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Dengue: como identificar seus sintomas, exames diagnósticos e testes realizados

Dengue: Como identificar seus sintomas, os exames diagnósticos e testes realizados
O aumento dos casos de dengue no Brasil revela que a população ainda não conhece os sintomas e tratamentos disponíveis para a erradicação da doença

A dengue é uma doença infecciosa, conhecida há muitos anos por nós brasileiros. Ela se torna mais ativa no verão, quando os períodos chuvosos se alternam com os dias mais quentes e abafados, facilitando a proliferação do mosquito Aedes Aegypt, em poças d ‘água limpas, dispostas em lugares de difícil acesso.  

Seus sintomas são graves, requer cuidados especiais e monitoramento constante dos indivíduos afetados. Porém, consequentemente, a população desconhece os tratamentos adequados, vacinas e iniciativas públicas para erradicar tão terrível vírus febril.

Com isso, preparamos um conjunto de informações que irão te auxiliar na hora de saber quais os possíveis sinais que você contraiu a doença.

Caso perceba os sintomas e seja confirmado o prognóstico, não se assuste! A dengue é tratável e, em pouco tempo de tratamento, pode ser curada.

Quais os sintomas da dengue?

A dengue é, inicialmente, uma enfermidade febril que atua no sistema circulatório causando diversos tipos de distúrbios diferentes.

O primeiro sintoma visível do vírus é a febre constante que pode ultrapassar os 38°C e durar uma semana inteira, associada a ela também estão: dores de cabeça, fatiga, dores musculares, dores nas articulações, dor na parte traseira dos olhos e erupções cutâneas.

Outros sintomas atrelados a febre podem surgir, tais como:

  • Mal-estar;
  • Inapetência;
  • Manchas vermelhas por todo o corpo;
  • Dor abdominal;
  •  Vômitos constantes;
  • Acúmulo excessivo de líquidos;
  • Sangramento nasal;
  • Aumento no tamanho do fígado;
  • Dentre outros.

Quais os exames que devo realizar para descobrir se contraí o vírus?

Em caso de suspeita de dengue é altamente recomendado que se faça os exames de diagnóstico da dengue o quanto antes para que a recuperação se dê o mais cedo possível.

Alguns dos exames realizados para encontrar os vestígios do vírus do mosquito Aedes Aegypti são:

Hemograma

Através do hemograma completo, os médicos conseguem encontrar informações iniciais indispensáveis tais como os indícios de uma evolução da doença.

Será analisada aqui o nível das plaquetas (principais responsáveis pela cicatrização de ferimentos e restauração dos vasos sanguíneos) que, se estiverem num nível abaixo de 50.000 pode representar um perigo enorme para o paciente.

Durante os dias de sintomas da dengue é preciso ingerir grandes quantidades de líquidos, desde o começo do tratamento, para que seja evitada a desidratação.

Sorologia para dengue

A sorologia para a dengue é uma ferramenta essencial no diagnóstico e no entendimento das diferentes cepas do vírus causador da doença. Através dessa técnica, é possível não apenas confirmar a presença do vírus no organismo do paciente, mas também identificar o tipo específico de dengue que o indivíduo foi infectado.

Isso é de extrema importância, uma vez que existem quatro sorotipos distintos do vírus da dengue, cada um com suas próprias características clínicas e potencial de gravidade. Ao determinar qual sorotipo está presente, os médicos podem ter uma melhor compreensão da provável progressão da doença no paciente, permitindo um direcionamento mais preciso das medidas de tratamento e monitoramento.

 

E como funciona o exame de sorologia para dengue?

Uma pequena amostra de sangue do paciente é coletada e o material é levado para uma área técnica. Logo após, será feita a separação entre as células sanguíneas e o soro e, em seguida, a análise do soro em busca de quaisquer traços dos antígenos ou anticorpos suspeitos é realizada com o auxílio de equipamentos especializados na sorologia.

 

Como devo interpretar os resultados do exame de sorologia?

  • IgG e IgM negativos: apontam que o paciente nunca havia entrado em contato com o vírus antes, nem por meio de vacina nem por meio de outras contaminações;
  • IgG e IgM positivos: apontam um contágio em fase mais avançada;
  • IgG negativo e IgM positivo: infecção em uma fase inicial;
  • IgG positivo e IgM negativo: apontam um contágio mais antigo com uma duração de meses ou mesmo anos. Aliás, pode indicar se o paciente pode gerar anticorpos na hora que receber a vacina.

A dengue tem cura?

