A produção de um medicamento genérico do Ozempic está em fase de pesquisa no Brasil. A farmacêutica Prati-Donaduzzi deu início aos estudos para desenvolver a versão alternativa da caneta utilizada no tratamento da diabetes tipo 2, fabricada atualmente pela Novo Nordisk. A previsão é que a patente do medicamento perca a exclusividade em 2026, permitindo a entrada de novas opções no mercado.
De acordo com informações divulgadas pela empresa, a matéria-prima necessária para a produção do medicamento será importada da Ásia, enquanto o dispositivo de aplicação será fornecido por um parceiro europeu.
O Ozempic tem como princípio ativo a semaglutida, uma substância que imita a ação do hormônio GLP-1, estimulando a liberação de insulina pelo pâncreas e contribuindo para o controle dos níveis de açúcar no sangue. Embora seja indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, o medicamento também tem sido utilizado para auxiliar na perda de peso, pois atua retardando o esvaziamento do estômago e aumentando a sensação de saciedade. Além disso, a semaglutida também influencia os centros cerebrais que regulam o apetite.
Dados fornecidos pela IQVA, empresa especializada em análise de mercado na área da saúde, indicam que as vendas do Ozempic no Brasil ultrapassam os R$ 3 bilhões. Atualmente, o medicamento pode ser encontrado em farmácias por preços entre R$ 929 e R$ 1.063, dependendo da dosagem.
A chegada de uma versão genérica promete ampliar o acesso ao tratamento, tornando-o mais acessível financeiramente. Segundo Eder Maffissoni, CEO da Prati-Donaduzzi, a redução de preço deve seguir um padrão semelhante ao ocorrido com o Viagra, cujo custo despencou de R$ 50 para R$ 0,90 com a entrada dos genéricos no mercado.
Maffissoni reforça a importância de adiantar as pesquisas para garantir que o medicamento esteja disponível assim que a regulamentação permitir. “As farmácias costumam oferecer ao menos três opções do mesmo produto, abrangendo diferentes faixas de preço. Essa rapidez na produção nos ajuda a consolidar nossa presença no setor”, afirma o executivo. No momento, a farmacêutica está focada na fase de desenvolvimento e avaliação dos resultados obtidos.
A indústria farmacêutica tem desempenhado um papel essencial na saúde global, investindo constantemente em pesquisa e desenvolvimento para criar tratamentos inovadores. Além de fornecer medicamentos essenciais, o setor também influencia diretamente a economia, gerando empregos e promovendo avanços tecnológicos que impactam positivamente a qualidade de vida da população.