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Colite ulcerosa: Principais características e exames diagnósticos

Colite ulcerosa: Principais características e exames diagnósticos
Condição inflamatória crônica do intestino grosso, a colite ulcerosa exige diagnóstico precoce e exames adequados para garantir controle dos sintomas e melhor qualidade de vida

A colite ulcerosa é uma condição inflamatória crônica que afeta o intestino grosso e pode comprometer significativamente a qualidade de vida do paciente.

Apesar de não ter cura definitiva, existem formas de controlar os sintomas e retardar a progressão da doença, desde que o diagnóstico seja realizado de forma precoce e precisa.

Nos últimos anos, o número de pessoas diagnosticadas com colite ulcerosa tem aumentado, o que reforça a importância da informação.

Entender o que é essa condição, como ela se manifesta e quais exames auxiliam na sua identificação é essencial para que os indivíduos busquem ajuda médica no momento certo e adotem os cuidados necessários para viver com mais saúde.

O que é a colite ulcerosa

A colite ulcerosa é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta a mucosa do cólon e do reto. Trata-se de uma condição autoimune, na qual o sistema imunológico do corpo passa a atacar equivocadamente o próprio revestimento intestinal, provocando inflamação, formação de úlceras e sangramentos.

Ela faz parte do grupo das doenças inflamatórias intestinais (DII), assim como a doença de Crohn, mas se diferencia por afetar especificamente o intestino grosso de forma contínua, sem pular regiões.

A inflamação, nesses casos, pode variar de leve a grave, comprometendo não apenas a digestão, mas também o bem-estar geral do paciente.

Embora sua causa exata ainda não seja totalmente conhecida, acredita-se que fatores genéticos, imunológicos e ambientais desempenhem papel fundamental no desenvolvimento da colite ulcerosa.

Principais sintomas da colite ulcerosa

Os sintomas da colite ulcerosa podem variar em intensidade e frequência, dependendo da gravidade da inflamação. Muitas vezes, eles surgem em crises, intercaladas por períodos de remissão.

Alterações intestinais

Um dos sinais mais característicos da colite ulcerosa é a presença de alterações intestinais frequentes. O paciente pode apresentar diarreia persistente, que muitas vezes vem acompanhada de sangue e muco, devido às úlceras presentes no intestino. Esses episódios podem ocorrer várias vezes ao dia, causando grande desconforto e impacto na rotina.

Dor e cólica abdominal

A dor abdominal é outro sintoma comum. Ela pode se manifestar em forma de cólicas intensas, principalmente após as refeições ou durante os episódios de evacuação. Essa dor geralmente está associada ao processo inflamatório ativo no cólon.

Urgência para evacuar

Muitos pacientes relatam uma urgência constante para evacuar, mesmo quando o intestino não está cheio. Esse sintoma pode gerar ansiedade e limitar a vida social, já que a pessoa passa a se preocupar constantemente em estar próxima a banheiros.

Sintomas sistêmicos

Além das alterações gastrointestinais, a colite ulcerosa pode provocar sintomas sistêmicos, como fadiga intensa, perda de peso não intencional, febre baixa e anemia. Em casos mais graves, a inflamação crônica pode afetar até mesmo articulações, pele e olhos.

Fatores de risco para o desenvolvimento da colite ulcerosa

Ainda que a causa não seja totalmente compreendida, alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver colite ulcerosa.

Predisposição genética

O histórico familiar é um dos principais fatores de risco. Indivíduos com parentes de primeiro grau diagnosticados com colite ulcerosa ou doença de Crohn apresentam maior chance de desenvolver a condição.

Fatores ambientais

Alguns elementos externos podem contribuir para o surgimento ou agravamento da doença, como dietas ricas em alimentos ultraprocessados, exposição a poluentes e alterações no microbioma intestinal.

Sistema imunológico

Alterações na resposta imunológica também estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento da colite ulcerosa. O organismo passa a reconhecer células intestinais como invasoras, desencadeando uma inflamação contínua.

Exames que ajudam no diagnóstico da colite ulcerosa

O diagnóstico precoce da colite ulcerosa é essencial para reduzir complicações e definir o tratamento mais adequado. Para isso, o médico utiliza uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem.

  • Exames de fezes – Os exames de fezes são geralmente solicitados no início da investigação para descartar infecções bacterianas ou parasitárias que podem causar sintomas semelhantes. Além disso, ajudam a identificar a presença de sangue oculto ou marcadores inflamatórios.
  • Exames de sangue – O hemograma completo pode indicar sinais de anemia, comum em pacientes com colite ulcerosa devido à perda de sangue nas fezes. Outros exames laboratoriais, como a dosagem de proteína C reativa (PCR) e velocidade de hemossedimentação (VHS), apontam a presença de inflamação no organismo.
  • Colonoscopia – A colonoscopia é considerada o exame padrão-ouro no diagnóstico da colite ulcerosa. Por meio dela, o médico consegue visualizar diretamente a mucosa do intestino, identificar áreas inflamadas, úlceras e coletar biópsias para análise histológica. Essa avaliação é fundamental para diferenciar a colite ulcerosa de outras doenças intestinais.
  • Sigmoidoscopia – Em alguns casos, pode ser indicada a sigmoidoscopia, que avalia apenas o reto e a parte final do cólon. Esse exame é menos invasivo, mas ainda eficaz para detectar inflamações características da doença.
  • Exames de imagemRessonância magnética e tomografia computadorizada podem ser solicitadas em situações específicas, especialmente quando há suspeita de complicações, como abscessos ou perfurações. Esses exames complementam a avaliação clínica e ajudam a compreender a extensão da inflamação.

Complicações da colite ulcerosa

A falta de tratamento adequado pode levar a complicações graves. Entre elas, destacam-se o megacólon tóxico, aumento do risco de câncer colorretal, perfuração intestinal e desnutrição. Por isso, o acompanhamento médico contínuo é indispensável.

Tratamentos disponíveis para a colite ulcerosa

Embora não haja cura definitiva, existem opções terapêuticas que visam controlar os sintomas e reduzir a inflamação.

Uso de medicamentos – Os anti-inflamatórios intestinais, como a mesalazina, são frequentemente prescritos para reduzir os surtos inflamatórios. Em casos mais graves, corticoides e imunossupressores podem ser utilizados.

Terapias Biológicas – Os medicamentos biológicos, que atuam diretamente em moléculas específicas do sistema imunológico, representam uma alternativa eficaz para pacientes que não respondem bem aos tratamentos convencionais.

Cirurgia – Em situações extremas, quando os sintomas não são controlados por medicamentos ou há risco de complicações severas, pode ser necessária a remoção cirúrgica parcial ou total do cólon.

Importância do diagnóstico precoce

Reconhecer os sinais iniciais e procurar atendimento médico o quanto antes é fundamental para evitar complicações e preservar a qualidade de vida. Com o diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, é possível alcançar longos períodos de remissão e manter uma rotina ativa e saudável.

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