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Mal de Parkinson: causas, diagnóstico e como conviver com a doença

Mal de Parkinson: causas, diagnóstico e como conviver com a doença
Conheça os sintomas, exames e tratamentos para o Mal de Parkinson, uma doença neurológica progressiva que afeta milhões de pessoas no mundo.

Quando o corpo começa a tremer sem motivo aparente, a letra se torna pequena demais ou os movimentos cotidianos ficam mais lentos, pode não ser apenas o envelhecimento natural. O Mal de Parkinson, também conhecido como Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, atrás apenas da doença de Alzheimer. A doença afeta principalmente pessoas acima dos 60 anos, mas também pode atingir adultos mais jovens — casos conhecidos como Parkinson de início precoce.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 8,5 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil brasileiros convivam com o Parkinson, número que tende a crescer com o envelhecimento da população. A Doença de Parkinson, é uma condição neurológica degenerativa que compromete os movimentos, impacta a fala, a escrita e a qualidade de vida — tanto de quem recebe o diagnóstico quanto de seus familiares e cuidadores.

Além das limitações físicas, os impactos emocionais e sociais do Parkinson são profundos. A autonomia é comprometida aos poucos, exigindo reorganização da rotina, apoio contínuo e acesso a recursos médicos para que o paciente tenha mais conforto, dignidade e bem-estar.

O que é o Mal de Parkinson?

O Mal de Parkinson é uma doença neurológica crônica e progressiva, caracterizada pela degeneração dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos. Quando os níveis de dopamina diminuem, surgem os sintomas motores clássicos: tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos (bradicinesia) e instabilidade postural.

Apesar de ainda não ter sido revelado o exato motivo pelo qual as pessoas desenvolvem a condição, especialistas acreditam que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais que contribuem para os danos às células nervosas do cérebro, de acordo com a Parkinson’s UK. Com o tempo, a doença também pode afetar a fala, escrita, cognição e aspectos emocionais, como depressão e ansiedade. Ainda não existe cura, mas há tratamento para controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Causas e fatores de risco

As causas do Mal de Parkinson ainda não são totalmente conhecidas. A maioria dos casos é considerada idiopática, ou seja, sem causa definida. No entanto, pesquisas apontam fatores genéticos, ambientais e até exposição a certos agrotóxicos como possíveis influências. Os principais fatores de risco são:

  • Idade avançada (acima dos 60 anos);
  • Histórico familiar da doença;
  • Exposição a produtos químicos (como pesticidas);
  • Traumas repetidos na cabeça (em atletas, por exemplo);
  • Sexo masculino (ligeiramente mais afetado que o feminino).

Famosos que convivem com a doença

A visibilidade de personalidades públicas com Parkinson ajuda a quebrar o estigma e abrir espaço para o diálogo. Recentemente, o vocalista Morten Harket, da banda A-ha, revelou estar em tratamento após o diagnóstico. Segundo ele, os sintomas foram “suavizados” devido ao tratamento desenvolvido pela Clínica Mayo, nos EUA. Ele passou por um procedimento neurocirúrgico com implantação de eletrodos no lado esquerdo do cérebro, em junho de 2024.

Outros nomes conhecidos incluem:

  • Michael J. Fox, ator de “De Volta para o Futuro”, diagnosticado aos 29 anos;
  • Renata Capucci, jornalista brasileira que revelou sua história em entrevistas e redes sociais;
  • Ozzy Osbourne, cantor britânico e ícone do rock;
  • Muhammad Ali, lenda do boxe, também conviveu com a doença até sua morte.

Esses relatos contribuem para informar, conscientizar e humanizar o entendimento sobre o Parkinson.

Principais sintomas do Mal de Parkinson

Os sintomas do Parkinson são divididos em motores e não motores. Eles costumam aparecer de forma gradual e se intensificam com o tempo. Entre os mais comuns:

  • Tremores em repouso (principalmente nas mãos);
  • Rigidez muscular;
  • Lentidão nos movimentos;
  • Dificuldade para caminhar ou manter o equilíbrio;
  • Alterações na escrita e na fala;
  • Transtornos do sono;
  • Depressão e ansiedade;
  • Constipação intestinal;
  • Redução do olfato.

Exames para diagnóstico

O diagnóstico do Parkinson é clínico, feito com base nos sintomas e histórico médico, geralmente por um neurologista. No entanto, alguns exames complementares podem ser solicitados para excluir outras condições:

  • Ressonância magnética do crânio: ajuda a identificar outras doenças neurológicas;
  • SPECT com DaTSCAN: exame de imagem específico para avaliar a captação de dopamina;
  • Exames laboratoriais: como hemograma e testes metabólicos, para descartar outras causas;
  • Testes motores e cognitivos: aplicados por neurologistas especializados.

Tratamentos disponíveis

O tratamento do Mal de Parkinson é individualizado e pode incluir medicamentos, terapias complementares e, em alguns casos, cirurgia. Os principais recursos terapêuticos incluem:

  • Levodopa: principal medicamento usado para repor a dopamina;
  • Inibidores da COMT e MAO-B: aumentam o tempo de ação da dopamina no cérebro;
  • Fisioterapia e terapia ocupacional: essenciais para preservar os movimentos e a autonomia;
  • Fonoaudiologia: para melhorar a fala e a deglutição;
  • Acompanhamento psicológico: importante para lidar com o impacto emocional;
  • Estimulação cerebral profunda (DBS): cirurgia para casos avançados, que implanta eletrodos no cérebro para modular os sintomas;
  • Terapia com ultrassom focado guiado por ressonância magnética: usa ondas de ultrassom para criar uma lesão precisa no tálamo, reduzindo tremores. É uma opção minimamente invasiva indicada para pacientes com tremor predominante em um lado do corpo;
  • Terapias com dispositivos de infusão contínua, como o Onapgo, que oferece liberação constante de medicamentos;
  • Tecnologias como a BrainSense™, que permitem o monitoramento em tempo real e ajustes personalizados no tratamento.

Exames de controle e acompanhamento

Após o diagnóstico, o paciente com Parkinson precisa de acompanhamento contínuo, com exames periódicos para ajustar o tratamento e monitorar a progressão da doença. Alguns exames importantes:

  • Avaliação neurológica periódica;
  • Teste de marcha e equilíbrio;
  • Exames de sangue para monitorar efeitos colaterais dos medicamentos;
  • Ressonância magnética, quando há suspeita de evolução rápida ou alterações atípicas;
  • Avaliação cognitiva, para rastrear sintomas de demência ou declínio mental.

Como conviver com o Parkinson?

A convivência com o Parkinson exige uma abordagem multidisciplinar, apoio familiar e acesso contínuo à informação e cuidados. Algumas dicas:

  • Mantenha uma rotina de atividades físicas orientadas;
  • Adote uma alimentação equilibrada e rica em antioxidantes;
  • Durma bem e evite o estresse;
  • Participe de grupos de apoio e atividades comunitárias;
  • Respeite os limites do corpo, mas busque manter a autonomia;
  • Consulte o médico com frequência e siga o tratamento corretamente.

O Mal de Parkinson não é uma sentença de imobilidade. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e apoio, é possível levar uma vida ativa e digna. A ciência continua avançando em busca de terapias mais eficazes e, quem sabe, de uma cura. Enquanto isso, o conhecimento e a empatia são aliados fundamentais na jornada de quem convive com a doença.

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