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Guia completo sobre asma, bronquite e coqueluche

Guia completo sobre asma, bronquite e coqueluche
Neste post vamos ajudar a esclarecer dúvidas e fornecer as ferramentas necessárias para que você possa cuidar melhor da sua saúde e da saúde de sua família durante o inverno.

Durante o inverno, doenças como asma, bronquite e coqueluche se tornam mais comuns devido a uma série de fatores, incluindo o clima frio, as reações do corpo às mudanças de temperatura e o contato mais próximo e constante com outras pessoas. Essas condições respiratórias podem causar desconforto significativo e impactar a qualidade de vida, especialmente em crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida.

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por episódios recorrentes de falta de ar, chiado no peito e tosse. A bronquite, por sua vez, pode ser aguda ou crônica, e envolve a inflamação dos brônquios, resultando em tosse com produção de muco e dificuldade para respirar. Já a coqueluche, também conhecida como pertussis, é uma infecção bacteriana altamente contagiosa que provoca tosse severa e prolongada, especialmente perigosa para bebês e crianças pequenas.

Para compreender melhor as origens, os sintomas e as formas de tratamento dessas doenças respiratórias, preparamos um guia explicativo que aborda todos esses aspectos. Nele, você encontrará informações detalhadas sobre as características de cada condição, dicas de prevenção e orientações sobre os exames diagnósticos que podem ser solicitados por médicos pneumologistas, alergistas ou clínicos gerais. 

O que são as doenças respiratórias?

Antes de nos aprofundarmos nas doenças respiratórias em si, vamos nos perguntar o que elas exatamente são, como elas nos afetam, que região do nosso corpo elas atacam e de que maneira se proliferam.

Por definição, a doença respiratória pode afetar estruturas ou órgãos do sistema respiratório que é composto por: nariz, laringe, faringe, traqueia e pulmão.

Onde atuam?

Essas doenças acometem tanto as vias superiores quanto as inferiores, o que nos leva a seguinte separação: doenças crônicas e agudas. O principal fator que as diferencia é o período de tempo que leva para tratar tal ou qual condição.

Quais são as doenças respiratórias agudas?

As do tipo aguda são caracterizadas por seu início rápido que dura por volta de três meses com um tratamento breve e algumas delas são contagiosas. Vale ressaltar que caso as doenças respiratórias agudas não forem tratadas devidamente, podem se desenvolver para doenças crônicas de difícil cura.

Alguns exemplos desse tipo de problemas respiratórios são:

Doenças respiratórias crônicas

Já as doenças crônicas tem uma evolução gradativa, sua duração é superior a três meses e seu tratamento pode ser mais complicado envolvendo medicamentos de uso indeterminado.  

Dentro das crônicas, há aquelas que são de origem hereditária, ou seja, casos de doenças comuns na árvore genealógica do paciente em questão. Nessas situações, certos genes passam por uma espécie de mutação que podem tornar o organismo da pessoa suscetível às doenças respiratórias ou, pior ainda, causa-las.

Alguns exemplos de problemas respiratórios crônicos são:

Agora, depois de compreendermos o que elas são, de que maneira podem nos afetar e citar alguns tipos e exemplos, vamos aprofundar um pouco e destacar três doenças respiratórias principais.

Asma

Também conhecida como bronquite asmática ou ainda bronquite alérgica, a asma é uma doença já muito conhecida por nós brasileiros. Em 2021, o SUS (Sistema Único de Saúde) registrou cerca de 1,3 milhão de atendimentos a pacientes que possuem asma no programa Atenção Primária à Saúde e estima-se que 23% da população viva com essa doença.

Como ocorre a asma?

Essa doença acomete principalmente a região dos pulmões e vem acompanhada de uma inflamação crônica dos brônquios (tubos responsáveis por transportar o ar para dentro dos pulmões).

Sintomas da asma

Seu principal sintoma característico é o aumento de produção de secreções que, em excesso, provocam a obstrução da passagem de ar. Esse processo afeta não somente as vias respiratórias, mas também o organismo como um todo.

O asmático sofre com tosses recorrentes e prolongadas geralmente durante o período noturno e não necessariamente acompanhadas de catarro, além disso, sente-se também chiados no peito, cansaço extremo, opressão no peito e grande dificuldade de respirar. Tais sintomas podem surgir ao mesmo tempo ou não, varia de caso a caso.

Causas da asma

As possíveis causas da asma variam bastante, alguns dos fatores são:

  • Alergias diversas: poeira, ácaros, mofo, pólen, fezes de baratas, pelos de animais;
  • Infecções: viroses, gripes e resfriados, sinusites;
  • Mudanças climáticas;
  • Fumaça;
  • Poluição;
  • Odores fortes;
  • Esforço físico extremo;
  • Estado psicológico;
  • Exposição ao ar frio (o que também pode acarretar em uma pneumonia);
  • Reações a medicamentos e alimentos específicos.

Tratamento da asma

O tratamento da asma está muito associado as medidas de higiene do ambiente bem como ao uso de medicamentos indicados pelo médico especialista e andar com a carteira de vacinação em dia.

A maioria dos casos de asma podem receber dois tipos de medicação específicos: a medicação controladora ou de manutenção que auxilia na prevenção de aparecimento dos sintomas e reprimir as crises de asma e a medicação de alivio ou também conhecida como de resgate, que ajuda a aliviar os sintomas quando houver piora na asma.

O que é a bronquite?

A principal característica da bronquite é, sem dúvidas, a inflamação dos brônquios e ela se instala quando pequenos cílios que fazem o revestimento interior dos brônquios param de eliminar o muco que está presente nas vias respiratórias.

Como se manifesta?

