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Aleitamento Materno: conheça suas fases e principais cuidados

Aleitamento Materno: conheça suas fases e principais cuidados
Neste artigo, vamos explicar as fases do aleitamento materno, os cuidados essenciais em cada uma delas e a importância desse ato para mãe e bebê.

O aleitamento materno é uma das práticas mais importantes para garantir a saúde e o desenvolvimento adequado do bebê nos primeiros meses e anos de vida.

Além de fornecer todos os nutrientes essenciais, o leite materno fortalece o sistema imunológico da criança, protege contra diversas doenças e contribui para o vínculo emocional entre mãe e filho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e a manutenção, junto com outros alimentos, até pelo menos os dois anos.

Entretanto, muitas mães têm dúvidas sobre as fases do aleitamento, as mudanças que acontecem no leite materno ao longo do tempo e os principais cuidados que devem ser tomados para que o processo seja saudável e benéfico.

Entender essas etapas é fundamental para que as famílias estejam bem preparadas e possam oferecer o melhor para a saúde da criança.

Neste artigo, vamos explicar as fases do aleitamento materno, os cuidados essenciais em cada uma delas e a importância desse ato para mãe e bebê.

As fases do aleitamento materno

O leite materno não é estático: sua composição muda de acordo com o tempo, adaptando-se às necessidades nutricionais e imunológicas do bebê.

O leite materno é um alimento completo, composto por macronutrientes como gorduras, proteínas e carboidratos (como a lactose), além de micronutrientes essenciais, como as vitaminas A, D, E, K, do complexo B e minerais como cálcio, fósforo e potássio. Ele também possui água, enzimas, células vivas, anticorpos e outros compostos bioativos que fortalecem o sistema imunológico do bebê e se ajustam às suas necessidades em cada fase do desenvolvimento.

Essas fases garantem que a criança receba sempre o alimento mais adequado para o seu desenvolvimento.

Colostro: O primeiro alimento do bebê

O colostro é o leite produzido nos primeiros dias após o parto, geralmente do nascimento até o quinto dia de vida. Sua coloração é amarelada e sua consistência é mais espessa.

Apesar da pequena quantidade, é altamente concentrado em proteínas, vitaminas, minerais e, principalmente, anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra infecções.

Ele é considerado a “primeira vacina” da criança, pois contém imunoglobulinas que fortalecem o sistema imunológico. O colostro também tem efeito laxante, ajudando na eliminação do mecônio, as primeiras fezes do recém-nascido.

Adaptação às novas necessidades

Do quinto ao décimo quarto dia de vida, o corpo da mãe passa a produzir o chamado leite de transição. Nessa fase, há um aumento significativo na quantidade de leite produzido, acompanhando a demanda crescente do bebê.

O leite de transição tem um teor maior de gorduras e lactose, oferecendo mais energia para o crescimento.

Ao mesmo tempo, mantém anticorpos e nutrientes que continuam a proteger o bebê. Essa é a fase em que muitas mães percebem o aumento e o endurecimento das mamas, fenômeno conhecido como apojadura.

Leite maduro: nutrição completa para o bebê

A partir da segunda ou terceira semana de vida até o desmame, o bebê passa a receber o leite maduro. Ele é composto por aproximadamente 90% de água, garantindo hidratação, e 10% de nutrientes essenciais, como proteínas, gorduras e carboidratos.

O leite maduro se divide em duas partes:

  • Leite anterior (ou inicial): mais aguado, rico em lactose e responsável pela hidratação.
  • Leite posterior (ou final): mais rico em gordura, garantindo saciedade e crescimento adequado.

Essa composição variável durante a mamada assegura que o bebê receba tanto hidratação quanto energia de forma equilibrada.

Cuidados essenciais durante o aleitamento materno

Cada fase do aleitamento exige atenção especial. Os cuidados envolvem desde a posição correta da amamentação até aspectos da saúde física e emocional da mãe.

Pega e posição corretas

Um dos maiores desafios para mães de primeira viagem é garantir que o bebê esteja fazendo a pega correta. A boca do bebê deve cobrir não apenas o mamilo, mas também boa parte da aréola. Isso evita fissuras nos seios, garante sucção eficaz e evita que o bebê engula ar.

Existem diferentes posições recomendadas, como a tradicional, invertida e de cavalinho. A escolha depende do conforto da mãe e das necessidades do bebê. Consultoras de amamentação podem ajudar em caso de dificuldades.

Higiene e cuidados com as mamas

Não é necessário lavar os seios a cada mamada, apenas manter a higiene diária com banho normal. O excesso de limpeza pode remover a oleosidade natural da pele, aumentando o risco de fissuras.

Caso ocorram rachaduras, é recomendado aplicar o próprio leite materno na região, já que ele possui propriedades cicatrizantes. Evitar o uso de sabonetes e cremes não indicados também é importante para não prejudicar a amamentação.

Alimentação da mãe

A alimentação da mãe influencia diretamente na qualidade do leite. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, proteínas magras e cereais integrais, é essencial. Além disso, a ingestão adequada de líquidos garante a produção suficiente de leite.

É indicado evitar álcool, cigarro e excesso de cafeína, já que essas substâncias podem passar para o bebê por meio do leite materno.

Saúde emocional e apoio familiar

Amamentar não é apenas um processo físico, mas também emocional. Muitas mães podem se sentir inseguras, ansiosas ou sobrecarregadas nesse período. Olhar pela saúde da mulher, atendendo suas necessidades emocionais e físicas, observando seu estado mental nesse período é fundamental.

O apoio da família e a busca por grupos de incentivo ao aleitamento podem fazer toda a diferença.

Problemas como depressão pós-parto também podem interferir na amamentação. Por isso, é fundamental que a mãe receba acompanhamento médico e psicológico quando necessário.

Benefícios do aleitamento materno

O aleitamento materno traz vantagens para o bebê e também para a mãe. Diversos estudos científicos comprovam seus impactos positivos na saúde a curto e longo prazo.

Para o bebê

Para a mãe

  • Diminuição do risco de câncer de mama e ovário;
  • Redução da hemorragia pós-parto, já que a sucção estimula a contração uterina;
  • Auxílio na perda de peso adquirida durante a gestação;
  • Fortalecimento do vínculo emocional com o bebê.

Quando procurar ajuda profissional

Embora o aleitamento materno seja um processo natural, nem sempre ele acontece sem dificuldades. Dores intensas, fissuras frequentes, ingurgitamento mamário, produção insuficiente de leite e dificuldades do bebê na sucção são sinais de que a mãe pode precisar de ajuda profissional.

Pediatras, ginecologistas e consultoras de amamentação estão preparados para orientar e oferecer soluções seguras. Quanto antes o problema for identificado, maiores são as chances de sucesso na amamentação.

O aleitamento materno é um dos pilares para a saúde infantil e representa um gesto de amor e cuidado que traz benefícios duradouros para mãe e bebê.

Suas fases — colostro, leite de transição e leite maduro — refletem a capacidade do organismo de se adaptar às necessidades da criança em cada etapa do desenvolvimento.

Adotar os cuidados essenciais, manter uma boa alimentação, cuidar da saúde emocional e buscar apoio quando necessário são atitudes fundamentais para que a experiência da amamentação seja positiva.

Mais do que um ato biológico, amamentar é também uma experiência de conexão e proteção. Entender suas fases e principais cuidados é o primeiro passo para garantir que mãe e bebê aproveitem ao máximo essa fase tão especial da vida.

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