O câncer colorretal é uma das formas mais prevalentes de câncer em todo o mundo. A campanha Março Azul Marinho tem como objetivo conscientizar a população sobre esta doença, destacando a importância da prevenção e diagnóstico precoce.
Entre as diversas formas de detecção, o exame de toque retal é uma das mais fundamentais e subestimadas, por conta de fatores culturais e mal-entendidos que podem prejudicar a obtenção de um diagnóstico no estágio inicial das doenças.
Vale lembrar que o câncer colorretal é um problema sério de saúde no Brasil. Em 2020, por exemplo, mais de 20.000 pessoas morreram por causa desse tipo de câncer. É por isso que campanhas como o Março Azul Marinho são tão importantes. Elas nos lembram de prestar atenção à nossa saúde, especialmente quando se trata do nosso intestino grosso e reto.
Neste artigo, exploraremos por que este exame é crucial, o que pode detectar, quem pode fazê-lo e quais exames diagnósticos complementares são necessários.
Por que é importante fazer o exame de toque retal?
O exame de toque retal é uma parte essencial da detecção precoce do câncer colorretal, pois permite que os médicos avaliem diretamente o reto e a porção final do cólon.
Esta região é frequentemente difícil de visualizar através de outros métodos de diagnóstico, como colonoscopia ou exames de imagem.
Além disso, o exame de toque retal é relativamente simples, rápido e não invasivo, tornando-o acessível para a maioria das pessoas.
O que esse exame pode detectar?
O exame de toque retal pode detectar uma variedade de condições, incluindo:
- Câncer colorretal: Os médicos podem sentir a presença de massas ou crescimentos anormais no reto ou no cólon durante o exame de toque retal. Essas anormalidades podem indicar a presença de câncer ou pólipos que podem se tornar cancerosos se não forem tratados.
- Hemorroidas: As hemorroidas são veias inchadas na região anal que podem causar desconforto e sangramento. O exame de toque retal pode ajudar a identificar hemorroidas e determinar o melhor curso de tratamento.
- Infecções anais ou retais: Infecções bacterianas ou virais na região anal ou retal podem ser detectadas durante o exame de toque retal. O tratamento precoce dessas infecções pode prevenir complicações adicionais.
- Doença inflamatória intestinal: Condições como a doença de Crohn ou a colite ulcerativa podem afetar o reto e o cólon. O exame de toque retal pode ajudar os médicos a avaliar a extensão e a gravidade dessas doenças.
Quem pode fazer o exame de toque retal?
O exame de toque retal pode ser realizado por qualquer pessoa, independentemente do sexo ou da idade. É especialmente recomendado para indivíduos com fatores de risco para o câncer colorretal, incluindo:
- Idade acima de 50 anos: O risco de desenvolver câncer colorretal aumenta com a idade, e os especialistas recomendam que os adultos com mais de 50 anos façam exames regulares de detecção, incluindo o exame de toque retal.
- Histórico familiar: Pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram câncer colorretal têm um risco aumentado de desenvolver a doença. Esses indivíduos podem se beneficiar especialmente do exame de toque retal como parte de um programa de detecção precoce.
- História pessoal de pólipos ou câncer colorretal: Indivíduos que tiveram pólipos adenomatosos ou câncer colorretal no passado têm um risco aumentado de desenvolver novos crescimentos anormais. O exame de toque retal é uma ferramenta importante na monitorização desses pacientes para recorrência da doença.
- Sintomas gastrointestinais: Pessoas com sintomas como sangramento retal, dor abdominal, alterações nos hábitos intestinais ou perda inexplicada de peso podem precisar de avaliação adicional, incluindo um exame de toque retal, para determinar a causa de seus sintomas.
O toque retal – Preconceito e eficiência na detecção de doenças do trato digestivo final
Qualquer pessoa pode fazer o exame de toque retal, independentemente de ser homem ou mulher. No entanto, entre os homens, há uma resistência maior devido a ideias erradas sobre masculinidade e medo do desconhecido.
Alguns homens associam o toque retal com a homossexualidade, o que pode gerar sentimentos de vergonha. Eles podem achar que fazer o exame os torna menos masculinos.
Além disso, alguns homens pensam que só os mais velhos correm o risco de ter câncer de próstata, o que não é verdade. Esses mal-entendidos podem levar os homens a evitar o exame, mesmo sabendo que é importante.
Para superar essas barreiras, é imprescindível que haja maior conscientização sobre o tema, esclarecendo sobre a importância do exame de toque retal de forma a desfazer equívocos sobre saúde e masculinidade. Nesse contexto, os profissionais de saúde tem um papel de grande importância ao criar um ambiente acolhedor, respeitoso e livre de julgamentos para discutir essas questões.
Quais os exames diagnósticos complementares?
Embora o exame de toque retal seja uma ferramenta valiosa na detecção do câncer colorretal, ele geralmente é complementado por outros exames para um diagnóstico completo. Alguns desses exames incluem:
Colonoscopia
Durante uma colonoscopia, um médico insere um tubo flexível equipado com uma pequena câmera no reto e avança pelo cólon. Este procedimento permite a visualização direta do revestimento interno do cólon e a remoção de pólipos potencialmente cancerosos.
Exames de imagem
Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) podem ser usadas para avaliar o cólon e detectar massas ou crescimentos anormais que podem indicar câncer colorretal.
Testes de sangue oculto nas fezes
Esses testes procuram sangue oculto nas fezes, que pode ser um sinal de câncer colorretal. Eles são frequentemente usados como uma ferramenta de triagem em conjunto com o exame de toque retal e outros exames diagnósticos.
Conforme você pode perceber, o exame de toque retal desempenha um papel decisivo na detecção precoce do câncer colorretal e outras condições relacionadas. Todos os adultos, especialmente aqueles com fatores de risco para a doença, devem considerar incluir este exame em sua rotina de cuidados de saúde, sem maiores medos ou pudores porque se trata de um exame diagnóstico feito por um médico credenciado.
Entretanto, é importante lembrar que o exame de toque retal é apenas uma parte de um programa abrangente de detecção e que outros exames diagnósticos podem ser necessários para um diagnóstico completo e preciso.
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