No início da vida, tudo o que um bebê precisa pode ser encontrado no peito da mãe. Ainda assim, o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses é uma realidade distante para muitas famílias. Você sabia que a falta de informação e apoio é um dos principais motivos para o desmame precoce? Durante a Semana Mundial da Amamentação, celebrada de 1º a 7 de agosto, e no movimento Agosto Dourado, campanhas em todo o país reforçam o valor do leite materno como padrão ouro de nutrição, proteção e afeto.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação poderia evitar cerca de 823 mil mortes de crianças menores de cinco anos em todo o mundo, por ano. No Brasil, o cenário também exige atenção: apenas 45,7% dos bebês menores de 6 meses são amamentados exclusivamente, segundo o Ministério da Saúde. Isso mostra o quanto ainda precisamos avançar na conscientização sobre os benefícios do aleitamento materno e no suporte às mães lactantes.
Os primeiros desafios na amamentação podem surgir já nas primeiras horas de vida do recém-nascido. Fissuras mamilares, pega incorreta, baixa produção de leite ou até falta de orientação podem comprometer o processo. As consequências vão além da saúde do bebê: mães podem desenvolver angústia, exaustão emocional e até sintomas de depressão pós-parto. Apoiar a amamentação é apoiar a saúde física e mental de toda a família.
Por que a amamentação é tão importante?
O leite materno é um alimento vivo, adaptado às necessidades do bebê, com anticorpos e nutrientes que protegem contra doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Além disso, reduz o risco de obesidade infantil, diabetes tipo 2 e fortalece o vínculo mãe e filho.
Para a mãe, a amamentação também traz benefícios: contribui para a recuperação pós-parto, reduz o risco de câncer de mama e ovário e ajuda a controlar o peso corporal. É um ato de cuidado mútuo que promove a saúde da mãe e do bebê.
Exames importantes para a mãe e o bebê durante a amamentação
Durante o período de aleitamento, é essencial o acompanhamento de saúde com exames preventivos e de rotina. Confira os principais:
- Teste do pezinho: feito entre o 3º e 5º dia de vida, detecta doenças metabólicas, genéticas e infecciosas no bebê.
- Teste da orelhinha: avalia a capacidade auditiva do recém-nascido.
- Teste do olhinho: verifica alterações que podem indicar problemas como catarata congênita.
- Avaliação do frênulo lingual (teste da linguinha): detecta alterações que podem dificultar a amamentação.
- Teste da mamãe – Toda mãe precisa de exames regulares para manter a saúde;
- Exames de sangue maternos: como hemograma e dosagem de ferro, avaliam a saúde da mãe, que pode ser afetada pelo puerpério.
- Ultrassonografia mamária (se necessário): indicada em casos de dor ou suspeita de obstrução mamária.
Dicas práticas para manter o aleitamento com tranquilidade
- Amamente sob livre demanda
- Corrija a pega com ajuda de um profissional
- Hidrate-se e descanse sempre que possível
- Evite comparações com outras mães
- Busque apoio em bancos de leite e grupos de apoio
- Não ignore sinais de dor ou angústia emocional
- Lembre-se: seu corpo sabe alimentar seu bebê
A Semana Mundial da Amamentação e o Agosto Dourado são convites a um olhar mais sensível e informado sobre a importância do aleitamento materno. Promover, proteger e apoiar a amamentação é garantir um início de vida mais saudável, seguro e cheio de afeto.
Cada gota de leite materno é um investimento na saúde do bebê, um escudo natural contra doenças e uma fonte insubstituível de carinho. Mas para que mães consigam amamentar, elas precisam de informação, escuta e acolhimento. Sozinhas, elas não deveriam carregar esse peso.
Compartilhar conhecimento é o primeiro passo para mudar realidades. Que o Agosto Dourado nos inspire a construir uma rede de apoio sólida, onde amamentar seja uma experiência de amor, não de sacrifício.
A CDB Medicina Diagnóstica apoia essa causa! 💛
