A mortalidade fetal, que inclui casos de aborto espontâneo e natimortalidade, é um problema significativo no contexto da saúde materno-infantil. De acordo com estimativas globais, cerca de 2,6 milhões de óbitos fetais ocorrem anualmente, com uma taxa média de 22,1 por 1.000 nascimentos. No Brasil, entre 1995 e 2009, essa taxa caiu de 22,1 para 18,9 por 1.000 nascimentos, evidenciando avanços, mas ainda demonstrando desafios na prevenção dessas perdas.
Em 2015, a taxa de óbitos fetais no Brasil foi de 10,8 por 1.000 nascimentos, mas com variações regionais significativas. Enquanto o Nordeste registrou 13,23 por 1.000 nascimentos, a região Sul apresentou uma taxa menor, de 8,27. Essas diferenças apontam desigualdades no acesso e qualidade dos serviços de saúde, impactando diretamente os desfechos gestacionais.
A perda gestacional afeta profundamente a mãe e sua família. As conseqüências emocionais incluem sofrimento intenso, sentimentos de culpa e depressão. A dinâmica familiar também pode ser abalada, tornando essencial o suporte psicológico e social para as mulheres que enfrentam essa situação.
Mas por que acontece a mortalidade fetal?
A mortalidade fetal pode ser causada por diversos fatores, incluindo condições maternas, problemas genéticos e complicações durante a gestação. Doenças maternas como diabetes gestacional, hipertensão e infecções aumentam significativamente os riscos de complicações. O estilo de vida da gestante, incluindo tabagismo, consumo de álcool e uso de drogas, também impacta diretamente a saúde do feto.
Fatores genéticos também desempenham um papel importante. Algumas anormalidades cromossômicas, como a síndrome de Edwards e a síndrome de Patau, podem levar à morte fetal intrauterina. Essas condições geralmente resultam em desenvolvimento anormal e inviabilidade do feto. O diagnóstico precoce, por meio de exames como a translucência nucal e o cariotipagem fetal, é essencial para avaliar essas condições.
Complicações obstétricas, como descolamento prematuro de placenta, insuficiência placentária e restrição do crescimento intrauterino, também podem levar ao aborto espontâneo. Nesses casos, o acompanhamento pré-natal rigoroso e exames periódicos são fundamentais para identificar e tratar precocemente possíveis riscos, reduzindo a probabilidade de desfechos negativos.
Para reduzir os riscos e garantir uma gestação segura, a realização de exames específicos é fundamental. Confira abaixo os cinco exames essenciais para acompanhar o desenvolvimento do feto.
Ultrassonografia obstétrica
A ultrassonografia obstétrica é um exame essencial durante a gestação, permitindo visualizar o feto e acompanhar seu crescimento. Esse exame é utilizado para avaliar a quantidade de líquido amniótico, identificar malformações congénitas e determinar a idade gestacional com precisão.
Exame de translucência nucal
Realizado entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, esse exame mede a espessura do fluido na região da nuca do feto. Alteracões nesse parâmetro podem indicar um risco aumentado de síndromes genéticas, como a síndrome de Down, além de malformações cardíacas.
Teste de tolerância à glicose
O teste de tolerância à glicose é um exame fundamental para o diagnóstico do diabetes gestacional, uma condição que pode levar a complicações tanto para a mãe quanto para o feto. A identificação precoce permite o controle adequado da glicemia, prevenindo intercorrências como macrossomia fetal e partos prematuros.
Exame de streptococcus do grupo B
Entre a 35ª e a 37ª semana de gestação, esse exame é realizado para detectar a presença da bactéria Streptococcus do grupo B no trato genital da gestante. Se detectada, a administração de antibóticos durante o trabalho de parto é essencial para evitar a transmissão para o bebê, prevenindo infecções neonatais graves.
Cardiotocografia
A cardiotocografia é um exame que avalia a frequência cardíaca do feto e a presença de contrações uterinas. Utilizado especialmente no final da gestação e durante o trabalho de parto, esse exame auxilia na identificação de sinais de sofrimento fetal, permitindo a intervenção médica imediata, se necessário.
A mortalidade fetal continua sendo um desafio significativo, mas a adoção de práticas adequadas de acompanhamento pré-natal pode reduzir consideravelmente os riscos. A realização dos exames mencionados é essencial para detectar possíveis complicações precocemente e garantir um desenvolvimento seguro do feto. Além disso, o suporte emocional às famílias que enfrentam perdas gestacionais é fundamental para minimizar os impactos psicológicos e promover um melhor bem-estar para a saúde materno-infantil.
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