A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e representa um grande problema de saúde pública em diversas regiões tropicais e subtropicais do mundo. Caracterizada por febre alta, dores musculares intensas e manchas vermelhas na pele, a doença pode evoluir para formas mais graves, tornando essencial um diagnóstico rápido e preciso.
O reconhecimento precoce dos sintomas e a confirmação por exames laboratoriais são fundamentais para garantir o tratamento adequado e evitar complicações.
Neste artigo, exploraremos as principais causas da dengue, seus impactos na saúde, os exames laboratoriais necessários para identificação do vírus e as abordagens de tratamento disponíveis.
A dengue em números
Nos últimos cinco anos, o Brasil enfrentou um aumento significativo nos casos de dengue e suas variantes. Em 2023, foram registrados 1.601.848 casos, representando um aumento de 15,8% em relação a 2022, que teve 1.382.665 casos. O número de óbitos também cresceu 5,4% no mesmo período, passando de 999 em 2022 para 1.053 em 2023. Apesar desse aumento, a taxa de letalidade reduziu de 0,072% em 2022 para 0,065% em 2023.
Entre 2019 e 2022, o país registrou 45.283 casos graves de dengue, com 21.016 ocorrências em 2019 e 9.318 em 2020. Nesse período, ocorreram 2.042 óbitos, sendo 840 em 2019, 574 em 2020, 244 em 2021 e 382 até a 20ª semana epidemiológica de 2022. A maior taxa de letalidade foi observada em 2020, atingindo 0,06%.
Em 2024, a dengue atingiu números recordes nas Américas, com mais de 12,6 milhões de casos, dos quais 10 milhões ocorreram no Brasil, representando quase 80% das mortes relacionadas à doença no continente.
Recentemente, o sorotipo 3 da dengue voltou a circular no Brasil após 17 anos, sendo identificado em estados como São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Em dezembro de 2024, 40,8% dos casos foram atribuídos a esse sorotipo, o que representa um desafio adicional para o controle da doença.
Esses dados evidenciam a necessidade de intensificar medidas preventivas e de controle, além de investimentos em pesquisas para vacinas e tratamentos mais eficazes contra a dengue e suas variantes no Brasil.
Quais as causas da dengue
A dengue é causada pelo vírus da dengue (DENV), pertencente ao gênero Flavivirus, que possui quatro sorotipos distintos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A infecção ocorre através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em águas paradas e proliferam em áreas urbanas.
A disseminação do vírus é favorecida por condições climáticas quentes e úmidas, falta de saneamento básico e baixa conscientização sobre medidas preventivas. A exposição a mais de um sorotipo do vírus aumenta o risco de formas graves da doença, como a dengue hemorrágica.
Consequências da dengue
A dengue pode apresentar quadros leves ou evoluir para formas graves. Nos casos leves, os sintomas incluem:
- febre alta,
- dor de cabeça,
- dor atrás dos olhos,
- dores musculares e articulares,
- manchas vermelhas na pele.
Estes sintomas geralmente desaparecem em uma semana, com repouso e hidratação adequados.
No entanto, a doença pode evoluir para a forma grave, caracterizada por:
- sangramentos (a dengue hemorrágica),
- queda abrupta da pressão arterial
- choque circulatório, podendo levar à morte.
Complicações como falência de órgãos, insuficiência hepática e distúrbios neurológicos também podem ocorrer, exigindo internação e monitoramento intensivo.
Principais exames diagnósticos
O diagnóstico laboratorial da dengue pode ser feito através de testes específicos para identificar o vírus ou os anticorpos produzidos pelo organismo. O teste NS1, realizado nos primeiros dias de sintomas, detecta a presença do antígeno viral no sangue e é útil para confirmação precoce da infecção.
Após o quinto dia de doença, exames sorológicos como a pesquisa de anticorpos IgM e IgG são indicados para verificar a resposta imunológica. Além disso, o hemograma é fundamental para monitorar a evolução do quadro, identificando alterações nas plaquetas e leucócitos, indicativos de agravamento da doença.
Tratamentos para dengue
Atualmente, não há um tratamento específico para a dengue, sendo a abordagem baseada no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. A hidratação é imprescindível para evitar desidratação e manter a estabilidade do organismo. O uso de analgésicos e antitérmicos é indicado para aliviar a febre e as dores.
Em casos graves, a hospitalização pode ser necessária para administração de fluidos intravenosos e suporte médico. A prevenção continua sendo a melhor estratégia, com medidas como eliminação de criadouros do mosquito, uso de repelentes e conscientização da população sobre os riscos da doença.
O que você precisa saber sobre a vacina da dengue?
A vacina QDenga foi desenvolvida para prevenir a Dengue, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Formulada para proteger contra os quatro sorotipos do vírus da Dengue, ela oferece uma imunidade abrangente, tornando-se uma importante ferramenta na luta contra a doença.
A QDenga passou por rigorosos testes clínicos para avaliar sua segurança e eficácia, com resultados promissores na prevenção da Dengue em diferentes grupos populacionais. Ao oferecer uma alternativa de imunização, essa vacina fortalece os esforços de saúde pública para combater essa doença endêmica.
É importante destacar que, embora a vacina seja fundamental na prevenção da Dengue, ela não substitui outras medidas vitais, como o controle do mosquito transmissor. A combinação de estratégias é indispensável para reduzir a incidência da doença e minimizar seu impacto na saúde pública.
CDB Medicina Diagnóstica
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