O acúmulo de secreções nessa região do sistema respiratório faz com que os brônquios fiquem permanentemente irritados e contraídos, o que acaba provocando as temidas tosses.

Quais os tipos de bronquite?

Assim como ocorre em todas as doenças respiratórias, a bronquite se divide em dois grandes tipos: a aguda e a crônica.

O que as diferencia é justamente o tempo de duração de cada uma delas, no caso da bronquite aguda sua duração é bem mais curta (cerca de uma a duas semanas no máximo), já na crônica os sintomas não desaparecem e costumam piorar durante o período matinal e podem continuar se manifestando por mais de 3 meses.

Causas da bronquite

Sua causa se dá, na maioria dos casos, por vírus específicos que atacam o sistema respiratório, porém, há casos de bronquite resultante de uma infecção bacteriana.

Tal como ocorre na asma, o contato com poluentes ambientais e químicos (poeiras, inseticidas, tintas e ácaros) pode acabar desencadeando uma crise de bronquite e o cigarro é o principal responsável pelo agravamento da doença.

Sintomas da bronquite

O sintoma principal da bronquite, seja na aguda seja na crônica, é a tosse. Na aguda a tosse pode ser seca ou produtiva, enquanto que na crônica ela sempre é produtiva e sua expectoração no começo é bem clara, e pode tornar-se mais amarelada e espessa com o tempo.

Outros sintomas como a falta de ar, chiado no peito e febres/calafrios podem surgir com o passar do tempo.

Tratamento da bronquite

Apesar de não existir um tratamento especifico para a bronquite, o uso de vaporizadores e uma boa hidratação são altamente recomendados para tratar a doença.

Além disso, recomendamos também que siga a prescrição médica na dosagem de analgésicos, descongestionantes assim como evitar locais propícios à manifestação dos sintomas.  

Coqueluche

A coqueluche, diferente das doenças respiratórias anteriores, é uma infecção contagiosa que prejudica as vias respiratórias no transporte de ar para os pulmões. Sua principal causadora é a bactéria chamada Bordetella pertussis também conhecida como a “tosse convulsa”, justamente por isso que quem a possui tem o som da tosse alterado se assemelhando a um assobio.

Quem ela atinge?

Apesar de ser conhecida como uma doença comum entre bebês, a coqueluche pode muito bem se manifestar em crianças, adolescentes e adultos porém em graus menores, apresentando sintomas mais leves da infecção. Isso se deve pelos diferentes níveis de imunidade que o ser humano desenvolve durante o seu crescimento e amadurecimento do organismo.

Sintomas da coqueluche?

Os sintomas da coqueluche podem se manifestar várias semanas e divide-se em duas fases iniciais que são progressivos e, depois de seu término, passam a diminuir os sintomas e o paciente se recupera aos poucos.

A primeira fase, popularmente conhecida como fase catarral, os sintomas lembram bastante os mesmos encontrados na gripe. A seguir, listamos alguns dos sintomas mais comuns na coqueluche em todas as idades:

  • Tosse com silvo (tosse seguida de uma inspiração com o som característico de um assobio) que acontece em acessos e de maneira contínua;
  • Acessos de tosses sufocantes;
  • Silvos ao respirar fundo;
  • Coriza;
  • Febre;
  • Mal-estar;
  • Falta de ar;
  • Vômitos vindos do esforço empenhado durante as crises de tosses;
  • Lábios e extremidades do corpo azuladas por conta da falta de ar.

Como é transmitida a coqueluche?

A maneira mais conhecida da transmissão da coqueluche se dá pelo contato direto com o enfermo que está contaminado com a infecção ou o contato com as secreções expelidas pelo paciente.

Tratamento da coqueluche

Para que o tratamento da coqueluche seja realizado da melhor maneira, é necessário que o paciente em questão seja isolado para que outras pessoas não contraiam a mesma doença. Quanto a medicação podemos citar a eritromicina, a azitromicina e a claritromicina pois são os principais agentes contra a coqueluche, porém, é válido ressaltar que esses antimicrobianos só surtirão efeito durante a fase catarral (inicial) da doença.

Vacinas mais indicadas para asma, bronquite e coqueluche

Para reduzir os sintomas da asma, bronquite e coqueluche, e prevenir complicações associadas a essas doenças respiratórias, a vacinação é uma ferramenta valiosa. As vacinas não apenas ajudam a prevenir infecções que podem desencadear ou agravar essas condições, mas também protegem contra complicações sérias. Entre as vacinas recomendadas estão:

Vacina contra a gripe (Influenza): Essencial para evitar gripes sazonais, que podem agravar a asma e a bronquite.

Descrição: Protege contra os vírus da gripe mais comuns e é recomendada anualmente.

Vacina pneumocócica: Protege contra infecções por pneumococos, que podem causar pneumonia, uma complicação grave para asmáticos e pessoas com bronquite crônica.

Descrição: Indicada para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Existem duas versões: a vacina pneumocócica conjugada (PCV13) e a vacina pneumocócica polissacarídica (PPSV23).

Vacina contra a coqueluche (DTPa/Tdap): A coqueluche pode ser especialmente perigosa para quem tem asma e bronquite, e a vacinação ajuda a prevenir essa infecção.

Descrição: Parte da vacina tríplice bacteriana, que também protege contra difteria e tétano. É recomendada para crianças e doses de reforço para adolescentes e adultos.

Manter a carteira de vacinação em dia, junto com medidas preventivas e tratamentos adequados, é essencial para o controle da asma, bronquite e coqueluche. Se você ou alguém que você conhece sofre dessas condições, consulte um médico para saber mais sobre as vacinas indicadas e outras formas de manejo das doenças.

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