Você já ouviu falar em sepse? Muitas pessoas desconhecem essa condição, mesmo sendo uma das principais causas de morte no mundo. A sepse, também chamada de infecção generalizada, é uma urgência médica que pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. Saber identificar os sinais precocemente pode salvar vidas — inclusive a sua ou de alguém que você ama.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a sepse mata cerca de 11 milhões de pessoas todos os anos no planeta. No Brasil, a situação também é preocupante: estimativas da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB) mostram que cerca de 670 mil casos são registrados anualmente, com taxas de mortalidade que variam entre 30% e 60%, especialmente em ambientes hospitalares. Essa condição é mais comum entre pessoas com o sistema imunológico comprometido, como idosos, recém-nascidos e pacientes com doenças crônicas.
Os primeiros sintomas podem surgir de forma sutil, como uma simples febre ou mal-estar. No entanto, em poucas horas, a situação pode se agravar rapidamente. A vida do paciente muda completamente: pode ser necessária internação em UTI, uso de medicamentos contínuos e reabilitação física. Para a família, o impacto emocional e financeiro é profundo. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são fundamentais para evitar sequelas graves ou o pior desfecho: a morte.
O que significa SEPSE?
Embora pareça uma sigla, sepse é na verdade uma adaptação do termo em inglês sepsis, amplamente utilizado na medicina internacional. Antigamente, era chamada de “septicemia“, mas esse termo caiu em desuso por não representar com precisão a gravidade da condição.
A sepse é definida como uma disfunção orgânica causada por uma resposta desregulada do corpo a uma infecção, que pode evoluir para falência múltipla de órgãos e até a morte. Essa resposta inflamatória descontrolada ocorre quando o sistema imunológico, ao tentar combater uma infecção, passa a agredir os próprios tecidos do organismo.
A nomenclatura atual foi padronizada por instituições como a Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB) e segue os critérios internacionais estabelecidos pelo Consenso Sepsis-3 da Society of Critical Care Medicine.
Por que e como se manifesta?
A sepse ocorre quando o organismo responde de forma exagerada e desregulada a uma infecção. Em vez de combater apenas o agente infeccioso, o corpo acaba atacando seus próprios tecidos e órgãos, provocando uma inflamação generalizada que pode levar à falência de múltiplos órgãos.
Como isso acontece?
- Invasão de um agente infeccioso – normalmente uma bactéria, mas também pode ser um vírus, fungo ou protozoário – entra no corpo e começa a se multiplicar.
- O sistema imunológico reage liberando substâncias inflamatórias para combatê-lo.
- Em alguns casos, essa resposta se descontrola e começa a danificar tecidos saudáveis, comprometendo o funcionamento de órgãos vitais como pulmões, rins, fígado e coração.
Essa reação exagerada pode ser desencadeada por infecções simples (como uma infecção urinária ou uma pneumonia), especialmente em pessoas mais vulneráveis, como idosos, recém-nascidos, pacientes com doenças crônicas ou imunossuprimidos.
Portanto, a sepse não é causada apenas pelo microrganismo, mas pela forma como o corpo responde à presença dele. E quanto mais rápido for detectada, maiores as chances de sobrevivência e de recuperação sem sequelas.
Principais exames diagnósticos e de rotina
O diagnóstico da sepse é clínico, mas deve ser confirmado com exames laboratoriais que ajudam a identificar o foco da infecção e avaliar o estado geral do paciente. Entre os principais estão:
- Hemocultura: coleta de sangue para identificar micro-organismos presentes na corrente sanguínea. É essencial para detectar o agente causador da infecção.
- PCR (Proteína C Reativa): exame de sangue que avalia a presença de inflamações no corpo. Níveis elevados podem indicar infecção sistêmica.
- Leucograma: parte do hemograma que mede os glóbulos brancos. Alterações no número dessas células sugerem resposta imunológica ativa.
- Exames de urina: ajudam a detectar infecções urinárias que podem levar à sepse, principalmente em idosos.
- Exames de imagem: como raio-X, tomografia e ultrassonografia, que auxiliam na identificação do foco da infecção, como pneumonia ou abscesso abdominal.
- Lactato sérico: mede o nível de ácido lático no sangue. Níveis altos indicam comprometimento dos tecidos e risco de evolução para choque séptico.
Dicas para identificar e combater a Sepse
- Vá ao médico diante de qualquer sinal persistente de infecção.
- Use corretamente os antibióticos receitados.
- Mantenha a hidratação em dia.
- Redobre os cuidados com higiene pessoal e de ambientes.
- Em caso de internação, acompanhe a evolução com a equipe médica.
- Aprenda a identificar os sinais de alerta e aja com rapidez.
A sepse é um alerta silencioso. Mas com informação, atitude e cuidados adequados, ela pode ser vencida. Fique atento aos sinais e ajude a salvar vidas.
Quando surge a sepse é necessário vigilância constante, acompanhamento médico e informação. Saber que uma simples infecção pode se transformar em uma ameaça à vida ajuda a reforçar a importância do diagnóstico precoce. Conhecer os sintomas — como febre, queda de pressão ou confusão mental — pode ser a diferença entre a recuperação e o agravamento do quadro.
É essencial que pacientes e familiares estejam atentos e atuem em conjunto com os profissionais de saúde para garantir o melhor tratamento possível. Além disso, investir na prevenção de infecções — como vacinação em dia, boa higiene e cuidados com feridas — é o caminho mais seguro para evitar complicações graves.
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