Na maioria dos casos, a dengue pode ser tratada e até mesmo curada desde que o paciente procure, assim que notar os sintomas, por profissionais da saúde. Sua cura pode ser efetivada após o 10° dia de contágio e se dá de maneira espontânea.Porém, é necessário que as pessoas que contraíram o vírus do Aedes Aegypti fiquem atentas à principal complicação: o choque hemorrágico. Com a dengue hemorrágica, o paciente pode chegar a perder cerca de 1 litro de sangue, fazendo com que o coração funcione de maneira irregular e perder a capacidade de bombear o sangue requerido por todo o corpo acarretando uma série de problemas para todos os órgãos do paciente em questão.

Como o vírus é transmitido?

O principal transmissor do vírus da dengue é a fêmea do mosquito Aedes Aegypti. Logo após a picada, contendo um dos quatro sorotipos da dengue (seja DEN-1, DEN-2, DEN-3 ou DEN-4), ela poderá transmitir esse mesmo vírus para outras pessoas ao redor. Há, no Brasil, diversos casos de infecção da dengue realizados numa transfusão sanguínea.

Como combater o vírus da dengue?

Uma pergunta muito comum é “como combater o vírus da dengue?” Afinal de contas, o processo pelo qual se dá o contágio torna essa missão quase impossível. Porém, a partir de algumas iniciativas simples, você poderá contribuir para a erradicação da dengue em nosso país.

Eliminar pontos de contágio

A maneira mais efetiva de combater a dengue é evitar a epidemia do mosquito causador através da eliminação de quaisquer locais onde a água fica armazenada que possam virar criadouros: vasos de plantas, poças d’água, pneus, garrafas plásticas, piscinas abandonadas e sem cuidados e, até mesmo, em recipientes menores como tampas plásticas.

Vestir roupas que cubram mais o corpo

Ao utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante a manhã e tarde – horas do dia em que o mosquito está mais ativo.  

Atualmente, no mercado, estão disponíveis roupas com proteção UVA/UVB com características repelentes de mosquitos, constituindo uma proteção a mais contra as picadas, principalmente em regiões onde há uma epidemia.

Uso de repelentes, inseticidas e mosquiteiros

Repelentes e inseticidas podem ser ótimas alternativas para se prevenir das picadas, seguindo sempre as instruções descritas nos rótulos. Mosquiteiros são uma boa opção para proteger os bebês, pessoas acamadas e pessoas que trabalham no turno noturno e todos que dormem durante o dia.

Há uma vacina contra a dengue?

Até o momento, existem duas alternativas de vacina contra a dengue e ambas são suavizadas e podem combater todas as variantes da dengue e seus sorotipos. Nos vários testes clínicos, as vacinas mostraram eficácia de acordo com o sorotipo viral, a idade do paciente e o estado sorológico no começo do esquema viral.

As duas vacinas são:

  • Dengvaxia (Sanofi): em até 25 meses após a aplicação da terceira dose, confirmou-se uma eficácia de cerca de 65% para doença sintomática, 79% para a dengue mais grave e 93% para a dengue hemorrágica.
  • QDenga (Takeda): em até 54 meses após a aplicação da segunda dose houve cerca de 63% de eficácia para doença sintomática em quaisquer níveis de gravidade.

Qual a composição da vacina Qdenga?

A Qdenga, a vacina desenvolvida no Varejo Farmacêutico pela farmacêutica Takeda, utiliza a tecnologia de DNA recombinante, ou seja, utiliza os genes dos sorotipos do vírus e faz com que sejam inseridos na estrutura genética de um vírus atenuado

O que difere nas duas vacinas está no tipo de vírus que é aplicado e utilizado como base, na Dengvaxia usa o vírus vacinal da febre amarela e na QDenga usa o gene do DEN-2 suavizado. QDenga: trealose di-hidratada, poloxaleno, albumina sérica humana, fosfato de potássio monobásico e cloreto de sódio.

Para quem são indicadas as vacinas?

A QDenga é recomendada para crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e pessoas com até 60 anos de idade, atendendo tanto os soronegativos quanto os soropositivos para dengue.

Vale lembrar, no entanto, que essa vacina não se encontra disponível nas instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS). É importante salientar que a Qdenga recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano. Em caso de dúvidas, procure seu médico e solicite os exames para comprovar a dengue.

Anualmente, um grande número de indivíduos é impactado pela dengue no Brasil, sobretudo no verão, acarretando hospitalização e óbito. Através da adoção de ações preventivas, tanto no setor público quanto no privado, somadas à promoção da vacinação e à prática de medidas diárias de cuidado, é possível alcançar a erradicação da dengue em um futuro próximo.

Saiba mais: Conheça a vacina Qdenga.

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