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Fevereiro Roxo: saiba como diagnosticar doenças como lúpus, Alzheimer e fibromialgia

Fevereiro Roxo: saiba como diagnosticar doenças como lúpus, Alzheimer e fibromialgia
Se não houver cura, que ao menos haja conforto – O legado da campanha criada para conscientizar sobre estas doenças incuráveis.

O mês de fevereiro é marcado pela campanha Fevereiro Roxo, que visa conscientizar a população sobre doenças como lúpus, Alzheimer e fibromialgia. Surgiu em 2014, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, de forma a conscientizar a população sobre os principais sintomas, diagnósticos e tratamentos dessas enfermidades

Estas condições, apesar de terem características distintas, compartilham a importância do diagnóstico precoce para um tratamento mais eficaz. A conscientização sobre sintomas iniciais e sinais das doenças pode salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com elas.

Lúpus, Alzheimer e fibromialgia afetam milhões de pessoas, muitas vezes sem serem diagnosticadas adequadamente devido à semelhança de seus sintomas com outras condições. O diagnóstico precoce dessas doenças é essencial para reduzir danos a longo prazo e possibilitar tratamentos que ajudem a controlar a progressão dos quadros clínicos. Ao longo deste artigo, vamos abordar as causas, consequências, exames e tratamentos para essas condições.

Causas e consequências

Lúpus – O lúpus é uma doença autoimune, onde o sistema imunológico ataca células saudáveis do corpo. Suas causas exatas são desconhecidas, mas fatores genéticos e ambientais, como exposição ao sol e infecções virais, podem desencadear o aparecimento da doença. As consequências incluem danos aos órgãos vitais, como rins e coração, e sintomas como fadiga, dor nas articulações e erupções cutâneas.

Alzheimer – O Mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, é caracterizado pela perda progressiva de memória e funções cognitivas. Acredita-se que fatores genéticos, idade avançada e estilo de vida influenciem seu surgimento. Suas consequências são devastadoras, afetando a capacidade de realização de atividades cotidianas, e levando à dependência de cuidados intensivos.

Fibromialgia – A fibromialgia por sua vez, é uma condição de dor crônica generalizada, cujas causas exatas também são desconhecidas. Está frequentemente associada a estresse emocional e a outros fatores como traumas físicos. Suas consequências incluem dores musculares intensas, distúrbios do sono e fadiga, o que afeta diretamente a qualidade de vida do paciente.

Exames e diagnóstico precoce

O resultado precoce é fundamental para garantir tratamentos mais eficazes. Para o lúpus, exames laboratoriais como o teste de anticorpos antinucleares (ANA) ajudam na identificação da doença.

Já no caso do Alzheimer, a avaliação neuropsicológica, exames de imagem como a ressonância magnética e testes genéticos podem ser usados para confirmar a suspeita.

A fibromialgia é diagnosticada principalmente por exclusão, após a investigação de outras condições. O teste de tender points, que identifica pontos dolorosos no corpo, é um dos principais exames para essa condição. Reconhecer os sinais precoces dessas doenças é essencial para uma intervenção mais rápida e eficaz.

Tratamentos, exames e cuidados inerentes a cada doença

O tratamento para essas condições envolve uma abordagem multidisciplinar, visando não apenas o controle dos sintomas, mas também a melhoria da qualidade de vida. O diagnóstico precoce é essencial para garantir que os pacientes recebam o suporte adequado, minimizando complicações e promovendo maior bem-estar.

Lúpus

O lúpus é uma doença autoimune crônica que pode afetar múltiplos órgãos, incluindo pele, articulações, rins e coração. Os sintomas variam de leves a graves e podem incluir fadiga extrema, dor nas articulações, lesões na pele e inflamações internas.

Como não há cura, o tratamento foca no controle da inflamação e na redução dos surtos da doença. Medicamentos imunossupressores, anti-inflamatórios e corticoides são amplamente utilizados, além da necessidade de acompanhamento médico contínuo. Medidas como proteção solar e hábitos saudáveis, incluindo alimentação balanceada e atividade física moderada, ajudam a minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Principais exames para diagnóstico:

Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento. O comprometimento cognitivo começa de forma sutil e piora ao longo do tempo, interferindo na capacidade de realizar atividades cotidianas.

O tratamento visa retardar a progressão dos sintomas e proporcionar maior independência ao paciente. Medicamentos como inibidores da colinesterase (donepezila, rivastigmina) ajudam na manutenção das funções cognitivas. Além disso, terapias ocupacionais e cognitivas, estímulo à socialização e suporte familiar são essenciais para melhorar a qualidade de vida.

Principais exames para diagnóstico:

  • Teste neuropsicológico – avalia memória, linguagem e funções cognitivas;
  • Ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) – detectam alterações cerebrais estruturais;
  • PET scan (Tomografia por Emissão de Pósitrons) – identifica depósitos de proteínas anormais no cérebro;
  • Exame do líquido cefalorraquidiano (punção lombar) – avalia biomarcadores relacionados ao Alzheimer;
  • Testes genéticos – indicam predisposição genética para a doença em casos familiares.

Fibromialgia

A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor crônica generalizada, fadiga persistente e distúrbios do sono. Embora não seja inflamatória nem degenerativa, sua manifestação pode ser debilitante, comprometendo a rotina e a qualidade de vida do paciente.

O tratamento envolve o uso de medicamentos analgésicos, antidepressivos e relaxantes musculares, além de terapias complementares, como fisioterapia, acupuntura e técnicas de relaxamento. A prática regular de atividades físicas de baixo impacto, como alongamento e hidroginástica, é recomendada para aliviar as dores musculares.

Principais exames para diagnóstico:

  • Teste de tender points (pontos sensíveis) – avalia a presença de dor em pelo menos 11 dos 18 pontos sensíveis no corpo;
  • Exames laboratoriais (exclusão de outras doenças) – como hemograma, PCR (proteína C reativa) e exames de função tireoidiana para descartar outras condições;
  • Estudos do sono – podem ser indicados para avaliar a qualidade do descanso e identificar distúrbios associados.

A identificação precoce dessas doenças possibilita uma melhor adaptação dos pacientes e a implementação de estratégias eficazes para minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.


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