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Reconheça os sintomas da ELA: entenda o que é, quais exames realizar e como tratar a doença

ELA-Esclerose Lateral Amiotrofica
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença rara, progressiva e sem cura, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado é possível prolongar a qualidade de vida e preservar a autonomia do paciente.

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que compromete os neurônios motores, responsáveis pelos movimentos voluntários do corpo. Esses neurônios localizam-se no cérebro e na medula espinhal e, com a sua degeneração, ocorre a perda progressiva da capacidade de movimentar os músculos. Isso resulta em fraqueza, paralisia e, em estágios avançados, falência respiratória.

A condição é considerada rara e grave, ainda sem cura conhecida. A maioria dos casos é esporádica, sem histórico familiar ou causas genéticas, mas existem também as formas hereditárias (cerca de 5% a 10% dos casos). O diagnóstico é mais frequente entre os 40 e 70 anos, sendo ligeiramente mais comum em homens.

Principais sintomas da ELA: saiba quando procurar ajuda médica

Os sintomas da ELA geralmente aparecem de forma discreta e evoluem de maneira progressiva, podendo ser confundidos com outras doenças neurológicas ou musculares. Reconhecer os sinais precocemente é essencial para iniciar o acompanhamento adequado.

Fraqueza muscular

Um dos primeiros sinais da doença é a fraqueza muscular, geralmente nos braços ou pernas. Isso dificulta atividades simples como subir escadas, caminhar ou segurar objetos.

Espasmos e contrações involuntárias

Os espasmos musculares e as fasciculações (contrações visíveis sob a pele) são comuns e podem ocorrer mesmo em repouso, indicando falha na comunicação entre os nervos e os músculos.

Dificuldade para falar e engolir

Quando a ELA compromete os músculos da face e da garganta, surgem alterações na fala (disartria) e dificuldades para engolir alimentos (disfagia). Isso afeta tanto a nutrição quanto a comunicação do paciente.

Cãibras e rigidez muscular

A rigidez nos membros e as cãibras frequentes fazem parte do quadro clínico, relacionadas à degeneração dos neurônios motores superiores.

Dificuldades respiratórias

Nos estágios avançados, os músculos responsáveis pela respiração também são comprometidos, levando à falta de ar, especialmente durante o sono ou após esforços leves.

Como a ELA é diagnosticada: exames que auxiliam na detecção

Não há um exame único que confirme a ELA. O diagnóstico é feito por exclusão de outras condições e pela análise clínica de um neurologista especializado.

  • Eletromiografia (EMG) – Exame essencial que avalia a atividade elétrica dos músculos, identificando sinais de desnervação.
  • Estudo de condução nervosa – Analisa a velocidade dos impulsos elétricos nos nervos, diferenciando a ELA de outras doenças neuromusculares.
  • Ressonância magnética – Auxilia a descartar doenças como esclerose múltipla, tumores cerebrais e hérnias discais.
  • Exames laboratoriais – Sangue e urina são analisados para excluir doenças autoimunes, metabólicas ou infecciosas.
  • Testes genéticos – Nos casos familiares, detectam mutações associadas à forma hereditária da ELA.

Opções de tratamento: como viver com a ELA

Apesar de não ter cura, a ELA pode ser controlada por meio de tratamento multidisciplinar, com foco em preservar a função motora e melhorar a qualidade de vida.

Medicamentos disponíveis

  • Riluzol: retarda a progressão da doença e pode prolongar a sobrevida.
  • Edaravona: antioxidante que ajuda a reduzir a degeneração neuronal.

Fisioterapia e reabilitação

A fisioterapia mantém a força muscular, previne contraturas e auxilia na função respiratória. O uso de órteses, cadeiras de rodas e adaptações em casa contribuem para a autonomia.

Fonoaudiologia e nutrição

Acompanhamento com fonoaudiólogos melhora a comunicação e a deglutição, enquanto a nutrição adequada evita perda de peso. Em casos avançados, podem ser necessárias sondas alimentares.

Suporte psicológico

O acompanhamento psicológico é essencial para o paciente e familiares, auxiliando no enfrentamento emocional da doença.

Expectativa de vida e avanços nas pesquisas

A expectativa de vida após o diagnóstico varia de 2 a 5 anos, mas alguns pacientes vivem 10 anos ou mais com acompanhamento adequado. Casos como o do físico Stephen Hawking, que conviveu com a ELA por mais de 50 anos, mostram que a ciência avança e abre novas perspectivas.

Estudos atuais investigam terapias com células-tronco, terapia genética e medicamentos experimentais, trazendo esperança para o futuro.

Quando suspeitar de ELA e procurar um neurologista

Se houver sintomas como fraqueza muscular progressiva, dificuldade para falar ou engolir, espasmos e rigidez sem causa aparente, é essencial buscar avaliação médica. O diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento, oferecer suporte adequado e melhorar a qualidade de vida.


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