Você já sentiu que algo não vai bem no seu intestino, mas demorou para buscar ajuda por vergonha ou falta de informação? As doenças intestinais afetam milhares de pessoas em silêncio, alterando completamente sua rotina, alimentação, bem-estar e até relações pessoais. No mês de Maio Roxo, a proposta é romper esse silêncio e ampliar a conscientização sobre essas condições que merecem atenção especial.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10 milhões de pessoas no mundo vivem com doenças inflamatórias intestinais (DII), sendo a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa as mais conhecidas. No Brasil, estima-se que mais de 100 mil brasileiros convivem com alguma dessas condições, segundo dados da Sociedade Brasileira de Coloproctologia. O diagnóstico geralmente ocorre entre os 15 e 40 anos, com aumento de casos também entre crianças e idosos, exigindo uma abordagem multidisciplinar.
Vários famosos já revelaram que convivem ou conviveram com doenças intestinais, contribuindo para a conscientização e a quebra de tabus sobre o tema. Casos como o de Chadwick Boseman, que faleceu em decorrência de um câncer de intestino, e de nomes como Simony, Preta Gil, Pelé e Roberto Dinamite, mostram a importância do diagnóstico precoce. Já artistas como Evaristo Costa, que convive com a doença de Crohn, e Yasmin Brunet, diagnosticada com síndrome do intestino irritável, demonstram que, apesar do impacto inicial da notícia, é possível levar uma vida com mais qualidade quando o tratamento adequado é iniciado a tempo. O exemplo dessas personalidades reforça que informação, acompanhamento médico e acolhimento fazem toda a diferença para o bem-estar e a autonomia do paciente.
Viver com uma doença intestinal não impacta apenas o corpo. O emocional, o convívio social e a produtividade também são atingidos. A dor, a urgência para evacuar e o medo constante de crises afetam tanto os pacientes quanto seus familiares, exigindo adaptação, acolhimento e informação para lidar melhor com a realidade da condição.
Por que e como se manifesta?
As doenças intestinais podem ser autoimunes, hereditárias ou desencadeadas por fatores ambientais. As mais comuns são as doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Elas causam inflamação crônica no trato digestivo, provocando sintomas como diarreia, dor abdominal, sangue nas fezes, fadiga e perda de peso.
A manifestação pode ocorrer de forma leve ou intensa, com períodos de remissão e crise. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações, como fístulas, obstruções intestinais e a necessidade de cirurgias. Muitos pacientes demoram anos para obter um diagnóstico correto, o que agrava o quadro clínico.
Principais exames diagnósticos e de rotina
O diagnóstico das doenças intestinais exige uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Essa investigação é fundamental para diferenciar os tipos de doença, avaliar a extensão da inflamação e acompanhar a resposta ao tratamento ao longo do tempo.
Veja abaixo os principais exames solicitados pelos especialistas:
- Hemograma completo – Ajuda a identificar sinais de inflamação, anemia ou infecção.
- Exame de sangue oculto nas fezes – Detecta a presença de sangue invisível a olho nu, que pode indicar lesões no intestino.
- Coprocultura – Verifica a presença de parasitas, vírus e bactérias que causam alterações gastrointestinais.
- Calprotectina fecal – Avalia a presença de inflamação no intestino. É um exame não invasivo muito útil para monitorar as DII.
- Endoscopia digestiva alta – Investiga o esôfago, estômago e duodeno, podendo identificar lesões inflamatórias.
- Colonoscopia – Exame essencial para visualizar o intestino grosso, detectar inflamações, sangramentos ou lesões.
- Tomografia computadorizada abdominal – Oferece imagens detalhadas dos órgãos internos, útil para detectar abscessos e fístulas.
Dicas para conviver com a condição
Conviver com uma doença intestinal crônica exige ajustes no estilo de vida e, principalmente, acolhimento emocional. Embora cada paciente reaja de forma diferente, algumas atitudes podem ajudar bastante no dia a dia.
Confira abaixo dicas práticas para lidar com a condição:
- Busque apoio psicológico.
- Mantenha o acompanhamento médico em dia.
- Tenha uma alimentação equilibrada e adaptada.
- Respeite os sinais do corpo.
- Pratique atividade física leve e regular.
- Evite o estresse: ele pode desencadear crises.
- Crie uma rede de apoio com amigos, familiares ou grupos de pacientes.
Falar sobre Doenças Inflamatórias Intestinais – DII é urgente. É preciso romper com o tabu que envolve o tema e ampliar o acesso a diagnósticos precoces, tratamentos adequados e informações de qualidade. A campanha Maio Roxo é um convite à empatia e ao cuidado, não apenas com quem já vive com a condição, mas com toda a sociedade.
A jornada do paciente com DII é cheia de altos e baixos. Mas com diagnóstico precoce, tratamento individualizado e suporte emocional, é possível viver bem, ter qualidade de vida e manter uma rotina mais leve. A informação é um dos principais aliados nesse processo.
Se você apresenta sintomas frequentes como dor abdominal, diarreia constante ou sangue nas fezes, não ignore. Procure um médico, investigue e cuide-se. A sua saúde intestinal merece atenção e carinho todos os dias, não só em maio.
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