A surdez afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, sendo uma condição que pode progredir silenciosamente. No Brasil, segundo o IBGE, há 10.787.458 pessoas com algum grau de surdez, incluindo a leve. Destas, apenas 284.138 utilizam a Língua de Sinais, evidenciando uma barreira na comunicação e na inclusão para muitos que enfrentam essa perda auditiva.
Exames de acuidade auditiva são fundamentais para identificar e monitorar possíveis alterações na audição, permitindo o diagnóstico precoce e a adoção de tratamentos adequados. Frequentemente, a surdez é uma condição progressiva que pode ser difícil de detectar nos estágios iniciais.
Conheça cinco exames essenciais para avaliar a saúde auditiva e a importância do acompanhamento constante para preservar a qualidade de vida.
Por que é importante cuidar da saúde auditiva?
A audição desempenha um papel fundamental na comunicação e interação social. Quando problemas auditivos são ignorados, podem prejudicar a qualidade de vida, o desenvolvimento cognitivo e até a saúde mental.
Perda auditiva não tratada pode levar a sentimentos de isolamento e dificuldade de concentração. Realizar exames regulares permite a detecção precoce e a adoção de medidas que melhoram a qualidade de vida.
Conheça agora alguns exames fundamentais para a saúde auditiva e diagnóstico precoce da surdez.
Principais exames para diagnóstico da surdez
1. Audiometria Tonal
O que é a audiometria tonal?
A audiometria tonal é o exame mais comum para verificar a acuidade auditiva. Durante o teste, o paciente utiliza fones de ouvido e responde a diferentes frequências de sons, que variam de agudos a graves, indicando em que nível consegue ouvi-los.
Para quem é indicado?
Esse exame é recomendado para todas as idades, principalmente para pessoas com queixas de perda auditiva, zumbido ou sensação de ouvido tampado.
2. Audiometria Vocal
Como funciona a audiometria vocal?
Diferente da audiometria tonal, a audiometria vocal foca na compreensão da fala. O paciente ouve uma série de palavras através de fones e precisa repeti-las.
O teste mede o grau de compreensão auditiva e é fundamental para avaliar o impacto da perda auditiva na comunicação.
Indicação e importância
A audiometria vocal é indicada para pacientes que relatam dificuldade para entender o que as pessoas falam, especialmente em ambientes ruidosos. Esse exame ajuda a personalizar o aparelho auditivo e outros tratamentos.
3. Emissões Otoacústicas
O que são emissões otoacústicas?
Esse exame mede as respostas das células ciliadas na cóclea ao estímulo sonoro. Pequenos microfones colocados no canal auditivo captam os sons emitidos pelas células auditivas quando expostas a determinados estímulos.
Quando é indicado?
Geralmente, esse teste é utilizado em recém-nascidos para detectar a presença de problemas auditivos de forma precoce.
Ele também é utilizado para monitorar a saúde auditiva de pessoas expostas a ruídos intensos, como músicos e trabalhadores da construção civil.
4. Imitanciometria (Timpanometria)
Como é feito o exame de imitanciometria?
Também conhecido como timpanometria, este teste mede a resposta do tímpano e da orelha média a alterações de pressão.
Um pequeno dispositivo é inserido no canal auditivo, enviando leves pressões para avaliar a mobilidade do tímpano.
Importância do exame
A imitanciometria é essencial para detectar disfunções na orelha média, como infecções, presença de líquido no ouvido, perfurações no tímpano e até alterações nas pequenas estruturas ósseas.
5. Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE)
O que é o PEATE?
O PEATE, ou BERA, é um exame que avalia a resposta do tronco cerebral a estímulos sonoros. Eletrodos colocados na cabeça e ao redor dos ouvidos captam a atividade elétrica em resposta aos sons. Esse exame verifica a integridade do caminho entre o ouvido e o cérebro.
Quando é recomendado?
É indicado em recém-nascidos com suspeitas de deficiência auditiva, em crianças e adultos com dificuldades auditivas suspeitas de causas neurológicas, além de ser importante para pessoas que necessitam de uma avaliação detalhada da função auditiva.
Principais causas da perda auditiva
A perda auditiva pode ser causada por diversos fatores, e entender cada um deles é essencial para prevenir a condição e buscar tratamentos adequados. Conheça a seguir as causas mais comuns da perda auditiva.
Exposição prolongada a ruídos altos
Um dos principais fatores de risco para a perda auditiva é a exposição prolongada a ruídos intensos.
