Uma das principais ferramentas para diagnosticar o hipotireoidismo é o exame de hormônio tireoestimulante (TSH). O hipotireoidismo é uma condição médica comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Essa condição ocorre quando a glândula tireoide, localizada na base do pescoço, não produz hormônios tireoidianos em quantidade suficiente para atender às necessidades do corpo.
Neste artigo, vamos explorar as causas do hipotireoidismo, detalhar o exame de TSH e discutir exames complementares e opções de tratamento.
Causas do hipotireoidismo
Um novo estudo realizado pela multinacional farmacêutica Merck revelou que muitas pessoas não sabem muito sobre como os problemas de tireoide afetam a fertilidade das mulheres.
Menos da metade da população está ciente de que o hipotireoidismo pode causar complicações durante a gravidez, tanto para a mãe quanto para o bebê, e pode levar a outros problemas relacionados.
Antes de entendermos o exame de TSH, é importante conhecer as possíveis causas do hipotireoidismo. As principais razões para o desenvolvimento dessa condição incluem:
- Doença autoimune: A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo em países desenvolvidos. Nesse distúrbio autoimune, o sistema imunológico ataca erroneamente a glândula tireoide, levando à sua inflamação e diminuição da produção de hormônios.
- Cirurgia ou radiação no pescoço: Pessoas que passaram por cirurgias na tireoide ou receberam radiação no pescoço podem desenvolver hipotireoidismo como resultado desses procedimentos.
- Medicamentos: Alguns medicamentos, como o lítio e amiodarona, podem afetar a função tireoidiana e levar ao hipotireoidismo.
- Deficiência de iodo: A falta de iodo na dieta é uma causa rara de hipotireoidismo, especialmente em regiões onde o iodo é escasso.
- Congênito: Alguns bebês nascem com hipotireoidismo congênito devido a problemas na formação da tireoide ou falta de produção de hormônios tireoidianos desde o nascimento.
Vale lembrar que o estudo também destacou que cerca de 1,6 bilhão de pessoas em todo o mundo podem estar sofrendo de algum tipo de problema na tireoide, e uma em cada oito mulheres pode desenvolver um distúrbio da tireoide ao longo de suas vidas.
Além disso, no Brasil, foi constatado que 15% da população com mais de 45 anos está enfrentando problemas de tireoide. Enquanto a incidência de hipotireoidismo na população adulta masculina é de aproximadamente 3%, nas mulheres, esse número aumenta para 15%.
O exame de hormônio tireoestimulante (TSH)
O exame hormônio tireoestimulante (TSH) é uma ferramenta essencial para diagnosticar o hipotireoidismo. O TSH é um hormônio produzido pela glândula pituitária localizada no cérebro. Ele regula a produção de hormônios tireoidianos pela tireoide. Quando os níveis de hormônios tireoidianos no sangue estão baixos, a glândula pituitária libera mais TSH para estimular a tireoide a produzir mais hormônios.
Para realizar o exame de TSH, o paciente precisa fazer uma coleta de sangue, geralmente da veia do braço. Não é necessário um preparo especial, como jejum, antes do exame. Os resultados são expressos em microgramas por decilitro (mcIU/mL) e podem variar ligeiramente de acordo com o laboratório, mas, em geral:
- Valores normais de TSH variam entre 0,4 a 4,0 mcIU/mL.
- Valores acima de 4,0 mcIU/mL podem indicar hipotireoidismo.
É importante ressaltar que os níveis de TSH podem ser afetados por diversos fatores, como gravidez, estresse e medicamentos, por isso, o diagnóstico de hipotireoidismo não deve ser baseado apenas em um único resultado de TSH. Outros exames complementares são necessários para confirmar o diagnóstico.
Exames complementares
Além do TSH, outros exames são úteis para avaliar a função tireoidiana e ajudar no diagnóstico do hipotireoidismo:
- T4 livre (Tiroxina Livre): Este exame mede a quantidade de hormônio tireoidiano T4 que está disponível para o corpo. Baixos níveis de T4 livre podem ser um indicativo de hipotireoidismo.
- Anticorpos antitireoidianos: Esses exames ajudam a identificar distúrbios autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto, que podem causar hipotireoidismo.
Os exames complementares são fundamentais para um diagnóstico completo e assertivo, além de monitorar os hormônios da tireoide e as condições de saúde globais.
Tratamento do hipotireoidismo
O tratamento do hipotireoidismo é geralmente simples e eficaz. Ele envolve a reposição dos hormônios tireoidianos que estão em falta no organismo. O medicamento mais comumente prescrito para essa finalidade é a levotiroxina sódica, também conhecida como T4 sintético.
Os pacientes com hipotireoidismo geralmente precisam tomar a medicação diariamente, com o objetivo de manter os níveis de TSH dentro da faixa normal. Os médicos monitoram regularmente os níveis de TSH e ajustam a dose da medicação conforme necessário.
É importante lembrar que o hipotireoidismo é uma condição tratável e que, com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes pode levar uma vida normal e saudável. O acompanhamento médico regular é fundamental para garantir que o tratamento seja eficaz e que a tireoide esteja funcionando adequadamente.
Em resumo, o hipotireoidismo é uma condição comum que pode afetar qualquer pessoa. O exame de TSH desempenha um papel fundamental no diagnóstico, mas é essencial considerar outros exames complementares para confirmar a condição. Com o tratamento adequado, as pessoas com hipotireoidismo podem levar vidas plenas e saudáveis. Se você suspeitar que pode estar com hipotireoidismo, consulte um médico para avaliação e orientação adequadas.
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