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Dengue: fatores de risco, causas, diagnóstico, tratamento e prevenção

Dengue: Fatores de Risco, Causas, Diagnóstico, Tratamento e Prevenção
A dengue é uma doença viral que representa um desafio significativo de saúde pública em várias regiões tropicais e subtropicais do mundo.

A dengue, uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, continua a ser uma preocupação de saúde pública em várias partes do mundo. Com sintomas que variam desde febre alta e dores musculares até complicações potencialmente fatais, como a dengue hemorrágica, compreender essa enfermidade é de suma importância  para lidar com sua propagação.

A dengue foi primeiramente documentada no século XIX e, desde então, tornou-se uma preocupação global. Acredita-se que a doença tenha surgido na África e tenha se espalhado para diferentes partes do mundo ao longo dos anos, em grande parte devido ao comércio internacional e à urbanização.

Qual o percentual de mortes por dengue no Brasil e nas Américas?

No ano de 2022, o Brasil enfrentou um recorde alarmante de mortes relacionadas à dengue. Nos primeiros seis meses de 2023, as Américas testemunharam cerca de 3 milhões de casos de dengue, uma estatística que inspira preocupação generalizada.

Surpreendentemente, o Brasil lidera esses números sombrios, sendo responsável por impressionantes 79% dos registros na região. No primeiro semestre deste ano, o país já se encontrava no topo da lista, tanto em termos de casos quanto de mortes e casos graves.

Durante esse período, os números chegaram a quase 3 milhões de casos, superando até mesmo o total de casos relatados ao longo de todo o ano de 2022, quando o continente enfrentou 2,8 milhões de casos.

Neste artigo, vamos explorar os fatores de risco, causas, diagnóstico, tratamento e prevenção da dengue, abordando também questões específicas, como sua relação com grupos vulneráveis e a importância da QDenga na redução da incidência da doença.

Fatores de risco

Os fatores de risco para contrair a dengue estão intrinsecamente ligados à presença do mosquito vetor, o Aedes aegypti. Locais como recipientes, pneus e vasos podem se tornar criadouros ideais para esses mosquitos.

A falta de saneamento básico contribui significativamente para o aumento do risco de infecção, uma vez que ambientes sem saneamento adequado favorecem o acúmulo de água parada.

Por outro lado, comunidades com dificuldades de acesso à assistência médica e informação sobre prevenção enfrentam um risco ainda maior.  A conscientização sobre a eliminação de criadouros, a higiene ambiental e o uso de repelentes são medidas fundamentais para reduzir esses riscos.

Doenças associadas à dengue

A dengue não se limita apenas aos sintomas iniciais de febre, dores musculares e articulares. A infecção pode progredir para formas mais graves, incluindo a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue.

Nessas condições, ocorre um aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos, resultando em sangramento excessivo e pressão arterial perigosamente baixa. Os órgãos vitais podem entrar em colapso, levando ao óbito.

A detecção precoce dos sinais de agravamento é fundamental para a intervenção médica oportuna. O tratamento se concentra em medidas de suporte, como reposição de líquidos e controle rigoroso dos sintomas, visando evitar as complicações mais graves.

A Dengue em Mulheres Grávidas

A dengue em mulheres grávidas traz preocupações adicionais devido às implicações para a saúde materna e fetal. A infecção durante a gravidez pode levar a complicações obstétricas, como pré-eclâmpsia, parto prematuro e restrição de crescimento fetal.

Com isso, a vigilância médica constante é de suma importância para monitorar a saúde da mãe e do feto. Em casos graves, intervenções médicas, como transfusões de plaquetas, podem ser necessárias para garantir a sobrevivência da mãe e do bebê.

A prevenção através do controle do mosquito vetor é ainda mais crucial para proteger as mulheres grávidas, uma vez que a infecção pode ter impactos de longo prazo na saúde do bebê.

Agravamento da Dengue em Pessoas Hemofílicas

Indivíduos hemofílicos enfrentam um desafio adicional quando infectados pela dengue. A doença pode agravar os distúrbios de coagulação característicos da hemofilia, levando a sangramentos graves e complicações potencialmente fatais.

O manejo desses pacientes requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo hematologistas, infectologistas e outros especialistas. A terapia de reposição de fatores de coagulação deve ser cuidadosamente monitorada e ajustada para garantir que a dengue não exacerbe ainda mais as complicações hemorrágicas.

