No Brasil, o câncer de intestino é a terceira neoplasia maligna mais comum, englobando tumores que se originam no cólon e no reto. Também é conhecido como câncer colorretal, e muitos desses tumores têm origem em pólipos, lesões benignas que se desenvolvem na parede interna do intestino grosso.
No entanto, quando diagnosticado precocemente, o câncer de cólon apresenta chances de cura superiores a 95%. Para prevenir essa condição grave, é fundamental adotar hábitos de vida saudáveis, como manter uma dieta rica em fibras, reduzir o consumo de carnes vermelhas, embutidos e defumados, praticar exercícios físicos regularmente e realizar consultas médicas periódicas. O rastreamento, que envolve a busca por diagnóstico mesmo em pessoas assintomáticas, também é altamente recomendado.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2020, no Brasil, em 2020, a mortalidade relacionada ao câncer colorretal resultou em 20.245 óbitos, o que equivale a 9,56 mortes a cada 100 mil habitantes. Entre os homens, foram registrados 9.889 óbitos, correspondendo a uma taxa de mortalidade de 9,55 por 100 mil homens. Já entre as mulheres, ocorreram 10.356 mortes, representando uma taxa de 9,57 óbitos a cada 100 mil mulheres.
Neste artigo você terá informações relevantes sobre os exames, diagnóstico, tratamento e prevenção desta doença alarmante que anualmente vem aumentando o número de casos.
A Evolução do Câncer de Intestino
A grande maioria dos cânceres intestinais tem origem em lesões benignas, conhecidas como adenomas, que eventualmente se transformam em carcinomas (adenocarcinomas), responsáveis por quase todos os casos de câncer colorretal. Embora o adenocarcinoma seja o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres e o terceiro em homens, ele geralmente não causa sintomas na fase inicial, enfatizando a importância do rastreamento para detecção precoce.Nas fases avançadas da doença, podem surgir sintomas como dor abdominal, alterações no hábito intestinal, sangramento retal, dor anal, perda de peso inexplicada, anemia e fraqueza. Complicações, como obstrução intestinal, sangramento, perfuração ou metástases para outros órgãos, podem ocorrer em estágios avançados da doença.
Compreendendo o trato digestório
O trato digestório é um sistema que inicia sua jornada na boca, percorre o esôfago, estômago, intestino delgado e, finalmente, o intestino grosso, encerrando-se no ânus.
Enquanto o intestino delgado, composto por três segmentos – duodeno, jejuno e íleo – é responsável pela maior parte da digestão e absorção dos alimentos, o intestino grosso, formado pelo cólon, reto e ânus, desempenha um papel vital na absorção de água e eletrólitos. Cânceres intestinais, no entanto, raramente afetam o intestino delgado, concentrando-se principalmente no cólon e no reto.O trato digestório humano, responsável pela quebra e absorção dos nutrientes dos alimentos, é uma estrutura complexa que se estende da boca até o ânus. Composto por várias partes, o intestino grosso se destaca como um segmento crucial na absorção de água e eletrólitos. No entanto, quando se fala em câncer de intestino, a atenção se volta principalmente para o cólon e o reto, conhecido como câncer colorretal.
Exames para o diagnóstico do câncer de intestino
O diagnóstico precoce do câncer de intestino é essencial para aumentar as chances de cura. Um conjunto de métodos de rastreamento, incluindo a pesquisa de sangue oculto nas fezes, a colonografia e a colonoscopia, está disponível.
O rastreamento é recomendado para todas as pessoas a partir dos 45 anos, ou mais cedo para aquelas com parentes de primeiro grau que têm histórico de câncer de intestino.
A colonoscopia é um exame fundamental, pois permite a identificação de lesões precursoras, como pólipos, que podem ser removidos durante o mesmo procedimento. Biópsias dessas lesões confirmam o diagnóstico e orientam o tratamento em casos mais avançados.
Tratamento do câncer de intestino em diferentes níveis
O tratamento do câncer de intestino varia de acordo com o estágio da doença e o tipo do tumor. Lesões iniciais podem ser tratadas com a remoção durante a colonoscopia, procedimento rápido que geralmente requer apenas sedação. Entretanto, lesões mais avançadas podem exigir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.A escolha do tratamento é personalizada para cada paciente e depende da avaliação médica. Embora a causa exata do câncer de intestino nem sempre seja conhecida, diversos fatores de risco, como idade, histórico familiar, síndromes genéticas, doenças inflamatórias intestinais, consumo excessivo de álcool, tabagismo, obesidade e sedentarismo, podem contribuir para seu desenvolvimento.
Sinais de Alerta e Prevenção
É fundamental estar atento aos sinais de alerta, como sangue nas fezes, alterações no hábito intestinal, dor abdominal, fezes de formato anormal, fraqueza, perda de peso inexplicada e massa abdominal. A prevenção também desempenha um papel determinante na luta contra o câncer de intestino. Para reduzir o risco, siga estas diretrizes:
- Mantenha uma alimentação saudável, com ênfase em vegetais, frutas e grãos integrais, e limite o consumo de carne vermelha e processada.
- Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
- Pratique atividade física regularmente.
- Mantenha um peso saudável.
- Realize exames de colonoscopia a partir dos 45 ou 50 anos, de acordo com as recomendações médicas, e mais cedo se houver histórico familiar ou condições predisponentes.
Mudanças no Perfil da Doença
Nos últimos anos, temos observado um aumento preocupante de casos de câncer colorretal entre pessoas com menos de 50 anos. Embora historicamente mais comum em indivíduos acima de 55 anos, dados do Brasil e de outros países indicam uma tendência preocupante. Nos EUA, por exemplo, estima-se que 13% dos diagnósticos ocorrerão em pessoas com menos de 50 anos em 2023, um aumento de 9% desde 2020.
Algumas causas possíveis deste aumento incluem a obesidade, o consumo excessivo de álcool e a falta de conscientização sobre os riscos entre os mais jovens. No entanto, é essencial destacar que o risco de câncer de intestino em pessoas com menos de 50 anos ainda é baixo, e medidas preventivas continuam sendo a melhor estratégia.Em resumo, o câncer de intestino é uma doença séria, mas com detecção precoce e adoção de hábitos saudáveis, é possível reduzir o risco e aumentar as chances de cura. Fique atento aos sinais de alerta, consulte um médico regularmente e siga um estilo de vida saudável para proteger sua saúde intestinal. Lembre-se de que a prevenção é a melhor arma contra o câncer de intestino.
CDB Medicina Diagnóstica
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