Pessoas que trabalham em ambientes ruidosos, como construção civil, indústrias e eventos, têm maior probabilidade de desenvolver perda auditiva devido ao dano gradual às células ciliadas da cóclea. Essas células são responsáveis por captar as vibrações sonoras e transformá-las em sinais que o cérebro interpreta como som.
O uso prolongado de fones de ouvido em volume alto também é prejudicial, especialmente entre jovens e adultos.
Envelhecimento e presbiacusia
O envelhecimento natural é outra causa comum de perda auditiva, conhecida como presbiacusia.
A partir dos 60 anos, as estruturas do ouvido, como células ciliadas e fibras nervosas, tendem a se desgastar, levando à perda gradual da capacidade de ouvir sons de alta frequência.
Este tipo de perda auditiva afeta principalmente a compreensão da fala, especialmente em ambientes com ruído de fundo, e é uma condição comum entre idosos.
Infecções e inflamações no ouvido
Infecções no ouvido, como a otite média, são causas comuns de perda auditiva temporária, mas, em casos graves ou recorrentes, podem levar à perda auditiva permanente.
A infecção pode afetar a orelha média ou interna, comprometendo estruturas essenciais para a audição. Infecções de repetição em crianças pequenas são especialmente preocupantes, pois podem interferir no desenvolvimento auditivo e de fala.
Tecnologias e tratamentos para perda auditiva
A evolução tecnológica tem proporcionado uma variedade de tratamentos para a perda auditiva, oferecendo alternativas eficazes que melhoram a qualidade de vida dos pacientes. Conheça as principais opções:
Aparelhos auditivos
Os aparelhos auditivos são uma das soluções mais comuns para a perda auditiva. Esses dispositivos amplificam os sons, ajudando pessoas com perda auditiva leve a severa a ouvir com mais clareza.
Atualmente, existem modelos digitais ajustáveis, que se adaptam automaticamente aos níveis de ruído no ambiente, proporcionando maior conforto e discrição.
Esses aparelhos podem ser ajustados por profissionais para atender às necessidades específicas de cada paciente.
Implantes cocleares
Para casos mais graves, os implantes cocleares são uma opção avançada. Ao contrário dos aparelhos auditivos, que apenas amplificam os sons, os implantes cocleares estimulam diretamente o nervo auditivo.
Esse dispositivo é implantado cirurgicamente e permite que o usuário volte a perceber sons, sendo especialmente eficaz em pacientes com perda auditiva profunda ou total.
Após a cirurgia, é necessário acompanhamento com terapia auditiva para adaptação ao implante.
Reabilitação auditiva
A reabilitação auditiva é um conjunto de técnicas e terapias que ajudam o paciente a utilizar melhor os sons amplificados pelos aparelhos auditivos ou implantes.
Esse processo pode incluir terapia de fala, leitura labial e treinamento auditivo, sendo especialmente útil para quem possui perda auditiva severa e precisa se adaptar ao uso de novas tecnologias.
Tecnologias assistivas e dispositivos complementares
Além dos aparelhos tradicionais, existem tecnologias assistivas que podem ser usadas no dia a dia.
Amplificadores de som pessoais, aplicativos de celular que ajudam na compreensão auditiva e dispositivos com sistemas de áudio integrados, como os que se conectam diretamente a televisores e telefones, facilitam a comunicação, especialmente em ambientes ruidosos.
Esses dispositivos complementam o uso de aparelhos auditivos e oferecem mais opções para lidar com situações específicas.
Avanços promissores para a surdez
Com os constantes avanços tecnológicos, novas soluções para perda auditiva estão sendo desenvolvidas.
Estudos estão focados em terapias genéticas e medicamentos que possam restaurar as células ciliadas da cóclea, responsáveis pela audição.
Embora ainda estejam em fases experimentais, essas inovações prometem revolucionar o tratamento da perda auditiva e, no futuro, podem proporcionar alternativas além dos aparelhos e implantes disponíveis atualmente.
Cada uma dessas opções permite maior personalização e eficácia no tratamento da surdez, adaptando-se às necessidades específicas dos pacientes e garantindo que possam manter uma boa qualidade de vida.
A importância do acompanhamento regular da audição
Manter a saúde auditiva sob controle é fundamental para evitar o agravamento da perda auditiva.
A realização dos exames mencionados é essencial, principalmente em pessoas que trabalham em ambientes ruidosos, idosos e indivíduos com histórico familiar de surdez.
Com o avanço da tecnologia, o diagnóstico precoce tem permitido tratamentos mais eficazes e individualizados, devolvendo a capacidade auditiva e melhorando a qualidade de vida.
Converse com um profissional de saúde auditiva e faça exames periódicos.
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