A notícia da chegada de um bebê costuma vir acompanhada de muitas dúvidas. Com tantas novidades, consultas e exames a serem feitos, a gestante passa a experimentar mudanças corporais. Muitas dessas mudanças são fisiológicas (isso é, não decorrentes de doenças), mas quais mudanças são essas?
Mudanças do sistema circulatório
Estima-se que o volume total de sangue no organismo da gestante aumente em até 50%! Também existe aumento do número de glóbulos vermelhos (as hemácias), em cerca de 30%. O grande destaque nas mudanças fica por conta de uma possível anemia fisiológica característica da gestação. Isso ocorre porque embora a quantidade de hemoglobina aumente, a elevação da quantidade de sangue circulante “dilui” essa hemoglobina. Enquanto em mulheres não gravidas o valor da hemoglobina possa variar entre 12-16 g/dL, na gestante esse valor pode ser tão baixo quanto 10,5-11 g/dL.
Alterações Genitourinárias
Já no primeiro trimestre da gestação (especialmente no final desse período), a gestante pode apresentar aumento da frequência com que precisa urinar. Esse efeito pode, em grande parte, ser explicado pela compressão que o útero em crescimento realiza sobre a bexiga.
Também em relação ao sistema genital, é comum o aumento da secreção de muco em resposta aos elevados níveis de estrogênio na gestação.
No entanto, é importante lembrar que sintomas como dor ou ardência ao urinar e corrimentos com odor forte, consistência grumosa e associados à coceira devem ser investigados, já que não são sintomas normais da gestação!
Alterações gastrointestinais
Uma das principais queixas relacionadas à gestação em seu início é a ocorrência de náuseas e vômitos. Embora desagradáveis, esses sintomas costumam diminuir de intensidade no segundo trimestre. Caso sejam bastante intensos, o médico obstetra pode indicar a utilização de remédios denominados antieméticos para aliviar os sintomas. Além da medicação, fracionar a dieta e evitar alimentos menos gordurosos são medidas que podem auxiliar a diminuir a ocorrência de náuseas e vômitos. É importante lembrar de levar essa queixa às consultas de pré-natal, especialmente em casos de quadros exuberantes.
Outra queixa comum, especialmente no primeiro e segundo trimestre, é a obstipação intestinal. Ela ocorre principalmente em função dos altos níveis do hormônio progesterona que diminui a peristalse (motilidade) intestinal. O tratamento desse sintoma é baseado principalmente na reeducação de hábitos alimentares: fracionamento da dieta, evitar alimentos gordurosos e aumentar a ingestão de água e de alimentos ricos em fibras.
Peso corpóreo
É comum a preocupação da gestante com relação ao ganho de peso durante a gravidez. É comum que elas sejam incentivadas a aumentar a ingesta de alimentos por estarem “comendo por dois”. Devemos ter cuidado com esse dito, de forma que o aumento da ingestão calórica durante esse período deve ser controlado. A Tabela abaixo mostra o ganho de peso esperado no primeiro trimestre de acordo com o estado nutricional anterior da paciente:
Estado Nutricional | Ganho de peso espero em kg no primeiro trimestre |
Baixo peso | 2,3 |
Peso adequado | 1,6 |
Sobrepeso | 0,9 |
Obesidade | 0,3 |
Pele
A pele da gestante pode apresentar modificações vasculares e de pigmentação, principalmente. As alteração pigmentar observada normalmente é a hiperpigmentação e pode acometer a face (melasma) e a linha alba (uma linha vertical na região abdominal). Axilas e região genital também podem ser afetadas pela hiperpigmentação.
Já as estrias são mais frequentes na segunda metade do período gestacional , sendo um motivo comum de preocupação. Elas decorrem principalmente por causa da distensão da pele na região abdominal, causada pelo aumento do volume uterino. As estrias são permanentes, mas sua coloração, inicialmente rósea tende a clarear com o tempo.
Outras modificações
Além das alterações mencionadas podemos mencionar:
- Mamas: observa-se aumento do tamanho e alteração da sensibilidades das mamas. A gestante também pode notar aumento de pequenas glândulas sebáceas ao redor do mamilo, denominadas tubérculos de Montgomery.
- Sistema nervoso: os níveis elevados de progesterona podem atuar como depressor do sistema nervoso central, de forma que podem ocorrer sintomas como sonolência, lentificação e prejuízo à memória da paciente.
Lembre-se: embora existam modificações fisiológicas relacionadas à gravidez, é importante ter acompanhamento médico e levar ao seu/sua obstetra as suas queixas!
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