A disfunção erétil é um tema que, apesar de afetar milhares de homens, ainda é cercado de tabus, estigmas e preconceitos. Muitos evitam falar sobre o assunto por vergonha, medo de parecerem frágeis ou por não saberem a quem recorrer. Entretanto, a dificuldade em manter ou alcançar uma ereção é um problema médico, que pode e deve ser tratado com seriedade.
Segundo o Ministério da Saúde, a disfunção erétil atinge cerca de 25 milhões de homens no Brasil, e a tendência é de crescimento, inclusive entre os mais jovens. O aumento do estresse, o uso de substâncias como álcool e cigarro, a obesidade e a saúde emocional em declínio têm contribuído para esse cenário. Com o avanço da informação e da medicina, é possível identificar causas, tratar o problema e devolver ao homem sua qualidade de vida — física, emocional e sexual.
O que é disfunção erétil
A disfunção erétil é definida como a incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção firme o suficiente para uma relação sexual satisfatória. Diferente de episódios isolados de falha, que podem ocorrer por ansiedade ou cansaço, a disfunção é considerada clínica quando o problema persiste por mais de três meses.
Ela pode surgir de forma gradual ou súbita, afetando a vida sexual, a autoestima e os relacionamentos do paciente. Em muitos casos, é também um sinal de alerta para outras doenças, como hipertensão, diabetes ou distúrbios hormonais.
Por que a disfunção erétil tem afetado homens jovens?
Nos últimos anos, urologistas têm observado um aumento significativo nos casos de disfunção erétil em homens entre 20 e 40 anos. Diferente dos casos em homens mais velhos, que costumam ter causas orgânicas, nos mais jovens os fatores predominantes são:
- Ansiedade de desempenho;
- Uso excessivo de pornografia;
- Depressão e estresse crônico;
- Sedentarismo e má alimentação;
- Consumo de álcool, cigarro e drogas recreativas.
Esse novo perfil exige abordagem multidisciplinar, com atenção ao emocional e ao estilo de vida do paciente.
Sintomas mais comuns
Além da dificuldade de manter uma ereção durante a relação sexual, outros sinais importantes incluem:
- Redução do desejo sexual;
- Ereções mais fracas ou com duração curta;
- Ausência de ereções matinais;
- Ansiedade ou medo relacionados ao desempenho sexual;
- Sensação de frustração após o ato sexual.
É essencial que esses sintomas não sejam ignorados. Quanto mais cedo forem avaliados, maiores as chances de reversão do quadro.
O que contribui para a disfunção erétil
Diversos fatores podem interferir na função erétil, que depende da integração entre sistema nervoso, vascular e hormonal. Entre as causas mais comuns, destacam-se:
- Causas orgânicas:
- Doenças cardiovasculares;
- Diabetes tipo 2;
- Hipertensão arterial;
- Obesidade;
- Baixos níveis de testosterona.
- Causas psicológicas:
- Estresse;
- Depressão;
- Traumas emocionais;
- Ansiedade de desempenho.
- Hábitos prejudiciais:
- Tabagismo;
- Consumo frequente de álcool;
- Uso de anabolizantes;
- Vida sedentária.
Muitas vezes, a disfunção tem origem multifatorial, sendo necessária uma avaliação ampla e individualizada.
Principais exames para investigar a disfunção erétil
O diagnóstico da disfunção erétil não depende apenas do relato clínico, mas também de exames que ajudam a identificar a causa do problema. Os principais são:
- Dosagem de testosterona: avalia os níveis hormonais masculinos, especialmente em casos de baixa libido.
- Glicemia e hemoglobina glicada: identificam presença de diabetes, uma das principais causas da disfunção.
- Colesterol e triglicerídeos: medem a saúde vascular, essencial para uma ereção saudável.
- Ecografia peniana com doppler: exame que avalia a circulação sanguínea no pênis.
- Exames cardíacos (ECG ou teste ergométrico): podem ser solicitados quando há suspeita de doenças cardiovasculares associadas.
Esses exames, combinados com a anamnese detalhada, ajudam o médico a personalizar o tratamento de forma segura e eficaz.
A importância do apoio psicológico
A saúde sexual está profundamente conectada ao bem-estar emocional. Problemas como ansiedade, insegurança, traumas ou relacionamentos conturbados podem interferir diretamente no desempenho sexual.
Por isso, o acompanhamento com um psicólogo ou terapeuta sexual é altamente recomendado, especialmente em casos onde o fator emocional está envolvido. A terapia pode ajudar o paciente a:
- Reestabelecer a autoconfiança;
- Lidar com traumas passados;
- Reduzir a pressão do desempenho;
- Melhorar a comunicação com o parceiro(a).
Urologista: o que é e por que todo homem deve consultar
O urologista é o médico especialista em saúde do trato urinário e do sistema reprodutor masculino. Ele é o profissional mais indicado para investigar e tratar a disfunção erétil, além de prevenir e diagnosticar doenças como:
- Câncer de próstata;
- Câncer de pênis e testículo;
- Infecções urinárias;
- Infertilidade masculina.
Quando procurar um urologista?
- A partir dos 40 anos, como forma preventiva;
- Ao menor sinal de desconforto, dor ou alteração na função sexual ou urinária;
- Em casos de histórico familiar de câncer de próstata.
Consultas regulares com o urologista são um ato de autocuidado. Assim como as mulheres têm a ginecologia como aliada da saúde feminina, os homens devem quebrar o preconceito e normalizar a ida ao urologista como parte de sua rotina de prevenção.
A disfunção erétil é mais comum do que se imagina — e não precisa ser motivo de vergonha. O silêncio, muitas vezes, agrava o problema e afasta o paciente das soluções que já estão ao alcance da medicina moderna.
Com informação, exames corretos, apoio emocional e orientação especializada, é possível tratar a disfunção erétil e recuperar a qualidade de vida, o prazer e a autoestima.
Não espere o problema se agravar. Fale com um urologista e dê o primeiro passo em direção à sua saúde completa.
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