O infarto agudo do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, é uma condição grave que ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do músculo cardíaco (coração) é interrompido, geralmente devido à obstrução de uma artéria coronária.
Vale lembrar que, de acordo com a Agência Brasil, dados recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) indicam que o Brasil experimentou um aumento significativo nas internações por infarto nos últimos anos.
No período compreendido entre 2008 e 2022, houve um expressivo crescimento nesse cenário. No caso dos homens, a média mensal de internações passou de 5.282 para 13.645, o que representa um aumento de 158%.
No tocante às mulheres, o aumento foi igualmente notável, com a média mensal subindo de 1.930 para 4.973, representando um aumento de 157%. Esses números alertam para a importância da conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares no país.
Neste artigo, vamos explicar o que é o infarto agudo do miocárdio, seus principais sintomas, os exames utilizados para diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis.
O que é o infarto agudo do miocárdio?
O infarto agudo do miocárdio, também conhecido como infarto ou ataque cardíaco, é uma condição em que uma parte do músculo cardíaco (miocárdio) não recebe oxigênio suficiente devido a uma obstrução nas artérias coronárias.Essa obstrução geralmente ocorre devido à formação de placas de gordura nas paredes das artérias, o que pode levar à formação de coágulos sanguíneos. Quando a obstrução é severa o suficiente, ela impede o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco, causando danos ao tecido.
Quem pode ter um infarto agudo do miocárdio?
Qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo ou histórico médico, pode estar em risco de ter um infarto agudo do miocárdio (IAM), embora existam certos fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolvê-lo.
Podemos dizer que o infarto pode ser desencadeado por diversos fatores de risco, incluindo idade avançada, sexo masculino (especialmente antes da menopausa para as mulheres), histórico familiar de doenças cardíacas, tabagismo, hipertensão, diabetes, níveis elevados de colesterol, obesidade, falta de atividade física, estresse crônico, consumo excessivo de álcool e má alimentação.Esses fatores podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver doenças cardíacas, tornando-a mais suscetível ao IAM. Portanto, é de grande importância adotar medidas de prevenção e controle desses fatores para reduzir o risco de infarto.
Principais Sintomas do Infarto
Os sintomas do infarto agudo do miocárdio podem variar, mas os mais comuns incluem:
- Dor no peito: A dor geralmente é descrita como uma sensação de pressão ou aperto no peito, que pode se espalhar para áreas como costas, mandíbula, braço esquerdo ou direito, ombros ou até mesmo para o estômago.
- Falta de ar: Muitas pessoas também experimentam dificuldade em respirar, acompanhada de sudorese, náuseas e/ou vômitos.
- Sensação de mal-estar: Alguns pacientes podem sentir-se inquietos, apreensivos e fracos.
- Síncope: Em casos graves, o paciente pode desmaiar devido à falta de oxigênio no coração.
- Sintomas atípicos: Mulheres e pacientes mais idosos podem apresentar sintomas menos típicos, como dispneia (falta de ar) em vez de dor no peito.
É importante ressaltar que cerca de 20% dos infartos agudos do miocárdio podem ser “silenciosos”, ou seja, ocorrem sem sintomas óbvios e não são reconhecidos pelo paciente.
Exames para diagnóstico do infarto agudo do miocárdio
O diagnóstico do ataque cardíaco é feito com base em vários exames, incluindo:
Eletrocardiograma (ECG)
O eletrocardiograma (ECG ou EKG) é um exame médico que registra a atividade elétrica do coração ao longo do tempo. Ele é uma ferramenta fundamental para avaliar a saúde do coração e diagnosticar problemas cardíacos. O ECG é indolor e não invasivo, o que o torna uma técnica amplamente utilizada na medicina.
Marcadores cardíacos
Os marcadores cardíacos são substâncias que podem ser medidas no sangue para ajudar na avaliação da função cardíaca e no diagnóstico de doenças cardíacas. Eles desempenham um papel crucial na medicina, especialmente na identificação de problemas cardíacos agudos, como um ataque cardíaco (infarto do miocárdio).
Angiografia coronária
A angiografia coronária, também conhecida como cateterismo cardíaco ou cineangiocoronariografia, é um procedimento médico que envolve a obtenção de imagens detalhadas das artérias coronárias do coração.
A angiografia coronária é uma ferramenta valiosa para o diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas. Ela permite que os médicos visualizem diretamente o interior das artérias coronárias e tomem decisões informadas sobre a melhor abordagem para o tratamento do paciente. É um procedimento relativamente seguro, mas como qualquer procedimento médico, pode envolver riscos, que devem ser discutidos com o médico antes da realização.
Tratamento do Infarto
O tratamento do infarto agudo do miocárdio é urgente e visa restaurar o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco o mais rápido possível. As opções de tratamento incluem:
- Angioplastia e colocação de stent: Este procedimento envolve a inserção de um cateter nas artérias coronárias para abrir as obstruções e, se necessário, a colocação de um stent para mantê-las abertas.
- Fibrinólise: Em alguns casos, quando a angioplastia não é imediatamente possível, medicamentos fibrinolíticos podem ser administrados para dissolver o coágulo que está obstruindo a artéria.
- Medicamentos: O paciente receberá medicamentos para aliviar a dor, reduzir o esforço do coração e prevenir complicações.
- Reabilitação cardíaca: Após o tratamento inicial, a reabilitação cardíaca é essencial para ajudar na recuperação, incluindo mudanças no estilo de vida, dieta e exercícios.
O infarto agudo do miocárdio é uma condição séria que requer atenção médica imediata.
Conhecer os sintomas e buscar ajuda rapidamente pode fazer a diferença no resultado e na recuperação.
A prevenção desempenha um papel fundamental na redução do risco de infarto, e adotar um estilo de vida saudável, controlar fatores de risco como pressão arterial elevada e diabetes, e realizar exames médicos regulares são medidas importantes para evitar essa condição.
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