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Setembro verde: conscientização sobre o câncer de intestino e seus sintomas

Setembro Verde: Conscientização sobre o Câncer de Intestino
O Câncer de Intestino é uma das doenças de maior preocupação no país na atualidade, atinge anualmente mais de 30.000 pessoas.

O Setembro Verde foi instituído pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) para a conscientização do câncer colorretal. Também comumente conhecido como câncer de intestino, é uma das principais preocupações de saúde no Brasil e no mundo.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que ocorrerão cerca de 17.620 novos casos em mulheres e 16.660 em homens este ano. Entre as mulheres, ele é o segundo tipo mais comum, perdendo apenas para o câncer de mama, e, entre os homens, ocupa a terceira posição, após próstata e pulmão.

A divulgação recente na mídia de celebridades como a cantoras Preta Gil e Simony e o apresentador Emilio Surita, que compartilharam abertamente sua luta contra a doença, renovou a atenção e a inquietação em relação a esse assunto.

Nesse contexto, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), impulsionam todo ano a campanha Setembro Verde, com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção desse tipo de câncer. Durante todo o mês, estas entidades oferecem dicas e informações sobre como se prevenir e cuidar da saúde intestinal.

Por que os casos de câncer no intestino estão aumentando?

Apesar do aumento de casos registrados, a probabilidade de alguém com menos de 50 anos desenvolver a doença ainda permanece baixa. Especialistas enfatizam que não é necessário entrar em pânico, pois a idade continua sendo um fator de risco significativo.

Embora os pesquisadores e médicos ainda não tenham certeza absoluta sobre as razões exatas por trás do aumento do câncer colorretal entre os mais jovens, existem algumas pistas.

Um dos fatores que contribuem para esse aumento é o crescente índice de obesidade entre crianças e jovens adultos. Estudos indicam que a obesidade em idade precoce pode até mesmo dobrar o risco de desenvolvimento da doença.

Além disso, o consumo ocasional e excessivo de álcool, geralmente definido como o consumo de cinco ou mais doses em cerca de duas horas para homens e quatro ou mais para mulheres, parece ser outro fator de risco, uma vez que essa prática tem aumentado entre adultos com menos de 30 anos nas últimas décadas.

Fatores de risco do câncer de intestino

O câncer colorretal está associado a hábitos de vida não saudáveis, como o consumo excessivo de carne vermelha e processada, além da baixa ingestão de frutas, legumes e verduras. Outros fatores de risco incluem obesidade, sedentarismo, consumo frequente de álcool e tabagismo.

A idade também é um fator relevante, sendo que a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 50 anos.É importante destacar que o câncer de intestino muitas vezes se inicia na forma de pólipos, pequenas verrugas na mucosa do intestino, que podem levar anos para se tornarem malignos. Por isso, é possível identificá-los e tratá-los antes que evoluam para o câncer. Pessoas com histórico familiar de pólipos intestinais ou doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerativa e Doença de Crohn, devem estar especialmente atentas.

Como prevenir o câncer de intestino?

A prevenção do câncer colorretal envolve a adoção de hábitos saudáveis, como:

  • Consumo de fibras (25 a 30g por dia).
  • Ingestão de duas xícaras e meia de frutas e verduras diariamente.
  • Consumo de peixes duas a três vezes por semana.
  • Redução do consumo de gordura, em específico a de origem animal, como carne vermelha e queijos.
  • Prática regular de exercícios físicos.
  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.

Além disso, estudos demonstraram que alimentos como curry, gengibre, pimenta negra, ginseng, açafrão, berberina (encontrada em raízes e cascas de plantas medicinais e alguns tipos de uva), cogumelos, vinho tinto, soja e alimentos probióticos podem contribuir para a prevenção.

A importância da colonoscopia

Indivíduos com parentes de primeiro grau com câncer intestinal ou pólipos devem estar vigilantes e consultar um coloproctologista para determinar quando e com que frequência devem realizar o exame de colonoscopia.

Esse exame envolve a introdução de um tubo flexível com uma câmera para visualizar o intestino por dentro, permitindo a remoção de pólipos antes que se tornem malignos.

Embora o câncer de intestino muitas vezes não apresente sintomas em estágios iniciais, a SBCP recomenda a colonoscopia a partir dos 50 anos, caso não haja histórico familiar da doença. Quando há esse histórico, a recomendação geralmente é iniciar o exame aos 40 anos.

Sintomas e tratamento do câncer de intestino

Nos estágios avançados, o câncer de intestino pode causar sintomas como perda de sangue nas fezes, dor abdominal, massa abdominal palpável, alterações no ritmo intestinal, emagrecimento, náuseas, vômitos e anemia inexplicada por outras causas. O tratamento inclui cirurgia (convencional ou laparoscópica) para remover a área afetada e os gânglios linfáticos, além de quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, cirurgia para criar um estoma abdominal, dependendo do estágio da doença.

A conscientização sobre o câncer de intestino é fundamental para prevenir e detectar precocemente essa doença. Adotar um estilo de vida saudável e realizar exames de rotina são passos importantes para cuidar da saúde intestinal e reduzir os riscos associados ao câncer colorretal.

O Setembro Verde nos lembra da importância desse cuidado com nossa saúde e a de nossos entes queridos.

A CDB Medicina Diagnóstica apoia a campanha Setembro Verde