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O que é o Setembro Amarelo e como surgiu?

O que é o Setembro Amarelo e como surgiu?
No Brasil, a campanha ganhou força ao escolher o dia 10 de setembro como Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio.

O Setembro Amarelo é uma campanha mundial de conscientização sobre a prevenção do suicídio, criada em 2015 no Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). A data foi inspirada no movimento iniciado nos Estados Unidos em 1994, após a morte do jovem Mike Emme, que tirou a própria vida dirigindo um carro amarelo, cor que se tornou símbolo da campanha.

Entre 2010 e 2019, o Brasil registrou cerca de 112.230 mortes por suicídio, um aumento de aproximadamente 43 % no número anual: de 9.454 em 2010 para 13.523 em 2019. Isso equivale, em média, a três suicídios por hora no país, com destaque para o crescimento de até 113% na faixa etária de menor de 14 anos e uma elevação de 81% entre adolescentes de 15 a 19 anos.

Mais recentemente, a média anual brasileira situa-se entre 12 000 e 14 000 suicídios, o que corresponde a cerca de 38 mortes por dia. Em 2023, por exemplo, o Sistema Único de Saúde registrou 11.502 internações por tentativas de suicídio — uma média de 31 internações por dia — indicando uma tendência de agravamento, com aumento de mais de 25% em relação à 2014

No plano mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, o que significa que uma pessoa tira a própria vida aproximadamente a cada 40 segundos; estima-se ainda que o número real seja maior, considerando subnotificações. Essas estatísticas revelam que o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos globalmente — a quarta mais comum nessa faixa etária

O Setembro Amarelo é uma campanha mundial de conscientização sobre prevenção do suicídio, criada em 2015 no Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). A data foi inspirada no movimento iniciado nos Estados Unidos, em 1994, após a morte de Mike Emme — jovem que cometeu suicídio dirigindo um carro amarelo, símbolo que se tornou marca da campanha. No Brasil, a campanha ganhou força com o reconhecimento do 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e, durante todo o mês, monumentos são iluminados e ações públicas realizadas para sensibilizar a sociedade sobre a importância da valorização da vida.

Qual a dimensão do problema no Brasil?

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra cerca de 14 mil mortes por suicídio por ano, o que significa em média 38 pessoas por dia. Além disso, estima-se que para cada suicídio consumado, pelo menos 20 outras pessoas tentaram tirar a própria vida.
A depressão é considerada a principal causa associada, seguida por transtornos como ansiedade, bipolaridade e uso abusivo de substâncias. Esses números mostram a urgência de falar sobre saúde mental de forma aberta e sem tabus.

E no mundo, quais são os dados?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, sendo a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Em todo o planeta, o número de tentativas é ainda maior e estima-se que uma pessoa atente contra a própria vida a cada 40 segundos.
Esses dados revelam que o suicídio não é apenas um problema de saúde individual, mas uma questão global de saúde pública, exigindo políticas integradas de prevenção e suporte psicológico.

Há diferença entre homens e mulheres?

Estudos mostram que as mulheres têm mais ideação e tentativas de suicídio, mas os homens lideram as taxas de mortes consumadas. Isso se deve principalmente ao uso de métodos mais letais por parte dos homens e à dificuldade cultural em buscar ajuda psicológica.
Essa discrepância reforça a importância de campanhas que incentivem tanto homens quanto mulheres a procurar apoio, quebrando preconceitos ligados à saúde mental.

Como prevenir o suicídio?

A prevenção passa por informação, acolhimento e acesso a tratamento adequado. Conversar sobre sentimentos, observar sinais de isolamento, mudanças de comportamento e oferecer apoio são medidas essenciais.
Além disso, fortalecer vínculos familiares, incentivar a prática de atividades físicas, reduzir o estigma da psicoterapia e promover ambientes de trabalho e estudo mais acolhedores são atitudes preventivas que salvam vidas.

Quais canais de ajuda estão disponíveis?

O CVV (Centro de Valorização da Vida) é um dos principais canais de apoio, oferecendo escuta gratuita e sigilosa pelo telefone 188, disponível 24 horas por dia, além do site cvv.org.br.
Outros serviços importantes são o SUS – Sistema Único de Saúde, os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e os postos de saúde em todo o Brasil, que oferecem atendimento especializado e gratuito para pessoas em crise.

A CDB Medicina Diagnóstica apoia essa ideia.