Com a chegada do verão, o aumento das chuvas e das altas temperaturas cria condições ideais para a proliferação do mosquito aedes aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika. Essas enfermidades representam graves ameaças à saúde pública no Brasil, exigindo ações coordenadas para prevenção e tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas em 2023, o país registrou mais de 2 milhões de casos de dengue, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Além disso, os casos de chikungunya e zika também apresentaram crescimento, reforçando a importância da conscientização e adoção de medidas preventivas.
Embora a maioria das pessoas infectadas apresente sintomas leves, essas doenças podem evoluir para quadros graves e até mesmo fatais, especialmente em populações vulneráveis como idosos, crianças e gestantes.
Estima-se que a dengue seja responsável por mais de mil óbitos anualmente no Brasil, com o sorotipo DENV-2 sendo o mais associado às formas graves da doença. A chikungunya, por sua vez, pode causar dores articulares crônicas, enquanto a zika está relacionada à microcefalia em recém-nascidos cujas mães foram infectadas durante a gestação.
Estudos recentes mostram que, mais do que os impactos diretos na saúde, essas doenças sobrecarregam o sistema de saúde, gerando altos custos hospitalares e afetando a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Por isso, é essencial entender as formas de contágio, os agentes causadores, as medidas de proteção, bem como as opções de diagnóstico e tratamento disponíveis.
Formas de contágio e agentes causadores
As três doenças são causadas por vírus transmitidos pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. O vírus da dengue possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), enquanto o chikungunya é causado pelo vírus CHIKV e a zika pelo vírus ZIKV. Além da transmissão pelo mosquito, a zika pode ser transmitida por via sexual, transfusões de sangue contaminado e de mãe para filho durante a gestação.
É importante ressaltar que o ciclo de transmissão está diretamente relacionado à presença de água parada, onde as larvas do mosquito se desenvolvem. Dessa forma, ambientes urbanos com saneamento precário e falta de conscientização são especialmente propensos a surtos dessas doenças.
Medidas de proteção e prevenção
A prevenção contra o Aedes aegypti é a principal forma de combate à dengue, chikungunya e zika. Entre as medidas mais eficazes estão:
- Eliminar focos do mosquito: Evitar água parada em recipientes como pneus, garrafas e caixas d’água.
- Usar repelentes: Aplicar produtos específicos nas áreas expostas do corpo.
- Instalar telas de proteção: Utilizar mosquiteiros e telas em portas e janelas.
- Campanhas de conscientização: Participar de ações comunitárias para educar a população sobre a importância da prevenção.
Exames laboratoriais e diagnóstico
O diagnóstico dessas doenças é realizado por meio de exames laboratoriais, como sorologia para detecção de anticorpos específicos (IgM e IgG), teste molecular (RT-PCR) para identificar o vírus e exames complementares para avaliar a gravidade da infecção, como hemograma e função hepática. Identificar a doença precocemente é essencial para o manejo adequado e prevenção de complicações.
Acompanhamento médico e cuidados paliativos
O acompanhamento médico é fundamental para monitorar a evolução da doença e prevenir complicações. Nem sempre ficar internado é aconselhável para a melhoria do quadro e a orientação é que seja administrado cuidados paliativos para amenizar os sintomas.
Em casos graves de dengue, por exemplo, pode ser necessária internação para hidratação intravenosa e suporte clínico.
Para chikungunya, os cuidados envolvem alívio da dor articular com analgésicos e anti-inflamatórios.
No caso da zika, o foco é o monitoramento de gestantes e o acompanhamento de bebês com microcefalia.
Vacinas disponíveis
Atualmente, existem duas vacinas aprovadas contra a dengue: a Dengvaxia e a QDENGA. A Dengvaxia é indicada para pessoas que já tiveram contato prévio com o vírus, sendo contraindicada para soronegativos. Já a vacina QDENGA, aprovada recentemente pela Anvisa, é recomendada para indivíduos com idade entre 4 e 60 anos, independentemente de exposição prévia ao vírus. Esta nova opção amplia significativamente a proteção contra os sorotipos da dengue, oferecendo uma estratégia mais abrangente para combater a doença. Entretanto, não há vacinas para chikungunya e zika, o que torna ainda mais importante a adoção de medidas preventivas e o controle do mosquito transmissor.
As doenças de verão representam um desafio significativo para a saúde pública no Brasil. A combinação de prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento médico é essencial para reduzir o impacto dessas enfermidades. De outra forma, o investimento em pesquisas para o desenvolvimento de novas vacinas e estratégias de controle deve ser uma prioridade. Com o engajamento da população e das autoridades, é possível minimizar os riscos e garantir um verão mais seguro para todos.
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