Fatalidade da Dengue para Crianças

Crianças estão entre os grupos mais vulneráveis à dengue, com maior probabilidade de desenvolver complicações graves. O rápido desenvolvimento da doença em crianças pode levar a um agravamento repentino dos sintomas. A síndrome do choque da dengue é particularmente preocupante nesse grupo, pois pode levar ao óbito em questão de horas. O tratamento precoce é essencial para evitar complicações graves. A hidratação adequada e o monitoramento frequente são cruciais para controlar a evolução da doença em crianças.

Reação dos Idosos à Dengue

Idosos, devido a sistemas imunológicos enfraquecidos e maior incidência de doenças crônicas, podem apresentar uma reação variável à infecção por dengue. Em alguns casos, a resposta imunológica deficiente pode levar a uma progressão mais rápida para formas graves da doença.

É de extrema importância que os idosos recebam atenção médica especializada ao apresentar sintomas suspeitos de dengue. A prevenção, por meio do controle do mosquito vetor e da conscientização sobre os sintomas, é vital para proteger essa faixa etária mais vulnerável.

Medicamentos não-adequados ao tratamento da dengue

Não existe tratamento antiviral específico para a dengue. O uso inadequado de medicamentos, como aspirina e anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs), pode agravar os riscos associados à doença.

Esses medicamentos podem afetar a coagulação sanguínea e aumentar o risco de sangramento, o que é especialmente preocupante em casos de dengue grave. Os pacientes devem evitar esses medicamentos e optar por medidas de alívio dos sintomas, como analgésicos e repouso.

Higiene, Tratamento e Vacina

A prevenção da dengue envolve uma abordagem multifacetada. A eliminação de criadouros de mosquitos por meio da remoção de água parada é uma medida fundamental.

Manter a higiene ambiental, como a limpeza de recipientes e a vedação de caixas d’água, também é essencial.

O tratamento da dengue é principalmente sintomático, com repouso e hidratação adequada.

No entanto, a vacinação contra a dengue oferece uma estratégia promissora para reduzir a incidência da doença.

A vacina tem como alvo os diferentes sorotipos do vírus e pode proporcionar imunidade parcial, diminuindo a gravidade da doença em caso de infecção subsequente.

Estratégias de erradicação da dengue

Uma estratégia que vem dando resultados eficazes é a esterilização dos mosquitos por meio de modificação genética: mosquitos machos modificados são liberados para acasalar com fêmeas selvagens, transmitindo genes que reduzem a viabilidade dos ovos e, consequentemente, diminuem a população de mosquitos.

Essa abordagem pode reduzir significativamente a transmissão da dengue, diminuindo a carga da doença nas comunidades afetadas. Embora seja uma solução promissora, é importante avaliar cuidadosamente os aspectos ambientais, éticos e de segurança relacionados à liberação de mosquitos geneticamente modificados.

Vacina da dengue QDenga

A QDenga surge como uma inovação promissora na luta contra a dengue. Por meio da modificação genética do mosquito Aedes aegypti, a população desse vetor pode ser controlada. 

A vacina da dengue Qdenga surge como uma solução eficaz no combate à dengue. Fabricada pela Takeda Pharma Ltda., a Qdenga é uma vacina tetravalente que protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Ela é feita a partir de vírus vivo atenuado, estimulando o sistema imunológico a criar uma resposta semelhante à infecção natural, porém sem causar a doença.

Como tomar a vacina Qdenga?

A administração da Qdenga consiste em duas doses, com um intervalo de 3 meses, garantindo imunidade segura e controlada. Seus efeitos colaterais mais comuns incluem sensibilidade no local da injeção, fadiga, febre e dor de cabeça. A vacina destaca-se por ser aprovada para uso independente da exposição anterior à doença, não requerendo teste pré-vacinação.

A Qdenga é indicada para indivíduos de 4 a 60 anos e possui eficácia geral de 80,2% após o esquema de duas doses, aumentando para 90,4% na prevenção de formas graves que necessitam de hospitalização. Seus índices foram comprovados por uma série de estudos clínicos com mais de 28 mil pessoas, mantendo-se eficaz após 4,5 anos do esquema vacinal.

Conforme vimos no post, a dengue continua sendo uma ameaça constante à saúde pública.

Hoje, a dengue é endêmica em muitas regiões tropicais e subtropicais, como o Brasil e as Américas, onde as condições climáticas e a presença do mosquito vetor favorecem sua disseminação.

Portanto, a dengue continua sendo uma ameaça global, afetando pessoas de todas as idades. A compreensão dos fatores de risco, causas, diagnóstico, tratamento e prevenção é fundamental para combater eficazmente essa doença.

A conscientização pública, juntamente com abordagens inovadoras como a QDenga, pode desempenhar um papel fundamental na redução da incidência da dengue e no controle do mosquito vetor.

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