cobreiro“, é uma infecção viral causada pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, geralmente na infância, o vírus permanece dormente nos gânglios nervosos e pode se reativar anos ou até décadas depois, especialmente em pessoas imunossuprimidas ou mais velhas. A doença é caracterizada por sintomas dolorosos e debilitantes, podendo gerar complicações graves, como a neuralgia pós-herpética.

Nos últimos anos, a conscientização sobre o herpes zóster tem ganhado destaque, impulsionada por iniciativas inovadoras. Um exemplo recente é a campanha lançada pela farmacêutica GSK em parceria com a produtora Porta dos Fundos, que une informação científica com humor para alertar a população sobre a gravidade da doença. Sob a consultoria do renomado infectologista Dr. Drauzio Varella, os vídeos retratam uma dinâmica de briefing em que ele explica a origem do nome herpes zóster, os riscos associados à condição e as formas de prevenção. A participação de figuras conhecidas, como João Vicente de Castro e Thati Lopes, visa atrair públicos mais jovens, incentivando-os a cuidar não apenas da própria saúde, mas também a orientar pais e avós sobre os riscos.

A campanha, que está sendo amplamente veiculada na televisão e nas redes sociais, destaca a importância da vacinação e do tratamento precoce como principais medidas de combate à doença. Ao tornar o tema acessível e relevante, a GSK reforça a necessidade de uma abordagem informativa e preventiva, buscando reduzir os impactos do herpes zóster na saúde pública. Os vídeos podem ser assistidos no canal do YouTube e nas redes sociais do Porta dos Fundos, atingindo milhões de pessoas em todo o Brasil.

Sintomas do herpes zóster

Os sintomas do herpes zóster costumam iniciar com dor intensa ou sensação de queimação em uma área específica da pele, correspondente ao nervo afetado. Posteriormente, surgem erupções cutâneas caracterizadas por:

  • Lesões cutâneas: vesículas agrupadas sobre uma área avermelhada da pele, que podem se assemelhar ao trajeto de uma cobra. Essas bolhas contêm líquido que carrega o vírus.
  • Formigamento e coceira: sensações anormais, como formigamento, agulhadas e adormecimento na região afetada, além de coceira nas lesões.
  • Dor: a dor é um sintoma marcante, podendo ser intensa e descrita como queimação ou pontadas.
  • Febre e mal-estar: alguns pacientes podem apresentar febre baixa, entre 37°C e 38°C, acompanhada de mal-estar geral.

As lesões geralmente afetam apenas um lado do corpo, seguindo o trajeto do nervo comprometido, e podem surgir no tórax, costas, pescoço ou rosto.

Cuidados e Tratamento

Ao identificar os primeiros sinais de herpes zóster, é fundamental procurar atendimento médico para iniciar o tratamento adequado e prevenir complicações. As principais abordagens incluem:

  • Antivirais: medicamentos como aciclovir, valaciclovir ou famciclovir são utilizados para combater a replicação viral, sendo mais eficazes quando iniciados nas primeiras 72 horas após o aparecimento das lesões.
  • Analgésicos: para alívio da dor, podem ser prescritos analgésicos comuns ou, em casos mais graves, opioides.
  • Cuidados locais: manter as lesões limpas e secas, evitar coçar e aplicar compressas frias podem auxiliar no alívio dos sintomas.

É importante destacar que o herpes zóster é contagioso para pessoas que nunca tiveram catapora ou não foram vacinadas contra a varicela. Portanto, recomenda-se evitar o contato direto das lesões com indivíduos suscetíveis até que as bolhas formem crostas.

Exames Diagnósticos

O diagnóstico do herpes zóster é majoritariamente clínico, baseado na avaliação dos sintomas e características das lesões cutâneas. Em casos duvidosos ou atípicos, podem ser solicitados exames complementares, como:

  • Teste de Tzanck: análise citológica das células presentes nas lesões vesiculares.
  • PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): detecção do DNA viral em amostras coletadas das lesões.
  • Anti Varicela Zoster Igm: identificação de anticorpos específicos contra o vírus varicela-zóster no sangue.

Dados Epidemiológicos no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2014 e 2024, foram registradas 3.035 internações que evoluíram para óbito por varicela/herpes-zóster, com destaque para a faixa etária acima de 79 anos, que representou 39,2% dos casos. Em 2019, houve o maior número de óbitos, totalizando 407 casos (13,4%), enquanto em 2024 foram registrados 154 óbitos (5,1%).

Além disso, o número de internações por herpes zóster tem aumentado nos últimos anos. Em 2023, foram cerca de 2.600 internações, um aumento de 13,6% em relação a 2022 e de 31,6% comparado a 2021.

Importância das Campanhas de Prevenção e Tratamento

As campanhas de prevenção e tratamento do herpes zóster são fundamentais para reduzir a incidência e as complicações associadas à doença. A vacinação é a medida preventiva mais eficaz, especialmente para pessoas acima de 50 anos e indivíduos imunossuprimidos. No Brasil, as vacinas disponíveis são:

  • Zostavax: vacina de dose única com vírus vivos atenuados, indicada para pessoas a partir de 50 anos.
  • Shingrix: vacina inativada de duas doses, com eficácia de aproximadamente 90%, indicada para pessoas acima de 50 anos ou adultos imunossuprimidos.

A inclusão dessas vacinas no calendário vacinal e a ampliação do acesso são fundamentais para a prevenção. Além disso, campanhas educativas sobre os sintomas, formas de transmissão e importância do tratamento precoce auxiliam na conscientização da população e na redução de complicações, como a neuralgia pós-herpética, que pode causar dor crônica debilitante.

Em suma, o herpes zóster é uma condição que requer atenção devido à sua prevalência e potencial de complicações graves. A adoção de medidas preventivas, diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para minimizar os impactos da doença na saúde pública.

CDB Medicina Diagnóstica

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