Durante a gravidez, o cuidado com a saúde da mãe é fundamental para garantir o bem-estar tanto dela quanto do bebê que está em desenvolvimento. Uma parte vital desse cuidado é o teste da mamãe, que faz parte do exame pré-natal e consiste em uma série de exames capazes de detectar diversas condições que podem afetar a gestação.
O relatório “Tendências na Mortalidade Materna 2000 a 2020”, divulgado pelas agências das Nações Unidas, revela uma situação alarmante para a saúde das mulheres globalmente. A cada dois minutos, uma mulher morre durante a gravidez ou o parto, totalizando aproximadamente 287.000 mortes maternas em todo o mundo em 2020. Embora haja sido registrado algum progresso na redução das mortes maternas entre 2000 e 2015, após esse período, os ganhos estagnaram ou até mesmo se revertendo em algumas regiões.
Realizado principalmente no primeiro trimestre de gravidez, o teste da mamãe é um check-up é essencial para identificar precocemente possíveis complicações que podem surgir durante a gestação e afetar o desenvolvimento do feto.
As principais causas de mortes maternas incluem hemorragia, hipertensão, infecções relacionadas à gravidez, complicações de aborto inseguro e condições subjacentes agravadas pela gravidez, como HIV/AIDS e malária. Todas essas causas são evitáveis e tratáveis com acesso a cuidados de saúde de qualidade e respeitosos – e o teste da mamãe é decisivo nesse contexto.
Veja agora de maneira detalhada a importância de cada um desses exames, converse com seu obstetra:
Hemograma completo
O hemograma completo é um exame de sangue que avalia as células sanguíneas, incluindo os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Ele é importante para detectar anemias, infecções e outras condições que possam afetar a saúde da mãe e do bebê.
Glicemia de jejum
Esse exame mede os níveis de glicose no sangue após um período de jejum, geralmente de oito a doze horas. Ele é fundamental para o diagnóstico precoce de diabetes gestacional, uma condição que pode aumentar o risco de complicações durante a gravidez e o parto.
Toxoplasmose IgG e toxoplasmose IgM
Esses exames detectam a presença de anticorpos contra o parasita Toxoplasma gondii. A toxoplasmose é uma infecção que pode ser transmitida ao feto e causar complicações graves, como malformações congênitas e aborto.
Rubéola IgG e rubéola IgM
Esses exames detectam a presença de anticorpos contra o vírus da rubéola. A rubéola durante a gravidez pode levar a complicações sérias no feto, incluindo malformações congênitas e problemas no desenvolvimento.
VDRL
O exame de VDRL é um teste que detecta a presença de anticorpos contra a bactéria Treponema pallidum, causadora da sífilis. A sífilis não tratada durante a gravidez pode resultar em aborto, natimorto, prematuridade e malformações congênitas.
Citomegalovírus IgG
O exame de Citomegalovírus IgG detecta a presença de anticorpos contra o citomegalovírus. A infecção por citomegalovírus durante a gravidez pode causar complicações ao feto, incluindo surdez, retardo no crescimento e problemas neurológicos.
Hepatite B: Hbs-ag/antígeno austrália e hepatite C: anti-HCV
O exames de Hepatite B detecta a presença de antígenos ou anticorpos contra os vírus da hepatite B e C, respectivamente. A infecção por esses vírus durante a gravidez pode aumentar o risco de complicações hepáticas tanto para a mãe quanto para o bebê.
Urina Tipo 1 (EAS)
O exame de Urina Tipo 1 avalia a urina quanto à presença de sangue, proteínas, glicose e outras substâncias. Ele é importante para detectar infecções urinárias e outras condições que possam afetar a saúde renal da mãe durante a gestação.
TSH
O TSH é um hormônio produzido pela glândula tireoide que regula o metabolismo. Esse exame avalia os níveis de TSH no sangue e é importante para diagnosticar distúrbios da tireoide, que podem afetar tanto a mãe quanto o desenvolvimento fetal.
HIV Anticorpos
O exame de HIV detecta a presença de anticorpos contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV). O diagnóstico precoce do HIV durante a gravidez é essencial para prevenir a transmissão vertical do vírus para o bebê.
Ultrassonografia Endovaginal
A ultrassonografia endovaginal é um exame de imagem que permite visualizar o útero, os ovários e outras estruturas pélvicas com maior detalhe. Ela é frequentemente utilizada para confirmar a gravidez, avaliar o desenvolvimento fetal e detectar possíveis anomalias.
Além dos exames realizados no primeiro trimestre, a gestante também deve passar por uma segunda fase de testes a partir da 28ª semana de gestação. Nessa etapa, o teste da mamãe consiste em três exames adicionais para detectar toxoplasmose, sífilis e HIV, reforçando o cuidado contínuo com a saúde materno-fetal ao longo da gravidez.
Devemos considerar que em 2021, no Brasil, a média de mortes maternas foi de 107 a cada 100 mil nascimentos, de acordo com dados da Agência Brasil. A taxa de mortalidade materna se refere ao número de mulheres que morrem durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas à gravidez ou agravadas por ela a cada 100 mil nascidos vivos em um determinado ano.
O teste da mamãe é uma parte fundamental do pré-natal, pois permite a detecção precoce de diversas condições que podem afetar a gestação e o desenvolvimento do feto. Por meio desses exames, é possível adotar medidas preventivas e terapêuticas adequadas para garantir uma gravidez saudável e o nascimento de um bebê sem complicações.
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